18 julho 2006

Syd Barrett (1946-2006).

Faleceu a 11/07/06, aos 60 anos um dos músicos mais mediáticos do rock dos anos 60, vitima de diabetes, doença que o acompanhava há muito.
Data curiosa, pois no dia anterior havia sido editado mundialmente o 1.º DVD dos Pink Floyd e que demonstra como a insanidade e a loucura, tão características de Syd Barrett, podem ser levadas a palco, de uma forma tão sonora quanto visualmente grandiosa e imponente, capaz de marcar para toda a vida qualquer um que tenha estado presente num desses grandiosos concertos, tal a intensidade dos momentos ali vividos (Alvalade 1994, impossível de esquecer, ainda hoje me arrepia a recordação). Muito honestamente, há muitas bandas que produzem excelentes espectáculos ao vivo... e depois há os Pink Floyd!

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Syd Barrett, conhecido como membro fundador dos Pink Floyd, na verdade pouco contribuiu para a banda em termos práticos (1965-1968). Escreveu grande parte do 1.º álbum "The Piper at the Gates of Dawn" (1967) e de "A Saucerful of Secrets" (1968); abandonou a banda devido à sua instabilidade (doença) psíquica, provocada pelo consumo excessivo e continuado de drogas duras (LSD).
David Gilmour, amigo de escola de Syd, junta-se à banda como 2.º guitarrista. Inicialmente a sua função era cobrir o comportamento aluado de Syd Barrett, que durante os concertos se esquecia das músicas, tal era a sua instabilidade e fragilidade psíquica, associada ao consumo de estupefacientes; 3 anos depois do nascimento na banda, assume o lugar de Barrett.
Mas foi Syd Barrett que trouxe aos Pink Floyd a "veia" inspiradora e o som psicadélico que os viria a caracterizar: a influencia do jazz no rock, os blues e a tradução da loucura e dos turbilhões de ideias em termos musicais. A banda começou por tocar covers de blues e de rock; Syd trouxe a divagação pelo mundo do jazz e pelos sons estranhos para a altura: as dissonâncias, as distorções, os ecos e os feed-backs. Umas das características mais originais de Barrett era o som da sua Fender Esquire, quando a tocava em sliding usado um isqueiro Zippo em vez dos dedos, com o efeito de eco ligado. Os sons misteriosos, apocalípticos e quase extra-terrenos marcaram para sempre a banda.

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O próprio nome foi ideia de Syd. A banda conheceu vários nomes: The Tea Set, The Abdabs, The Screaming Abdabs, e ainda, The Megadeaths; com a chegada de Barrett intitulou-se The Pink Floyd Sound e em 1967, definitivamente, Pink Floyd. O nome não tem qualquer significado ao contrário do que se pensa. Os blues também influenciaram a carreira do instável músico, tendo ele criado a designação a partir do nome de dois cantores de blues: Pink Anderson e Floyd Council.
Posteriormente participou em alguns trabalhos musicais, quer a solo, quer com músicos como David Bowie. Os seus dotes enquanto guitarrista e a fragilidade dos seus temas influenciou significativamente muitos músicos da época; hoje em dia seria rotulado de minimalista... A influência de Barrett é bem patente no movimento punk e no rock minimalista (mais actual); muitos músicos da grande nome reconhecem que Barrett os influenciou irreversivelmente. Esta influencia é bem patente em Roger Waters, na composição de temas como “Brain Damage” entre outros temas de “The Dark Side of the Moon”e “The Wall”. Mas não só; outros exemplos são: Paul McCartney, Pete Townshend (The Who), Jimmy Page (Led Zepplin), David Bowie e Eric Clapton.

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Mais recentemente, uma enormidade de bandas de rock enalteceram a originalidade e criatividade de Syd, reconhecendo também a sua influência na própria música: Étienne Daho, This Mortal Coil, Marc Bolan, The Jesus and Mary Chain, Robert Smith (The Cure), Johnny Marr (The Smiths), Kevin Shields (My Bloody Valentine), Primal Scream, Voivod, The Libertines, Dirty Pretty Things, The Beta Band, Lone Pigeon, Julian Cope, Robyn Hitchcock, The Flaming Lips, R.E.M., Mercury Rev, Replicants (Tool; Failure), East Bay Ray (Dead Kennedys), Camper Van Beethoven, The Three O'Clock, Pearl Jam, Love and Rockets, Elevator To Hell, The Melvins, Transatlantic, Phish, Dream Theater, Graham Coxon (Blur), John Frusciante (Red Hot Chili Peppers), Eppo, Skobot Bzzzz, the Vinyl Skyway, Of Montreal, Placebo, R.E.M., Soundgarden, Smashing Pumpkins...
Syd Barrett foi reconhecido e homenageado por diversas vezes ao longo dos últimos 40 anos; apesar disso, a sua forma de ser “alheia” a tudo, manteve-o à distancia de tudo e de todos.
Depois da doença o obrigar a por termo à sua carreira musical, retomou o seu nome verdadeiro (Roger Keith Barrett) e foi viver para os arredores de Cambridge (na casa da sua mãe), onde passou o resto dos seus dias a pintar e a tratar do jardim. Continuou também a evitar os fãs e os jornalistas como sempre o fez. O seu ponto de contacto com o exterior era a sua irmã, que assegura a sua alimentação e cuidados médicos.

Os membros dos Pink Floyd asseguraram desde sempre o seu sustento financeiro, através do pagamento de royalties justificadas pela sua contribuição para a banda, e dedicaram-lhe inúmeros temas dos álbuns "The Dark Side of the Moon", "Wish you were here" (álbum dedicado a Barrett) e "The Wall". No filme “The Wall” Syd Barrett aparece em muitas imagens e contextos, tendo sido utilizadas imagens antigas.

Singles editados com os Pink Floyd:
- 1967: "Arnold Layne" / "Candy and a Currant Bun";
- 1967: "See Emily Play" / "The Scarecrow";
- 1967: "Apples and Oranges" / "Paint Box" (Rick Wright).

Álbums editados com os Pink Floyd:
- The Piper at the Gates of Dawn (5 August 1967);
- A Saucerful of Secrets (29 June 1968).

Compilações dos Pink Floyd com temas de Syd Barrett:
- Relics (14 May 1971);
- Masters of Rock (1974, Europe) (AKA The Best of the Pink Floyd);
- Works (1983);
- Tonite Let's All Make Love in London (1990, See For Miles Records, Ltd);
- Shine On (1992 box set);
- Echoes: The Best of Pink Floyd (5 November 2001).

Singles editados a solo:
- "Octopus"/"Golden Hair" (15 November 1969).

Álbums editados a solo:
- The Madcap Laughs - (3 January 1970);
- Barrett - (14 November 1970).

Álbums editados a solo, ao vivo:
- Peel Sessions (1 July, 1991): Recorded live on John Peel's BBC radio show with David Gilmour and Jerry Shirley backing. Contains the otherwise unseen "Two of a Kind";
- The Radio One Sessions (March, 2004): The álbum contains five songs of Peel Sessions and live versions of three songs.

Compilações editadas a solo:
- Syd Barrett (November 1974) US #163: The Madcap Laughs and Barrett packaged together;
- Opel - (17 October 1988);
- Crazy Diamond (April 1993): Boxed set with all three studio albums with bonus tracks;
- The Best of Syd Barrett: Wouldn't You Miss Me? (16 April 2001): Contains one previously unreleased track ("Bob Dylan Blues");
- Octopus: The Best of Syd Barrett (29 May 1992): Greatest hits álbum issued on the Cleopatra label.

Se quiserem saber mais, consultem http://en.wikipedia.org/wiki/Syd_Barrett.

"... how I wish, how I wish you were here..."

Sérgio

P.S.: Estou de ferias!

17 julho 2006

I OPEN FOD ESCORT.

Na quarta feira à noite, dia 12, jogaram-se as finais deste mítico torneio. Com início às 20 horas, o evento final decorreu nos courts do Monte Aventino. A final principal foi disputada entre Luís Valente e Pedro Varela; enquanto que a final de consolação, opôs José Baptista a Sérgio Carmo (eu! ehehe!).

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Pedro Varela e Luís Valente, até no equipamento foram competitivos.

A edição deste ano dá sequência a outros torneios disputados em anos anteriores sob a organização do Grande Manuel Frias: A Merche Romero é boa como o milho, ou, I OPEN OPEL ASCONA, são apenas alguns dos exemplos de nomes das edições anteriores. Inicialmente os torneios foram organizados pelo não menos Grandioso Mário Pinheiro, não tendo nome nas primeiras edições, quer de singulares, quer de pares.

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Os finalistas consolados...

O torneio deste ano reuniu 24 amigos (entre os quais se destacam 3 corajosas mulheres) e foi disputado em pouco mais de um mês. Foi constituído por dois quadros principais: "O MAR É LINDO PORQUE É AZUL, TEM MUITOS PEIXINHOS E DÁ-NOS MUITAS ALEGRIAS"; e, "AS ESCULTURAS MINIMALISTAS APRESENTAM-SE COMO FORMAS SIMPLES". Em simultâneo, os derrotados eram apurados para um quadro de consolação, o que levou à realização das duas finais em causa, depois de terem sido disputados 38 jogos.

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Manuel Frias só não esteve bem a tirar fotografias.

Neste torneio estive bastante mal; perdi nos oitavos de final com o Diogo Santos; era quase inevitável, mas quando jogo mal fico irritado (6-0; 6-0). No torneio de consolação tive grande dificuldade em derrotar, quer o Francisco Ramos (6-4. 6-4), quer o Luís Pimentel (6-4; 6-2). Estou a fazer muitos erros não forçados, construindo os meus pontos e os do adversário também. Na final com o José Baptista consegui servir bem o jogo todo e estive bem nos smashes; o resto do jogo demonstrou grande inconsistência, especialmente no 2.º e 3.º set (que devem ter sido um tédio para o adversário), terminando com os parciais: 6-2; 6-0; 6-0. Desastroso...

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O justo vencedor do torneio, apesar de magoado num dedo...

Já a final principal decorria com outro nível. Luís Valente mostrou mais uma vez que é um “valente”. Os seus 36 anos e a sua maior experiência, permitiram-lhe controlar Pedro Varela, jogador de 24 anos, e com currículo no Ténis Federado Nacional. O jogo foi muito intenso e com bastantes breaks; o 1.º set foi muito agressivo da parte de ambos os jogadores. A partir do 2.º set, Luís Valente mudou o estilo de jogo e obrigou Pedro Varela a falhar... e a falhar bastante. Apesar disso, ambos os jogadores exibiram uma excelente técnica e um jogo brilhante de bolas rápidas e muito aceleradas, tendencialmente jogado no fundo do court. Pedro Varela demonstrou um serviço poderoso, enquanto Luís Valente apresentou um serviço lento, mas muito enrolado, o qual criou irritabilidade no adversário. Resultado final: 6-4; 6-4; 6-2. Uma vitória justa e merecida, numa partida muito bem apitada pelo juiz/jogador/organizador Manuel Frias, que se apresentou à altura de uma final, trajando um fato escuro (apesar de se ter livrado da gravata)!

Sérgio

14 julho 2006

Fim de Dia.

Ontem foi mais um dia de calor abrasador no Porto.

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Ao fim do dia consegui fazer uma coisa que há muito não tinha possibilidade de fazer; rumei até Espinho e fui fazer umas ondas com uns amigos (ao fim de mês e meio lá consegui estrear o meu fato novo). Estava um fim de tarde excelente. Cheguei lá por volta das 19 horas, mas o mar apresentava-se bastante liso ainda... foi aparecendo um rasgo aqui e outro ali, até que por volta das 20, a Magna, o Pedro e eu lá entramos. Entre os sets o mar estava ainda muito liso, mas lá ia aparecendo qualquer coisita...

O mar foi crescendo com a maré a vazar. Depois de ter feito uma onda, volto para junto dos meus amigos e aproxima-se o 1.º set realmente interessante. Apanho uma onda, corto para a direita e já eufórico, quando estou a sair da mesma, reparo que outra estava já em cima de mim. Mergulho e o strap da prancha parte... nem queria acreditar! Lá tive eu de ir a nadar atrás da prancha e logo a seguir levei com um set inteiro em cima.

Depois de muito esforço e de ter desenvolvido uma nova técnica para passar a rebentação sem largar a prancha, lá cheguei de novo junto dos meus amigo; já cansado, meio agoniado e com caimbras nos pés e nas pernas.

Pensei que não ia aguentar muito mais tempo, até porque começava a anoitecer; mas aí é que começou a surpresa. As ondas continuaram, mas a noite alisou o mar. As ondas entravam e empurravam-nos numa parede longa, para um mar liso e macio. Era incrível a velocidade atingida pela prancha sem qualquer turbulência; a prancha zumbia e a adrenalina disparava. Em simultâneo, estar na água com o anoitecer por cima é um deslumbre... de uma lado, o reflexo de um sol que já desapareceu do horizonte e que cria um espelho de claridade da água; do outro, as luzes de Espinho, especialmente do Casino, reflectidas numa água negra como a noite que nos cobre.

Fiquei com o Pedro dentro de água até ás 22 horas e com as ondas inteirinhas só para nós. A Magna saiu pouco antes; cá fora, a Rosa lamentava não ter conseguido nenhuma fotografia decente... mas até saíram algumas engraçadas como esta aqui colocada.

A noite estava incrível; o calor abrasador mantinha-se e quanto mais me aproximava do Porto, mais quente o ar estava. Fiz a viagem calmamente, sem capota, a ouvir música. Cheguei a casa e enquanto tirava o material do carro, este atirava um bafo que queimava. Soube bem lavar o material e tomar banho de mangueira tal era o calor. Deitei-me e dormi como uma pedra... até a minha cadela me acordar às 6 da manhã...

São momentos como estes que ficam na memória para sempre e pelos quais vale a pena viver e tudo fazer para os “repetir”.

Sérgio

10 julho 2006

Fim de Semana na Casa da Flor.

Depois de mais de 2 meses com os fins de semana e a palavra “estudo” em constante promiscuidade, e de uma semana: manchada por um exame não muito bem sucedido; pela derrota de Portugal frente à França; por uma gastroenterite que me tirou 3 kgs (e isto não é propriamente mau...); e por alguns factos ocorridos no emprego que estão longe de me motivar para o empenho, tudo o que me apetecia era um fim-de-semana com muitas horas de sono, intervaladas por praia (algo que ainda não tive este ano e pelo qual tanto sou fanático).

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Um magnífico Cadillac encontrado à entrada da A4.

No entanto, os meus simpáticos amigos Luís e Helena, que tantas vezes me convidam para partilhar a magnífica Casa da Flor, em Vila Caíz, alteraram propositadamente a data de um fim-de-semana de convívio, para que eu pudesse estar presente (já que passo a vida a estudar...). Claro que convites destes nem me passa pela cabeça recusar e no Sábado levantei-me às 8 horas da manhã com a melhor disposição do mundo. O 1.º evento estava marcado para as 10 da manhã: no RTA disputaram-se duas meias finais do Torneio FOD ESCORT (uma do torneio principal e a outra do torneio de consolação e que me opunha ao dono da casa).

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Chegada ao RTA.

Logo que entrei na AE, cruzei-me com um magnífico Cadillac descapotável branco; automóvel para ter 50 anos! Lindo...
E por falar em automóvel... olhei melhor para o meu... o meu A4 tinha feito 240.000 kms! Como saí do Porto atrasado (9h30) tive de fazer a viagem em andamento rápido. O A4 permanece indiferente aos kms e aos 9 anos: mesmo a subir, passou várias vezes os 180 kms/h e sem eu nunca ter puxado a fundo. Apenas a suspensão precisa de ser recarregada (está outra vez um tanto solto). Saí da AE em Amarante e sigo as indicações da Helena até ao RTA. Deparo com uma estrada de uma paisagem digna de se ver e com umas curvas “deliciosas”. Por momentos senti saudades do MX5, mas logo percebi que a minha condição física ditada pela gastroenterite de 5.ª feira passada, não me permitiria tirar partido nem dos powerslides, nem da condução a céu aberto. Já o A4, de ar condicionado ligado, permitiu-me uns bons momentos de diversão. Automóvel imperturbável... vira para onde a direcção aponta mesmo nas curvas mais fechadas, responde vigorosamente ao acelerador nos ganchos desnivelados (apesar de um degenerado a gasóleo se tratar), os travões são incríveis, a caixa de velocidades, um bom mix de rapidez e facilidade de utilização; consegue proporcionar grande prazer de condução. Chego assim ao RTA em 32 minutos!

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O recinto de jogo.

E para quê? Para esperar por todos os outros que estão atrasados... Entre telefonemas para perceber como está o “estado da nação”, chega o Luís. Fomos para o court e começamos a aquecer (como se fosse preciso!). Entretanto, chegaram os outros semi-finalistas e as respectivas famílias. Nessa altura optamos por ceder o court às atletas femininas que queriam jogar mais cedo, para posteriormente preparem o almoço. Isto atirou o nosso jogo para o horário 11h30/13h00... com o correspondente “Sol de Amarante”.

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Havia muitos candidatos a jogar.

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Helena em grande estilo, quer no ténis, quer na confecção da feijoada!

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Ângela, a revelação da temporada!

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Ana, a super-PRÓ!

Começa o 1.º jogo; o sol era abrasador... as pernas tremiam-me e começo a sentir-me muito cansado. Depois de termos ido às vantagens, consigo fechar o jogo na rede e penso... acho que não vou conseguir jogar mais... valeu-me a Ana que me foi comprar um sumo fresco, a Ângela que me deu um pão com manteiga e o meu adversário, que me sustentou com litros de água durante o jogo.

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Luís Pimentel, o craque anfitreão.

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Quem vir só esta fotografia até fica a pensar que sou grande jogador...

Comecei com 1-0, ao qual o Luís respondeu com 1-1; o mesmo aconteceu a seguir até ao 2-2. A seguir perco o jogo de serviço e logo outro a seguir; 2-4, estava fraco... Lá consegui recuperar e fechei o set com 6-4, denotando-se quebra no Luís.
O 2.º set foi menos competitivo; estive sempre à frente e acabou com 6-2. Valeu-me ter mais soluções que o Luís para compensar o meu estado “depenado”. Foi engraçado, porque todos os jogos que ganhei, sempre atribuí a vitória à minha condição física superior. Desta vez foi mesmo a técnica que me salvou... Estou na final e espero pelo José Baptista: jogador dedicado à modalidade e muito calmo. Dificilmente ganharei, pelo que o meu objectivo é ser competitivo de início ao fim.

No court do lado, a meia final do torneio príncipal mostrava-se bem mais competitiva.

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Luís Valente, voltou a ser valente e ganhou o jogo, mostrando grande capacidade técnica (compatível com a pose!).

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Manuel Frias e o seu ténis agressivo estiveram bem, mas não foram suficientes...

Depois de um banhinho refrescante, seguimos para casa do Luís. Um magnifico almoço nos esperava: uma bela feijoada! O ideal para quem está a recuperar de uma gastroenterite! A tarde prometia... preguiça, campeonato de king e o Rio Tâmega à nossa espera. Sim, porque esta casa é um privilégio, quer para os proprietários, quer para os amigos! A água estava fantástica (qual mediterrâneo)! E aos poucos lá foram parar quase todos, ainda que os limos na margem pudessem repelir os mais impressionáveis. Tivemos ainda uma canoa para animar; muitos foram os que quase não remaram... estive de reboque! Sempre que alguém virava, eu rebocava para a margem. Depois, com a ajuda de outros voluntariosos (Martinez, Afonso e Luís) havia que içar a canoa para a margem e virar a água. Aproveitei também para remar um bocadito, algo que gosto bastante de fazer; nadar bastante (margem a margem); e no fim, servi de “motor fora de borda” para alguns miúdos que ansiavam andar de canoa e não tinham capacidade para o fazer.

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A feijoada que me salvou da gastroenterite.

A hora do jogo de Portugal aproximava-se e havia que deixar o rio (embora não apetece-se nada). Um banhito de mangueira para não atrasar a longa fila da casa de banho e já estava prontinho para ver o jogo. Acabei por não ver com atenção o 1.º golo, mas cheirou-me a “frango” (o Ricardo tinha de dar o seu cunho pessoal); infelicidade no 2.º golo e um 3.º grande golo dos alemães, que estiveram, sem dúvida, melhor. No fim o golo de Nuno Gomes só pecou por ser tarde, porque foi sensacional (Grande Nuno Gomes, que bofetada de luva branca!). Sem desmerecer Scolari, nunca entendi a insistência no Pauleta. É um jogador que em jogos difíceis nunca apresenta resultados; já Nuno Gomes é o oposto (fala a história!). Muito menos entendi a opção de Postiga, que está desenquadrado de tudo. Portugal fez um excelente mundial, mas em todos os jogos mostrou muitas dificuldades em marcar; e isso ditou a nossa derrota contra uma França que jogou pior que nós; mas também podia ter ditado a nossa eliminação face à Holanda, e especialmente, face a Inglaterra.
Gostei de ver a homenagem feita à selecção! Apesar de tudo, o balanço é muito positivo. Por isso, reconheça-se o mérito a quem o tem, e não se exija tudo de uma vez. Relembro que há 4 anos nada tínhamos...

O jantar foi bastante animado; até conquistei definitivamente o Patorras com um pedaço de pizza.

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O jantar caíu na moleza para alguns...

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... enquanto outros energicamente pulavam a cerca... ou melhor, janela!

A noite foi passada numa tenda de campismo. Face ao verdadeiro batalhão de amigos que somos, e que os corajosos Luís e Helena não hesitaram em convidar, ofereci-me para dormir no “exterior”, por forma a cabermos todos. O mesmo fez a Rosa, o Luís Valente e a Maria João, acompanhados dos pequeninos Maria e Pedro. Fomos embalados pelo som da queda de água durante a noite e acordados esporadicamente pelo comboio a passar, ou por um animal ou outro mais exuberante (ia jurar que ouvi um pato a grasnar...). De manhã fui acordado pela Helena a bater-me na tenda, quando passeava a cadelita recém-chegada (afinal com que nome ficou?). Na altura dormia profundamente.

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O local de repouso.

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A vista para o Rio Tâmega do lado esquerdo do meu igloo.

Depois de mais um banho de mangueira, a Helena brindou-nos com um pequeno-almoço divinal! Até champanhe com sumo de laranja tivemos! De manhã ainda joguei um King (há anos e anos que não jogava).

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Até com champanhe com sumo de laranja nos deliciamos...

Regressado o Afonso (que foi dormir a casa) e que regressava muito bem acompanhado (bem vinda Eugénia!) e com um montão de coisas que lhe pedimos para comprar (gelo, pão, café... houve até quem pedisse a Bola!), mais um almoço divinal. Pena entretanto que a Ana Teresa tivesse que ir embora mais cedo (as gargalhadas sonoras ficam sempre bem!).

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A vista para o Rio Tâmega.

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O rio continua a jusante.

Depois de uma tarde com muita preguiça, tempo ainda para mais um mergulho no rio. O Luís e a Helena levaram com alguns resistentes até às 11 da noite. Colamos a ver a final Itália-França, com todos a augurarem contra a França. Por acaso, até houve na 2.ª parte um penalty que não foi marcado e que provavelmente daria a vitória aos Franceses, mas depois de ver a atitude do Zidane, entre outras do treinador francês, fiquei mesmo muito feliz com o penalty falhado pelo Trezeguet e com a vitória de Itália. Enfim, duas selecções que foram levadas ao colo até à final. Itália só jogou bem contra a Alemanha; França só fez por merecer contra a Espanha. Podem dizer que tenho mau perder, mas achei o mundial todo muito desconsolado...

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A bela Casa da Flor.

Este fim-de-semana em Vila Caiz foi de sonho. O tempo esteve incrível. O fim de tarde e o anoitecer estavam divinais. As noites incríveis... no Sábado não apetecia adormecer; ontem não apetecia vir embora. Um fim-de-semana memorável! Há que agradecer ao Luís e à Helena por não se importarem de verem a magnífica Casa da Flor virada ao contrário; já para não falar da trabalheira a que são sujeitos (refeições, camas, a casa toda patinhada, os copos partidos, lixo, pandemónio, etc.). Obrigado a eles pelo privilégio que nos concederam.

Sérgio

07 julho 2006

Rescaldo...


Ou melhor... vamos continuar a acreditar.

De facto, não conseguimos ser melhores que os "12" jogadores franceses. Um penalty não assinalado e muitas faltas por marcar foram influentes no resultado. Mas também ficou patente a dificuldade da selecção em marcar (e verificou-se nos jogos todos), tendo sido esse o facto que decidiu a nossa derrota. Ganhou novamente a arrogância francesa. Soa a injustiça; soa a desilusão... mais, soa a revolta. Agora imaginem o que sentiríamos se a nossa selecção fosse a do Tongo: literalmente atirada para fora do mundial, com um penalty em que nem contacto houve entre o defesa e o atacante, aos 95 minutos de jogo. E pronto, aí estão os finalistas: França-Itália!

Como disse Humberto Coelho "... não chegamos lá hoje, mas havemos de chegar!". O espírito tem de ser esse. É preciso ser mais confiante, mas competitivo, mais combativo, mais aguerrido. Portugal é um país menor para a Europa e para o Mundo (tal como o Tongo!). Não lhe basta ser bom ou melhor que os outros. Para vencermos, temos de ser muito bons e muito melhores. Ou seja, incontornavelmente superiores. Sempre foi assim e assim há-de continuar. Não podemos é baixar os braços e cair no espírito derrotista que estivemos envoltos durante tantos anos. Obrigado Scolari!

Venha lá o 3.º lugar!

Sérgio

P.S.: isto caiu-me tão mal, que até fiquei doente.

05 julho 2006

AND IT'S A BEAUTIFUL DAY!!!

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The heart is a bloom, shoots up through the stony ground
There's no room, no space to rent in this town
You're out of luck and the reason that you had to care,
The traffic is stuck and you're not moving anywhere.
You thought you'd found a friend to take you out of this place
Someone you could lend a hand in return for grace

It's a beautiful day, the sky falls
And you feel like it's a beautiful day
Don't let it get away

You're on the road but you've got no destination
You're in the mud, in the maze of her imagination
You love this town even if that doesn't ring true
You've been all over and it's been all over you

It's a beautiful day
Don't let it get away
It's a beautiful day
Don't let it get away

Touch me, take me to that other place
Teach me, I know I'm not a hopeless case

See the world in green and blue
See China right in front of you
See the canyons broken by cloud
See the tuna fleets clearing the sea out
See the Bedouin fires at night
See the oil fields at first light
And see the bird with a leaf in her mouth
After the flood all the colors came out

It was a beautiful day
Beautiful day
Don't let it get away

Touch me, take me to that other place
Reach me, I know I'm not a hopeless case

What you don't have you don't need it now
What you don't know you can feel it somehow
What you don't have you don't need it now
You don't need it now, you don't need it now

Beautiful day

Beautiful Day – U2, All That You Can’t Leave Behind

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Hoje não só está um dia lindo como vai ser um grande dia! Logo à noite PORTUGAL – FRANÇA!!! Hoje vamos fazer história e inverter uma sucessão de vitórias dos franceses; já é altura... Já vimos que “santos da casa não fazem milagres”, nem os portugueses, nem os alemães, portanto, vamos lutar por uma final inteiramente latina! Temos de nos preparar para um jogo difícil, mas acima de tudo, temos de confiar em nós, porque mérito não nos falta, em todos os aspectos. E tem sido essa a maior virtude de Scolari: incutir confiança em jogares (e num povo) de grande mérito, mas cuja atitude é à partida derrotista. Há que mudar... É só isso que nos falta para reconhecidamente sermos um povo de sucesso. Logo, teremos de claramente ser melhores; até porque há que contar com uma arbitragem a defender os franceses... Itália ontem deu um excelente exemplo! Não me importo nada quando perdemos, mas fizemos uma grande exibição (não como contra Inglaterra.... aquela lentidão e pasmaceira foi irritante... falta de atitude de querer vender... valeu-nos o Ricardo!). E se assim for contra Itália, tudo bem. Agora contra a França, nem que seja preciso “partir as pernas a tudo e todos”. Há que ganhar! FORÇA!!!

Mas não é só por isso que hoje é um grande dia. Fiz mais um dos exame trimestrais de acesso a ROC. Liberto-me agora de algumas toneladas de cima dos ombros! Até Setembro vou poder voltar a dar atenção aos amigos, a quem constantemente nego convites e não dou a atenção devida. E vou voltar a ter tempo para mim e para as coisas que gosto (ouvir música, ler, desporto, praia, etc.).

O exame esteve longe de correr bem... mas da OROC nunca se esperam facilidades. Antes pelo contrário; é de prever sempre todo o tipo de manobras tortuosas e truques manhosos... A última foi a de apresentarem os programas das matérias de exame apenas a uma semana da data de exame e de alterarem substancialmente a forma de avaliação face ao ano anterior. O que poderia ser irrelevante, mas a uma semana do exame, deita por terra o trabalho feito em mais de 2 meses e impossibilita que nos consigamos adaptar às novas variáveis (o módulo de sistemas de informação deixou de ser de consulta; no módulo de finanças empresariais foi vedado o uso de formulários; em fiscalidade deixou de ser possível utilizar códigos anotados – ainda por cima obrigaram-nos a perder tempo na última semana de estudo a comprar códigos novos, já para não falar no dispêndio de mais dinheiro; sim, porque só a inscrição para exame custa 300€!).

Soube ainda que o carmoblog chegou ao conhecimento da administração da empresa em que trabalho. O meu receio quanto ao futuro da empresa terá sido a causa, para que uma das minhas colegas tenha dado conhecimento das minhas palavras à administração; presumo... Presumo também que a intenção não terá sido a de abonar a meu favor, pois caso contrário teria sido questionado previamente... com amigos assim... Felizmente a Administração reagiu de acordo com a verdadeira intenção das minhas palavras (de desabafo) e sossegou-me quanto ao futuro da empresa. Claro que me pediu para não o voltar a fazer, o que é perfeitamente admissível. Mais do que tudo, agradou-me a atitude da Administradora.

Venham as férias de verão! Vou a Faro à 25.ª Concentração Motard e pelos preparativos da viagem, a coisa promete! Pelo meio haverá um bom passeio de moto pela costa vicentina, praia, um passeio a cavalo, uma regata e mergulho submarino. Depois, em Agosto, vou ter uma semana e meia de férias de praia e descanso absoluto. Mas o facto de ter só de trabalhar (e não estudar) já é quase de férias para mim... Até porque estou mesmo knock out... esqueço-me do que tenho de fazer, dores de cabeça, perdas de visão, má disposição e por aí fora... Estou a precisar é de umas boas ondas para experimentar o fato novo que comprei há mais de um mês e ainda não tive tempo de o usar. Estou com umas saudades de mar...

Sérgio
P.S.: não sei quem é o autor na fotografia, nem quem ma enviou...