Ficaram de fora as fantásticas: Truxton - uma moto ao estilo da Bonneville, mas desportiva; a Scramble - que só sai em Abril, tratando-se de uma Bonneville mais versátil (pneus de tacos e escape duplo elevado à altura do banco); e as Daytonas – a 675 porque só sai em Março, e a 955 penso que terá sido descontinuada, aguardando-se uma versão melhorada e incluindo o novo motor 1050 c.c. (já incluído na Sprint ST e na Speed Triple).
Adorei este modelo: andamento impressionante, capacidade de curvar depressa surpreendente, estabilidade e protecção aerodinâmica, travagem potente, agilidade e leveza supreendentes (parece uma 450 e não uma 955). O painel de instrumentos é muito agradável, tal como a facilidade com que se fazem “cavalinhos” no arranque.
O único ponto menos positivo, na minha opinião, é a estética da carenagem frontal. Isto não lhe retira a eleição de melhor trail do mercado (na minha opinião), embora me pareça que deveria estar disponível como opção, a instalação do ABS, por forma a ombrear a excelente (mas muito mais pesada e lenta) R1200GS, da BMW.
O que menos gostei foi o pormenor dos lindíssimos piscas incluídos dos retrovisores serem laranjas... ao contrário dos satélites traseiros, que são e muito bem, brancos. O motor também não é explosivo como o anterior 955, mas ganha em progressividade e em binário entre as 1500 e as 4000 r.p.m. (é preciso ter em conta que a moto estava em rodagem).
O prazer sublime de rodar de moto veio com a 3.ª moto: a Speed Triple (que alguns conhecem do filme Missão impossível). A versão para 2006 traz 130 cv (e 1050 c.c.), e um painel com computador de bordo, onde se inclui o velocímetro digital. Logo quando se liga o motor somos seduzidos pelo trabalhar grave e sonante. Arrancamos e a sensação de leveza torna qualquer outra moto um autêntico “camião”. Aceleramos e a roda da frente levanta! Que poderíamos querer mais?! Mas ainda há espaço para sermos surpreendidos: a travagem é impressionante (mas não tanto como a concorrente KTM SUPERDUKE), ajudada pela suspensão frontal invertida, que contribui para uma inserção em curva (mesmo a alta velocidade) muito confiante. A estabilidade é muito boa, para uma moto sem nenhuma protecção aerodinâmica. Mais, a moto é uma “bala”!
Mas só por si a estética, já a torna a naked mais apetecível do mercado. O resto tornam-na também a mais interessante do mercado.
(Eu e o Francisco ao lado da Rocket III; atrás o Zé Alexandre conversava com o Carlos Ruivo)
Das motos mais faladas na Comunicação Social especializada, destaca-se a Rocket III. Com 2.300 c.c., esta custom também intitulada por alguns como “O Monstro de Lockness” é só a moto mais rápida do mundo no arranque dos 0-100 kms/h e imprime uma aceleração até aos 160 kms/h de 1,2G’s... dá para imaginar?!
Não sendo apreciador do género, acho a moto lindíssima. Ao contrário do que se espera de uma moto com mais de 300 Kgs, é muito ágil, permite curvar muito depressa e inclinada, trava bem e é muito dócil em termos de potência.
Estranhei a posição de condução com os pés à frente (e as dores de costas que isso me provoca); mas não deixou de ser uma experiência interessante. Uma alternativa às Harley-Davidson, superior em termos dinâmicos e com um barulho muito interessante também. Mas não quero fazer comparações porque só guiei uma HD (Fatboy) na vida e não guiei mais nenhuma custom.
Por esta razão, não experimentei a Speed Master; como não sou apreciador do género, olho para este como uma custom menos potente e extravagante que a Rocket.
(Eu e a Bonneville: uma experiência que me marcou.)
O meu drive-test terminou com uma experiência nostálgica: a Bonneville. Por curiosidade, dado que a moto é tão bonita e emblemática, fui passear com esta “senhora”, cujo design é uma recriação do modelo original dos anos 60. E sabem que mais: adorei! A moto é simples, leve e ágil, potente q.b., a travagem não compromete, a estabilidade até aos 130 kms/h é imperturbável (apesar do muito vento que se sentia na VCI no Sábado) e o chassis permite curvar para lá das nossas expectativas.
O motor bicilíndrico é progressivo e honesto no desempenho a qualquer rotação (os restantes modelos eram tricilíndricos, excepto a Speed Master) e tem um som muito agradável. Tem 900 c.c., mas a sensação de leveza que transmite a moto é a de uma 250 c.c..
A moto transpira serenidade, calma e nostalgia... mas dá-nos vontade de ir até ao fim do mundo!
Muito peculiar a posição do canhão de ignição: na forquilha dianteira, ao lado do farol.
Foi uma manhã muito bem passada e que será relembrada muitas vezes. Quanto a trocar de moto... neste momento se o fizesse, a minha escolha cairia na Speed Triple.
Agradeço aos meus amigos Francisco, Vítor e Zé Alexandre a quem arrastei... mas pelos vistos também gostaram.
Um agradecimento muito especial ao Carlos Ruivo pela amabilidade com recebeu os meus amigos (e a mim...); congratulo ainda a Motorcycles World por esta iniciativa. O Test-Drive Day repete-se no próximo Sábado e espero por lá aparecer, desta vez só para acompanhar alguns amigos numa incursão pelo Universo Triumph... é claro que se me deixarem andar com aquela Daytona usada que lá estava, eu não recuso mais uma voltita!
Sérgio
10 comentários:
I only ride on black Kawasakis.
What a clown!
Eu vou encomendar uma Scamble!
Triumph... Triumph só conheço langerie...
Ai conheces... e deves usar aquele modelo vermelho de fio dental! Eheheh!
Seus grandes palhaços... vocês os 2 de motos só devem conhecer Honda e BMW... e esta última por serem as da polícia! Aprendam alguma coisa sobre o que são motos de excelência...
Vou fazer uma operação plástica aos lábios e comprar uma... pode ser a Rocket.
Só estilo!! Parece ter sido uma manhã mto interessante, as fotos tão mto giras, Beijos:-)
QUIM-VEJA!!!
Era de uma manhã assim que estava a precisar... não fosse o facto de não ter carta de mota (pormenor insignificante... eheheh)
Tira a carta...
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