28 outubro 2005

Guerra Norte-Sul.


Segue em baixo um artigo de opinião sobre as diferenças entre lisboetas e portuenses. Mais importante do isso, a diferente percepção que o poder político e a opinião pública em geral têm dos desaires que ocorrem em cada uma das cidades.
Por outras palavras, o que em Lisboa passa despercebido, no Porto ganha auras de escândalo intolerável.
Não sou fanático, bairrista, ferrenho, nem tomo "partidos cegos" de causa alguma. Para tudo há uma justa medida e bom-senso. Porto e Lisboa são duas cidades fantásticas e em todos os lados há pessoas boas e más. Este texto revela exactamente a minha opinião sobre a polémica "Capital e Arredores"; acrescento ainda a falta de bom-senso de alguns Nortenhos, que quando atingem o poder, assumem o dom de "justiceiros", pretendendo fazer piores injustiças que todos os Lisboetas, que tanto criticamos, fizeram durante anos e anos. As causas ganham-se fazendo aquilo que de mais correcto achamos ser e não fazendo pior que os outros para compensar o mal feito.

Sérgio

Lisboa a Arder

«As cidades são diferentes, mas ainda mais diferentes são as pessoas que as habitam.
AMO o Porto, mas esta paixão deixa-me espaço para gostar muito de Lisboa. Depois de um fim de tarde no miradouro da Graça, ninguém no seu perfeitojuízo pode negar que Lisboa é uma das mais belas cidades do mundo.
São cidades diferentes. É fácil gostar de Lisboa logo à primeira vista. O Porto tem de se aprender a gostar.
As cidades são diferentes, mas ainda mais diferentes são as pessoas que as habitam. No Premier, o «health club» que frequentava no Porto, quem chega solta um sonoro bom dia, logo correspondido pelos que lá estão. As pessoas circulam nuas pelo balneário e conversam umas com as outras, sobre tudo e nada - a bola, a bolsa, os casos do dia. Toda a gente se conhece pelo nome e profissão. Ficámos todos satisfeitos e orgulhosos quando a recepcionista Conceição acabou o curso de Direito.
Trouxe para Lisboa as maneiras do Porto, mas tive de me adaptar, porque não gosto de dar nas vistas - prefiro disfarçar-me na paisagem. Deixei de dar os bons-dias à chegada ao Holmes Place, porque me fartei deles fazerem ricochete nos armários - ninguém mos devolvia. E para evitar olhares desaprovadores ando pelo balneário com a toalha enrolada à cintura.
Gosto muito de Lisboa mas não gosto de algumas pessoas que a habitam. Não gosto das pessoas que mal sabem que sou do Porto desatam a tentar imitar de uma forma grotesca a pronuncia do Norte, entremeando uns caragos com ditongos ditos à moda galaico-portuguesa. Abomino a ignorância dos que se julgam sem sotaque e tomam a sua adocicada e arredondada pronúncia lisboeta como o cânone da língua, que deve parte da sua riqueza às diferentes maneiras como é falada nas mais variadas latitudes e longitudes. Gosto muito de Lisboa mas não gosto de alguns políticos que a habitam. Não gosto de um Jorge Sampaio, cujas regras de educação lhe permitiram usar o discurso de inauguração da Casa da Música, para criticar os «atrasos da obra» e a «derrapagem dos custos». Não me lembro de alguém ter criticado os «atrasos na obra» e a «derrapagem dos custos» nos discursos de inauguração do magnífico Centro Cultural de Belém ou da fantástica Expo-98. Não gosto de um ministro Mário Lino, cujo código de boas maneiras lhe permitiu usar o discurso de inauguração de uma nova linha do Metro do Porto para ameaçar congelar a expansão da rede, devido aos «atrasos na obra» e à «derrapagem dos custos». Não me lembro de alguém ter ameaçado congelar a expansão do Metro de Lisboa na sequência dos escandalosos «atrasos na obra» do Metro no Terreiro do Paço ou da enorme «derrapagem nos custos» da estação Baixa/Chiado. Não gosto de um ministro Manuel Pinho, cujos princípios éticos são largos ao ponto de abençoar um PRIME, que habilmente permite o uso de fundos comunitários em Lisboa, a mais rica de todas as regiões ibéricas (o Porto está em 27.º lugar), de acordo com a UE.
É por causa de atitudes como estas que Portugal continua a parecer um bilhar que descai sempre para um só buraco - a capital. O grito de raiva «Nós só queremos Lisboa a arder» é a expressão (grosseira) da revolta de quem se sente discriminado.
A única vacina eficaz contra esta raiva é corrigir as assimetrias que desequilibram o país.»

Jorge Fiel, in Expresso, caderno Economia & Internacional, 13-08-2005

27 outubro 2005

Cidadania em Sentido Lato... Coincidências...


Ontem de manhã enviarem-me um email sobre uma cena do filme "Perfume de Mulher", que retrata a forma como encaramos a vida e o momento. Nem de propósito, passadas duas horas recebo outro email, este com um texto sobre cidadania e qualidade de vida das sociedades desenvolvidas; no meio deste texto (que nada tinha a ver com o outro), lá estava a mesma referência à cena do filme e à maneira como encaramos a vida e o tempo.
Isto acontece-me correntemente: se ouço pela primeira vez uma palavra, logo a seguir e num contexto diferente, surge essa palavra novamente. O mesmo acontece em relação a pessoas de quem nunca ouvi falar e de repente são sitadas mais que uma vez. Mais: nomes de países, situações, realidades, músicas que já não ouvia há muito tempo! Dá a impressão que para alguns aspectos andei a dormir a vida toda e acordei subitamente... Coincidências?!

Transcrevo-vos o texto enviado pelo Francisco Pereira (grande amigo que conheci no Viet Vo Dao, também conhecido como o Quebra-Ossos, de quem orgulhosamente sou padrinho de casamento, e a quem desde já agradeço) e que surge como uma lufada de ar fresco na vida em sociedade, além de conseguir agregar um conjunto de aspectos sobre os quais já conversei com alguns de vocês.

E eu que nem gostava de Volvos...

Sérgio

"...Já vai para 15 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca. Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante.
Aqui, qualquer projecto demora 2 anos a concretizar-se, mesmo que a idéia seja brilhante e simples. É regra. Então, nos processos globais, nós (portugueses, brasileiros, americanos, australianos, asiáticos, etc) ficamos aflitos para obter resultados imediatos, numa ansiedade generalizada. Porém, o nosso sentido de urgência não surte qualquer efeito neste país. Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões e ponderações. E trabalham num esquema bem mais "slow down".
O pior é constatar que, no fim, acaba por dar tudo certo no tempo deles, com a maturidade da tecnologia e da necessidade; aqui, muito pouco se perde. É assim:
1. O país é cerca de 3 vezes maior que Portugal;
2. O país tem 2 milhões de habitantes;
3. A sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (Lisboa tem 1 milhão);
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia...
5. Para ter uma ideia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA.
Digo a todos estes nossos grupos globais de trabalhadores: os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam nossos salários.
Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura colectiva do que eles.Vou contar-vos uma breve história, só para vos dar uma noção...
A primeira vez que fui para lá, em 1990, um dos colegas suecos apanhava-me no hotel todas as manhãs. Era Setembro, frio, e a neve estava presente. Chegávamos bem cedo à Volvo e ele estacionava o carro longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, uma manhã perguntei-lhe:
- Você tem lugar marcado para estacionar aqui? Chegamos sempre cedo, o estacionamento está vazio e você deixa o carro à ponta do parque.
Ele respondeu-me, simples, assim:
- É que, como chegamos cedo, temos tempo de andar. Quem chegar mais tarde já vem atrasado, precisa mais de ficar perto da porta. Você não acha?
Nesse dia, percebi a filosofia sueca de cidadania! Serviu também para rever os meus conceitos.

SLOW vs FAST.

Há um grande movimento na Europa hoje, chamado SLOW FOOD. A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem a sua sede em Itália (o site, é muito interessante. Veja-o).
O que o movimento SLOW FOOD prega, é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" a sua confecção, no convívio com a família, com os amigos, sem pressas e com qualidade.
A idéia é a de se contrapor ao espírito do FAST FOOD e tudo o que ele representa como estilo de vida, em que o americano "endeusificou".
A surpresa, porém, é que esse movimento SLOW FOOD serve de base a um movimento mais amplo chamado SLOW EUROPE, como salientou a revista Business Week na sua última edição europeia.
A base de tudo, está no questionar da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraponto à qualidade de vida ou à "qualidade do ser".
Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas, 35h/semana) são mais produtivos que os seus colegas americanos ou ingleses. E os alemães, que em muitas empresas instituíram a semana de 28,8 horas de trabalho, viram a sua produtividade crescer nada menos que 20%.
Esta chamada "slow atitude" está a chamar a atenção, até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já).
Portanto, esta "atitude sem-pressa" não significa, nem fazer menos, nem menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos pormenores e com menos "stress".
Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e real, em contraste com o "global" - indefinido e anónimo.
Significa a retoma dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do quotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé.
Significa um ambiente de trabalho menos coercivo, mais alegre, mais "leve", e portanto, mais produtivo onde os seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.
Gostaria que vocês pensassem um pouco sobre isto. Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe"; ou, "A pressa é inimiga da perfeição" já não merecem a nossa atenção, nestes tempos de loucura desenfreada?
Será que as nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de "qualidade sem-pressa", até para aumentar a produtividade e qualidade dos nossos produtos e serviços, sem a necessária perda da "qualidade do ser"?
No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível. Um personagem cego, interpretado por Al Pacino, convida uma moça para dançar e ela responde-lhe:
- Não posso, porque o meu noivo deve chegar dentro de poucos minutos.
- Mas, num momento, se vive uma vida. (responde ele, conduzindo-a num passo de tango).
E esta pequena cena é, para mim, o momento mais marcante do filme.
Algumas pessoas correm atrás do tempo, mas parece que só o alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim. Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e esquecem-se de viver o presente, que é o único tempo que existe. TEMPO, toda a gente tem, por igual. Ninguém tem mais, nem menos, que 24 horas por dia. A diferença é O que cada um faz do seu tempo. Precisamos de saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon, "A vida, é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro".
Parabéns por ter lido até o fim. Muitos não leram esta mensagem até ao fim, porque não podem "perder" o seu tempo neste mundo globalizado.
Pense e reflicta até que ponto vale a pena deixar de "curtir" a sua família, ou os seus amigos. Deixar de estar com a pessoa amada, ou passear na praia no fim de semana. Amanhã, poderá ser tarde demais.
Um Bom Dia a todos!!!"

(autor desconhecido)

26 outubro 2005

Hipocrisia Farmaceutica.


Deixo-vos um artigo sobre a tão badalada "Gripe das Aves".
É de facto lamentável que a indústria farmaceutica continue a aproveitar-se da ignorãncia do cidadão comum em matéria de medicina e farmaceutica, injectando-nos "cá para dentro" tantas e tantas substâncias, não só desnecessárias, como potencialmente perigosas quanto a efeitos futuros (e desconhecidos) e destabilizadoras no normal e autónomo funcionamento do nosso organismo.
Já pensaram que quanto mais esta indústria se tem desenvolvido nas últimas décadas, mais doenças mortais têm afectado a humanidade... cancro... sida... alzheimer... parkinson...
Como é que era possível há décadas atrás, alguém começar a fumar aos 15 anos e viver até aos 90, morrendo de morte natural e sem nunca ter tido qualquer sinal e/ou sintoma que actualmente se diagnosticaria como "cancro do pulmão"?...

Sérgio


O NEGÓCIO DO MEDO !!!

«Se a gripe aviária virar uma pandemia em que todos desatam a contaminar todos, não fica ninguém para contar a história.»

A TUBERCULOSE continua a matar oito mil criaturas por dia. Só na Europa, a «morte branca» ceifa 70 mil ao ano. A meningite, que legitimamente preocupa pais e avós, mata 200 mil (e, só na Europa, uns impressivos 15 mil). E se falamos de gripe «normal», a cifra sobe para meio milhão.

Isto, que é público, devia aconselhar alguma racionalidade perante uma doença aviária que praticamente não existe e cujas possibilidades de contágio são praticamente nulas. Não aconselha. Pelo contrário: na cultura do medo actualmente em cena, qualquer histeria tem lotação esgotada. Luís Filipe Pereira, antigo Ministro de Saúde, ainda mostrou um rasgo de lucidez ao recusar entrar na dança com a compra maciça de antivirais. A lucidez partiu para parte incerta e o Governo socialista já garantiu que Portugal está preparado para combater o surto entre bichos e entre humanos. Como é evidente, não está.

E não está porque ninguém está: se a gripe aviária virar uma pandemia em que todos desatam a contaminar todos, não fica ninguém para contar a história. Acontece que a doença não passa de boca em boca e, pior, os 60 mortos na Ásia mostram bem como é preciso praticamente beijar uma galinha infectada para morrer como ela - um cenário romântico que, obviamente, não interessa ao circo instalado.

E não interessa porque o medo é um negócio. Um negócio para jornais. Um negócio para laboratórios. Um negócio que autoriza a Organização Mundial de Saúde a «recomendar» uma cobertura antiviral para 25% da população. Ou seja, para dois milhões e meio de portugueses. É pouco. Eu, por mim, montava tapumes de norte a sul e transformava Portugal numa capoeira. Era mais seguro e assim ninguém desatava a pôr ovos por contágio.

Por: João Pereira Coutinho in "Expresso",
Ed: Edição 1721, 22.10.2005

24 outubro 2005

As Artes Marciais como Artes de Vida.


À volta das Artes Marciais gira uma envolvente de mistério e misticismo entre a realidade e a ficção que por vezes é apresentada por alguns realizadores cinematográficos. Mas sobre esta forma de vida oriental, pouco ou nada sabemos, para além da vertente de combate. Somente conhecemos o que os filmes de Bruce Lee nos transmitiram nos anos 70, levando à explosão e à moda das Artes Marciais. Do absoluto desconhecimento passou-se à banalidade e na nossa geração é quase raro haver alguém que nunca praticou uma Arte Marcial... mas por pouco tempo, porque os resultados práticos tardam em aparecer e os ocidentais são muito pouco pacientes (temos a mentalidade do “lucro fácil” e do “consumo instantâneo”).
É esta mentalidade que nos impede e desinteressou de conhecermos a vertente, se calhar, mais interessante das Artes Marciais. No Antigo Mundo Oriental, o Mestre de Artes Marciais não era só o instrutor da arte bélica... era o responsável por todo o processo de aprendizagem e aculturação do “aluno” na sociedade; era o responsável pela passagem de geração em geração, de todos os ensinamentos adquiridos e endogeneizados; tinha também por função conduzir espiritualmente os seus alunos, de acordo com as crenças e religiões praticadas nas comunidades em que viviam.
Assim se explica a diversidade de estilos de que hoje ouvimos falar; o que não sabíamos é que são as normas de conduta moral, ética e espiritual que condicionam e inspiram as técnicas que destinguem também esses mesmos estilos.
Os orientais desenvolveram todas estas Artes como formas de vida orientadas para o bem-estar do indivíduo em sociedade e para com o meio envolvente. Foi do estudo do habitat que surgiram os seus ensinamentos; mesmo os de combate: já reparam na semelhança entre algumas técnicas marciais e os movimentos dos animais? Observem os movimentos circulares; os ataques de dedos, ou em forma de garra... não vos faz lembrar nada?!

Quem pratica Artes Marciais há muito anos, e mesmo que pouco conheça para além das técnicas, adquiriu necessariamente algumas características: dedicação e humildade; disciplina, rigor e eficácia técnica, persistência e perseverança... entre outras... caso contrário teria desistido! Mas é isto que distingue uma Arte Marcial de um desporto de combate; especialmente o respeito pelo próximo. Uma vez um grande Mestre de Viet Vo Dao, Mestre Phan Hoang, disse: “A melhor forma de vencer um inimigo é torna-lo um amigo.”.

Mestre Tran Hu Han, mentor do Hiep Ky Vo Dao, deixou-nos a 15 de Maio de 2004, mas sobre aqueles que tiveram o privilegio de com ele privar, deixou nos seus corações muito mais que lições marciais: “A 1ª lição e a base das Artes Marciais são a cortesia, a honestidade, a lealdade e o respeito.”; “O principal é atitude; tudo o resto vem por arrasto.”. E esta última é a maior lição (de vida) que qualquer um de nós pode apreender. Obrigado Mestre Tran!

Sérgio

P.S.: Este post já foi publicado anteriormente em calimerosmix.blogspot.com (diga-se de passagem, um GRANDE blog!).

21 outubro 2005

Globalização.

Cada vez mais a ideia da "Aldeia Global" é uma realidade. Neste sentido, as necessidades de informação são também cada vez mais críticas e a informação em sí assume um valor inestimável.
O ideal era sabermos, a todo o momento, tudo o que acontece no mundo todo.
Para tudo há solução e o CARMOBLOG para tal contribui, caso a necessidade de estar informado seja para si premente.
Aqui fica um link com a 1.ª página dos jornais de todo o mundo.

Bom fim-de-semana!
Sérgio

O País Que Não Deveria Ser Desenvolvido...

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Aqui está mais uma prova de que nós Portugueses, só temos de nos orgulhar do nosso país e de nós mesmos... é quase razão para dizer, que mesmo maus, somos bons!
O texto de recente não tem nada, mas será sempre actual.

Sérgio

O PAÍS QUE NÃO MERECE SER DESENVOLVIDO
João César das Neves

PORTUGAL FEZ TUDO ERRADO, MAS CORREU TUDO BEM.
Esta é a conclusão de um relatório internacional recente sobre o desenvolvimento português.
Havia até agora no mundo países desenvolvidos, subdesenvolvidos e em vias de desenvolvimento. Mas acabou de ser criada uma nova categoria: os países que não deveriam ser desenvolvidos. Trata-se de regiões que fizeram tudo o que podiam para estragar o seu processo de desenvolvimento e... falharam.
Hoje são países industrializados e modernos, mas por engano. Segundo a fundação europeia que criou esta nova classificação, no estudo a que o DN teve acesso, este grupo de países especiais é muito pequeno. Alias, tem mesmo um só elemento: Portugal.
A Fundação Richard Zwentzerg (FRZ), iniciou há uns meses um grande trabalho sobre a estratégia económica de longo prazo. Tomando a evolução global da segunda metade do século XX, os cientistas da FRZ procuraram isolar as razões que motivavam os grandes falhanços no progresso. O estudo, naturalmente, pensava centrar-se nos países em decadência. Mas, para grande surpresa dos investigadores, os mais altos índices de aselhice económica foram detectados em Portugal, um dos países que tinha também uma das mais elevadas dinâmicas de progresso.
Desconcertados, acabam de publicar, à margem da cimeira de Lisboa, os seus resultados num pequeno relatório bem eloquente, intitulado: "O País Que Não Devia Ser Desenvolvido"
O Sucesso Inesperado dos Incríveis Erros Económicos Portugueses.
Num primeiro capítulo, o relatório documenta o notável comportamento da economia portuguesa no último meio século. De 1950 a 2000, o nosso produto aumentou quase nove vezes, com uma taxa de crescimento anual sustentada de 4,5 por cento durante os longos 50 anos. Esse crescimento aproximou-nos decisivamente do nível dos países ricos. Em 1950, o produto de Portugal tinha uma posição a cerca de 35 por cento do valor médio das regiões desenvolvidas. Hoje ultrapassa o dobro desse nível, estando acima dos 70 por cento, apesar do forte crescimento que essas economias também registaram no período. Na generalidade dos outros indicadores de bem-estar, a evolução portuguesa foi também notável.
Temos mais médicos por habitante que muitos países ricos. A mortalidade infantil caiu de quase 90 por mil, em 1960, para menos de sete por mil agora. A taxa de analfabetismo reduziu-se de 40 por cento em 1950 para dez por cento.
Actualmente a esperança de vida ao nascer dos portugueses aumentou 18 anos no mesmo período. O relatório refere que esta evolução é uma das mais impressionantes, sustentadas e sólidas do século XX. Ela só foi ultrapassada por um punhado de países que, para mais, estão agora alguns deles em graves dificuldades no Extremo Oriente. Portugal, pelo contrário, é membro activo e empenhado da União Europeia, com grande estabilidade democrática e solidez institucional. Segundo a FRZ, o nosso país tem um dos processos de desenvolvimento mais bem sucedidos no mundo actual.
Mas, quando se olha para a estratégia económica portuguesa, tudo parece ser ao contrário do que deveria ser. Segundo a Fundação, Portugal, com as políticas e orientações que seguiu nas últimas décadas, deveria agora estar na miséria. O nosso país não pode ser desenvolvido. Quais são os factores que, segundo os especialistas, criam um desenvolvimento equilibrado e saudável? Um dos mais importantes é, sem dúvida, a educação.
Ora Portugal tem, segundo o relatório, um sistema educativo horrível e que tem piorado com o tempo. O nível de formação dos portugueses é ridículo quando comparado com qualquer outro país sério. As crianças portuguesas revelam níveis de conhecimentos semelhantes às de países miseráveis. Há falta gritante de quadros qualificados. É evidente que, com educação como esta, Portugal não pode ter tido o desenvolvimento que teve. Um outro elemento muito referido nas análises é a liberdade económica e a estabilidade institucional. Portugal tem, tradicionalmente, um dos sectores públicos mais paternalista, interventor e instável do mundo, segundo a FRZ. Desde o "condicionamento industrial" salazarista às negociações com grupos económicos actuais, as empresas portuguesas vivem num clima de intensa discricionariedade, manipulação, burocracia e clientelismo. O sistema fiscal português é injusto, paralisante e está em crescimento explosivo. A regulamentação económica é arbitrária, omnipresente e bloqueante.
É óbvio que, com autoridades económicas deste calibre, diz o relatório, o crescimento português tinha de estar irremediavelmente condenado desde o início. O estudo da Fundação continua o rol de aselhices, deficiências e incapacidades da nossa economia. Da falta de sentido de mercado dos empresários e gestores à reduzida integração externa das empresas; da paralisia do sistema judicial à inoperância financeira; do sistema arcaico de distribuição à ausência de investigação em tecnologias. Em todos estes casos, e em muitos outros, a conclusão óbvia é sempre a mesma:
- Portugal não pode ser um país em forte desenvolvimento.
Os cientistas da Fundação não escondem a sua perplexidade.
Citando as próprias palavras do texto:
"Como conseguiu Portugal, no meio de tanta asneira, tolice e desperdício, um tal nível de desenvolvimento?"
A resposta, simples, é que ninguém sabe.
Há anos que os intelectuais portugueses têm dito que o País está a ir por mau caminho. E estão carregados de razão. Só que, todos os anos, o País cresce mais um bocadinho. A única explicação adiantada pelo texto, mas que não é satisfatória, é a incrível capacidade de improvisação, engenho e "desenrascanço" do povo português. No meio de condições que, para qualquer outra sociedade, criariam o desastre, os portugueses conseguem desembrulhar-se de forma incrível e inexplicável.

O texto termina dizendo:
"O que este povo não faria se tivesse uma estratégia certa?".

19 outubro 2005

Amigos!


É apenas uma forma diferente de nos termos em conta uns aos outros. Reflete ainda tudo o que penso de vocês todos, que têm de ser muito meus amigos para consultarem este blog!

Sérgio

18 outubro 2005

Rescaldo do FCP-SLB.

Apesar do fim de semana futebolístico já ter passado e ter terminado da melhor forma (SLB!SLB!), deixo-vos com um artigo de opinião sério e bem fundamentado, publicado num dos melhores e mais bem estruturados sitios da blogosfera.

http://ex-sitacoes.blogspot.com/2005/10/ateno-perigo-de-expluso.html

Sérgio

Traje de Neve.


Faço parte de um grupo de amigos, que primam por serem pessoas que olham para a vida de forma diferente e lutam contra a rotina e monotonia com que 90% das pessoas que conheço encaram a vida.
O ponto alto do ano são as nossas férias de neve, altura em que nos retiramos para uma semana intensa de ski e convivio cerrado. Neste contexto, e porque o grupo prima pela união, na própria viagem trajaremos de forma exclusiva e identificadora. Esta pratica iniciou-se no ano passado, aquando da incursão no Trois Vallées, em que trajaram 19 elementos, um bonito fato de treino com as cores do nosso país, ao melhor estilo "Selecção Nacional de Ski".
Este ano, o destino escolhido é Zell am See e várias propostas se têm votado, mas alguns dos elementos têm boicotado os resultados eleitorais, com perrices pouco dignas da sua idade. As propostas foram:
- traje de gala ao melhor estilo de Orquestra Sinfónica Vienense;
- o mesmo fato de treino do ano passado;
- traje de praia - calções, t-shirt, havaianas, máscara de mergulho, etc.
A polémica continua e mais uma vez, o NSA dissertou muito bem sobre o assunto, depois de ter sido proposto trajarmos de laranja e do Mário Pinheiro ter gasto já 32€ na aquisição de uma peça de vestuário (devido ao movimento de contestação entretanto iniciado, o próprio Mário convocou uma nova reunião em sua casa). Passo a transcrever...

Sérgio

Caro Mário, estou sensibilizado para o teu problema. Lá estarei.
Mas agora aqui entre nós... Laranja???... mas o que é que vos passou pela cabeça?
Estou a ver, o jantar tinha sido belo e contado com a (abundante) companhia de um magnífico tinto velho. Os espíritos estavam leves esoltos e os sorrisos enterravam o cansaço e preocupação de uma semana de trabalho. No fim, sem se saber de onde, lá apareceu aquele ancião de 15anos, de nome estrangeiro, e a transbordar de líquida sabedoria. Que raio, afinal hoje é 6.ª e amanhã não há que levantar cedo. - "Venha de láesse copo então!" - Não sem uma certa surpresa, o seu sabor era mais aveludado e rico do que a memória o lembrava. – “Nada como os escoceses para perceberem disto!”- soltou alguém no meio da sala, opinião que de resto foi imediatamente secundada por um clamor de gargalhadas e acenos graves e afirmativos.
Portugal estava pela primeira vez apurado para o Mundial sem a tortura do "se não perdermos com X e Y for ganhar a Z, por mais de 3 e no grupoB, W empatar com V, contando, claro, com a vitória de K no grupo A, estamos automaticamente apurados"; o Carrilho não tinha ganho a Câmara de Lisboa e já não ardia nada no país há mais de uma semana. A moral estava elevada e os ardores inflamados com o calor que se fazia sentir na sala, mesmo com a janela, entretanto, aberta. A conversa, que se desenrolava fácil, alegre, colorida, de repente vira para o assunto da votação da fatiota da neve.
Na imediata avalanche de opiniões, apenas uma coisa se conseguiu evidenciar - cada um tinha a sua- e pelo caminho que a discussão estava a tomar, assim ameaçava continuar. Ainda houve que sugerisse - "E se fossemos todos à primeira companhia?" - e a coisa poderia ter ficado logo ali resolvida, não fora outro alguém se lembrar de que uniformes militares e voos comerciais não casavam muito bem nos últimos tempos.
O silêncio que se seguiu foi sepulcral. O que tinha começado como uma magnífica jantarada de amigos, ameaçava agora transformar-se num enterro, pela impossibilidade de chegar a um consenso. A ausência de som começava a ser incómoda e o único som provinha da televisão que passava um anúncio da Optimus. Foi então que alguém sugeriu, ou disse para si próprio (não foi possível determinar pois a frase foi quase sussurrada) - "E se fôssemos de laranja?". A explosão que se seguiu foi emocionante. Abraços invadiram a sala, gritos de júbilo soltaram-se pelos ares, houve até que ficasse de lágrima no olho. Um consenso! E ainda por cima cor de laranja!Magnífico! – “Está decidido e não se fala mais nisso. Agora enche lá o copo para podermos continuar e vamos falar do Mourinho. E já agora, alguém viu o Sérgio Carmo?”

NSA

17 outubro 2005

Um Monstro por detrás do Aeroporto da Ota?!


Na passada semana Miguel Sousa Tavares escreveu um artigo polémico, lançando acusações graves e directas sobre a questão da Ota.

Se o assunto nunca fez sentido, parece agora fazer todo... até que ponto as acusações são fundamentadas... não sei! Se calhar vale mesmo a pena meditar e investigar o assunto; e já agora, proceder da mesma forma em relação a muitos outros assuntos sem explicação lógica ou racional. Será que existe um monstro por detrás do Aeroporto da Ota?!

Sérgio

Um crime na Ota
(por Miguel Sousa Tavares)

Uma história de 2 aeroportos.

Áreas:
Aeroporto de Málaga: 320 hectares
Aeroporto de Lisboa: 520 hectares

Pistas:
Aeroporto de Málaga: 1 pista
Aeroporto de Lisboa: 2 pistas.
Tráfego (em 2004)
Aeroporto de Málaga: 12 milhões de passageiros; taxa de crescimento, 7% a 8% ao ano.
Aeroporto de Lisboa: 10,7 milhões de passageiros, taxa de crescimento 4,5% ao ano.

Soluções para o aumento de capacidade:
Málaga: 1 novo terminal; investimento de 191 milhões de euros; capacidade - 20 milhões de passageiros/ano. O aeroporto continua a 8 Km da cidade e continuaa ter uma só pista.
Lisboa: 1 novo aeroporto, 3.000 a 5.000 milhões de euros, solução faraónica a 40 Km da cidade.

É o que dá sermos ricos com o dinheiro dos outros e pobres com o próprio espírito. Ou então alguém tem de tirar os dividendos dos terrenos comprados nos últimos anos. Ninguém investiga isto? E sabem quem é o dono dos terrenos da Ota... Pois é... o Dr. Mário Soares! Sabem agora porque é que ele se vai recandidatar? Porque o negócio com Cavaco Silva na presidência poderia ser inviabilizado.

É preciso fazer alguma coisa. Pelo menos divulguem!

14 outubro 2005

Hey Jude!







Este texto é a uma resposta do Nuno Santo Amaro (nsa) a um convite meu para uma corrida de kart. Além de não ter respondido, fez reply to all... como castigo, vê agora o seu devaneio publicado na blogosfera!

Sérgio


"Em termos de condução pura, prefiro conduzir durante o dia, mas as viagens à noite têm algo de especial. Em particular se viajar em auto-estrada e se o céu estiver limpo.
O carro torna-se um espaço íntimo e a rádio uma voz amiga. Existe algo nesse momento, ou movimento, que me liberta o pensamento das coisas mais mundanas e o deixa erguer-se acima da espuma dos dias. Até já comprei um pequeno gravador de voz para registar as ideias que valem a pena posterior desenvolvimento.
Mas, voltando ao que vos queria contar, ontem vinha em viagem da Figueira, com a Sónia e a Pipoca (aka* Matilde) quando começou a tocar na rádio uma música que nem me lembrava que existia, até porque já não é do meu tempo**. Mas o mais curioso foi que de repente notei que a ia a cantar em silêncio. O que significava que eu sabia de cor a letra de uma música que nem me lembrava que existia! Espicaçado com a descoberta, prestei atenção a música e talvez pela primeira vez na vida ouvi
realmente a sua letra. Porque gostei tanto do que ouvi, deixo-vos a letra abaixo.

Mais duas constatações:
- a nossa memória é um instrumento surpreendente e precioso;
- se prestarmos realmente atenção ao que nos rodeia, encontramos motivos
para um sorriso em quase todo o lado.

Nuno

* para os menos habituados ao léxico internês: aka = also known as.
** Posteriores investigações levaram-me a descobrir que a data de lançamento do single (em gloriosas 45 rpm de vinil) é 1968, data do meu nascimento!?


HEY JUDE

Hey, Jude, don't make it bad
Take a sad song and make it better
Remember to let her into your heart
Then you can start to make it better

Hey, Jude, don't be afraid
You were made to go out and get her
The minute you let her under your skin
Then you begin to make it better.

And any time you feel the pain, hey, Jude, refrain
Don't carry the world upon your shoulders
Well don't you know that its a fool who plays it cool
By making his world a little colder

Hey, Jude! Don't let her down
You have found her, now go and get her
Remember, to let her into your heart
Then you can start to make it better.

So let it out and let it in, hey, Jude, begin
You're waiting for someone to perform with
And don't you know that it's just you, hey, Jude,
You'll do, the movement you need is on your shoulder

Hey, Jude, don't make it bad
Take a sad song and make it better
Remember to let her into your heart
Then you can start to make it better.

NOTA: se a letra não necessita de apresentações e todos nós conhecemos a autoria (Beatles); já a fotografia é retirada de um excelente fotoblog, de nome The Soundtrack of My Life, o qual recomendo a vossa visita em http://www.fotolog.net/sara/.

13 outubro 2005

As Rádios dos Nossos Dias...

Aqui fica um link para um post "a sério" sobre a aberração das rádios da actualidade.

http://ex-sitacoes.blogspot.com/2005/10/msica-rdio.html

Sérgio

12 outubro 2005

Portugal visto por outros...

Os Portugueses têm uma tendencia inevitável para não acreditarem nas suas capacidades, independentemente da gravidade das situações que se apresentam. É vulgar considerarmo-nos um dos piores povos de todo o mundo, tal como o nosso país. Espantosamente, quem vê de fora, não vê o mesmo... se calhar uma questão de vivências...

Sérgio

A fan's guide to the real Portugal.
As Euro 2004 nears, Michael Pye explains why he fell in love with his adopted homeland's nostalgia, exhibitionism and community spirit – and why he won't be sticking around to welcome.

(Author Michael PyeDATE: 07 Jun 2004)

We are at the blind end of a side road, with a cluster of pale houses in a pine forest, the smell of bread baking and mint underfoot. The wild pigs leave prints on the fields like a bar girl's stilettos and the eagles soar above us. In winter, we can hear wolves; I once ran in the woods alongside a great grey animal, pacing it, eyeing it, trying to tell myself it was just a grey fox, probably.

A world apart: away from the cities, life in Portugal hasn't changed in a century
This is my Portugal, a wild and generous place, where I have spent so much time in the past 10 years. Just long enough, in fact, to be trusted to hear its secrets.
It is a far cry from the touristy Algarve – all golf greens and beer, sand and concrete, a kind of seaside crust on a landscape of olive and almond trees. Or from Lisbon, where Italian eyes water at the sight of so many Ferraris, and where the waterfront clubs are furiously alive at four in the morning. There, you can't miss the rows of yellow cranes, sticking up in a sea of construction sites: Portugal missed half of the 20th century, a whole world war and 50 years of economic growth. Now, everyone is in a terrible hurry to catch up.
Older neighbours say it's not safe any more at night in the small nearby town, not since the younger generation discovered drugs. The town of Braganca, which is a glorious castle in the mountains with a suburb attached, has got a new reputation: discos with bedrooms and Brazilian bar girls.
But here in Coimbra, in my Portugal, there's nothing like that. This is a frontier state, where Europe meets Africa and the Atlantic: perpetually interesting, sometimes downright risky, a wild mix of unfamiliar and wonderful things.
It makes me nervous to think what other people will make of this place – what works, and what doesn't – when Europe's gaze turns on Portugal for the duration of one of the world's biggest sporting events. And I'm not sure I want to be here when the Portuguese of these inland towns discover what the English can be like when they travel in mobs, especially on the tight streets of a medieval town like Coimbra on a hot night. I want everything to be a triumph, but I am not at all sure it will be. So I won't be sticking around to welcome the England fans, although I won't be gone for long.
For there's everything still to discover – some of the great red wines of Europe, which vary so much year by year that a label means very little; a lost Renaissance of unknown painters, Italianate churches and sometimes exquisite fountains, shoehorned between municipal slabs; walled forests of cedar and camellia; the two great, melancholy song traditions called fado – the dockside Lisbon one, about the life you've lived and how hard it was, and the Coimbra one, about the life you'd love to live, if only the girl on the balcony would just come down.
But you can't miss the fact – there are monuments to it – that the national pastime is "saudade". The word means nostalgia, but only in the sense that the word "hurricane" means a wind. Nothing makes sense in Portugal without all the myths and shadows of the past.
The great time was the age of discoveries, when Portugal opened up the globe and rivalled Spain; until Spain took it over. And you can still start a fight by asking why Vasco da Gama seems to be buried in three places.
The Portuguese were defined by the roar of the Atlantic and the chance to get away: between 1580 and 1640, in tiny, fragile ships, almost a third of the population of Portugal went out to Brazil – some 300,000 souls. Since then, there has hardly been a time when the Portuguese didn't leave their bare mountains, rough seas and narrow riverbeds for anything that sounded better; "saudade" is the passion tugging at an exile's heart.
Portugal chucked out the Spanish in 1640 and there were a few more glory days: the huge riches of Brazilian mines, which crusted whole churches in gold. It didn't last. The British and French came rampaging and pillaging in the ruinous Peninsular War. After that, Portugal became a kind of low-rent colony for the British, who ran the wine business as we did in Bordeaux. People remember our old alliance, but they also know about the Victorian connection. "You are very close to us," one Lisboeta told me once. "Close enough to screw us properly."
There were whole centuries when nothing worked – not ruling Portugal from Brazil, not driving out the Jews, which stopped international trading short, nor driving out the religious orders and the Jesuits, which put learning on hold.
Nor getting rid of the royals; you still find the pretender, the Duke of Braganza, in the gossip columns. In desperation, the Portuguese handed a bankrupt country to a professor of economics: Antonio Salazar.
Salazar was a dictator, devoted to the past. He loved gold. He made up traditions as he went along; he took the "traditional dress" from a postcard from 1940s Peru. And he was a harder-line Marxist than Marx himself. Capitalism, he was sure, would lead to communism; so he was determined to save Portugal from capitalism.
The country froze for almost 50 years. Our neighbours walked barefoot for 20 miles to buy sardines and sell them in the village. One woman, pregnant, had to be carried 10 miles on an old door just to find a road where an ambulance could pass. And when I asked another neighbour why he went to France to work in the Fifties, he just said: "Hunger." He said he left a note for his wife, even though she couldn't read.
In the Fifties, too, the secret police – the PIDE – paid one in five of the population. You could be reported to them for wearing a red shirt in public. It's true that their reports were quite usually misfiled, but it was a bloody kind of farce.
Portugal stood "proudly alone", tangled up with its African colonies – including Mozambique and Angola – and still proud of owning Goa and Macao and Timor; Salazar said it needed nothing else. It took a military revolution to settle the long colonial wars and bring democracy in the 1970s. And then, for the first time in centuries, there were choices.
You still hear people talking about democracy, caring about it, because they remember not having it, in the days when "you had to be quiet round the table".
But if you never had a 20th century, it's tough to get the 21st right. People still sound more resigned than angry when things go wrong; the phrase you hear most is "tem que ser" – that's how it has to be. Even the Portuguese acknowledge that their word for tomorrow – amãnha – makes the Spanish mãnana sound urgent.
Earning respect – respeito – and keeping up appearances are everything. There was a phrase in the last days of slaving that sums it all up – doing things "for the English to see", and then getting on with the real business, out of sight. So, hierarchy matters, and bureaucracy is astonishing; you learn to carry "papers" in great sheaves; reality becomes what officials say it is.
The last prime minister opened our local by-pass four years ago with headlines and pomp; we're still waiting for someone to fill in the hundred-metre gaps, so that we can actually drive on it. The sleek, efficient tilting trains that run between Porto and Lisbon can't actually tilt, because the tracks were built too close together.
These social games can become deadly. The death rate on Portuguese roads is the worst in Europe; the IP3 road is known, by everyone, as "The Highway of Death". Part of the reason is just how competitive and status-concious drivers are: tight convoys enforce their pecking order on blind bends with constant overtakes and cut-ins, like dodgems. Not everyone driving has a licence.
Show matters so much that there's always a barrage of fireworks to announce every day of every tiny village's four-day festa – which prove you have money to burn, even in the hot, dry summers when pine is like tinder and eucalyptus can go up like a rocket, too.
The new football stadiums for Euro 2004 sum up the showy mood: they are big enough to hold every inhabitant of some towns where they squat and shine. They are spectacular monuments, but in a few weeks, most of them will be redundant. Democratic Portugal is using the same tactics as old man Salazar: use soccer to take people's minds off reality. But it is just glitz laid over mud, an impression of flashy riches to disguise terrible poverty. The arrival of Beckham and company won't help the elderly ladies who get up at five to join the long queues for the local health centre, so that, at nine o'clock, they will have a chance of an appointment. Henry and Zidane won't help the teachers without jobs in a country that is in desperate need of better, tougher schools.
Portugal remains a quilt of small towns, with nothing much in the way of government between the local mayor and the prime minister. This makes life very cosy for a few, but, on the whole, Portugal is a nation without all of the machinery it really needs. Everything runs according to who knows whom, and everyone needs "cunha" – the "wedge" of influence. It is said that it's wise to dine with two judges, of different political parties.
Such an arrangement causes problems. In our village, we had our revolution in 1989. The village broke off from its neighbour after a couple of nights of sudden raids with shotguns and pick-axes on barricaded houses. The issue was water, of course, and land; but, mostly, a stolen statue of Saint Lucia. People were in fear of their lives, but they didn't even think of calling the police.
The flipside is that here, in my Portugal, in the village where I write, there is a wonderful solidarity. We have each other, nothing else. We work together, like a machine. Nobody dies alone; everyone stays with the sick to the very end, and then through the night with the ones who are left. There is a habit, almost a system, of giving to each other: a loaf of bread here, a cut from a strong patch of parsley there, some beans, meat from a newly killed pig.
You are allowed to be kind, to be thoughtful, to try to make a community away from the indifference of life in great cities. And that is what will tug me back to Portugal – my Portugal – as soon as the football fans have gone home.

11 outubro 2005

Há vida por além do som.




Este é um belo exemplar de um Linn Sondek LP12. Um dos gira-discos mais míticos para os amantes da Hi-Fi. Este em particular, está equipado com braço e agulha MC da Linn e ainda uma fonte de alimentação ARMAGEDON da NAIM.
O aparecimento dos cds e o sentido pratico e consumista da sociedade levou a que este sistema de reprodução quase morresse, sendo logo a seguir ressuscitado pelos amantes do som natural, envolvente, real e emotivo.
Se hoje em dia já há bons leitores de cd, o mesmo não se podia dizer durante os primeiros anos de vida do sistema.
Mas o que leva alguém a preferir um sistema menos prático, mais dificil de instalar em casa e sendo os vinis actuais (de excelente qualidade) mais caros? A resposta é simples, mas não está ao alcance de todos... é preciso ter sensibilidade para perceber que o som tem cor... tem cheiro... tem forma, feitio e tacto distinto. O som tem vida e é capaz de nos fazer transpirar, envolver e arrepiar...
O som do cd é linear e todos os sons por ele transmitidos surgem ao mesmo nível, na mesma linha da frente e no mesmo patamar; sem recorte... Já ao ouvirmos um gira-discos podemos ver os sons e eles estão situados em diferentes sitios. Vêm de lados diferentes, de alturas diferentes e de patamares diferentes... os sons surgem de diversas direcções e atingem-nos de forma distinta. Os baixos batem-nos dentro dos pulmões, os metais furam-nos os timpanos e atingem-nos o cérebro, as cordas e os pianos ecoam-nos dentro da cabeça, e somos envolvidos e enrolados por violinos e sons de orgão.
Deixo-vos um desafio: abandonem a postura de ouvir apenas 10% da música que vos circunda... não fiquem pelo refrão... Ouçam de olhos fechados; sintam os sons para lá da voz e do refrão... ouçam, sintam, transpirem e respirem. Percebam que os instrumentos também falam. Se conseguirem isto, preparem a carteira... porque vão querer investir em sistemas de som capazes!
A música é um mundo que tem muito mais de oculto, do que de visível... tal como o iceberg, os mais desprevenidos só vêm os 10% que estão acima da linha de água. Os outros... esses encontram nos sons uma forma de felicidade.

10 outubro 2005

Cidade do Porto vs Eleições Autárquicas (II).


Não concordo nada com o texto, embora reconheça que o Porto está a ficar descaracterizado e parecido com Lisboa... é que os Portuenses quando se apanham no poder fazem pior do que aquilo que acusam os Lisboetas... centralismo, bairrismo e uma sede inesgotável de compensar previlégios de outrora da capital, acompanhada não por um sentido, não de justiça, mas sim de "justiceiros"; são qualidades das quais gostam de se gabar... coerência? Nem vê-la...
Pessoalmente não gosto nem do Sr. Assis (nunca gostei de pessoas inócuas e sem cariz), nem do Sr. Rio (um tanto arrogante depois de ter ganho as eleições ao Sr. Fernando Gomes)... mal por mal, prefiro o segundo... mas a questão com que me deparei nos últimos dias foi: mas votar em quem?
Entramos num circulo vicioso. A falsa moral e a inveja acusam os políticos de rendimentos elevados e previlégios desproporcionados à situação económica do país. Esses rendimentos, na verdade, não são nada de especial e não conseguem atrair aqueles que desempenham cargos importantes no meio empresarial (esses sim, de mérito inquestionável, caso contrário estariam no olho da rua! É que o barato sai sempre caro...); mas são suficientes para atrair a mediocriadade que constitui a classe política actual. Onde está o mérito desta gente? Em tempos ganharam as eleições da associação de estudantes, em vez de estudarem organizavam festas, e acabaram os cursos ao fim de 10 anos fruto do benefício das épocas especiais de exame... é que a partir do momento que se envolveram com os partidos políticos (caso contrário nem as eleições das associações deestudantes ganhariam), não houve tempo para estudar ou ir às aulas. Por outro lado, há alguém de bom senso que esteja para se sujeitar ao julgamento e/ou especulação sobre a sua vida pessoal desta classe política mediocre, ou dos igualmente mediocres e sensionalistas media? Quem são esses? Que moral têm para julgar alguém? E porquê? Será que conhecem o chamado direito à diferença? Ou o significado de privacidade? Onde foram buscar o conceito de que a moral esta entre aspernas de cada um?...
Não me parece... só vejo uma solução: acabar com este país e fazer outro de novo! Isto já não tem emenda...
Há todavia uma ténue esperança: se as próximas 3 gerações se esforçarem, talvez Portugal possa vir a ser um país digno de serconsiderado desenvolvido. Como não gosto de "sacudir a àgua do capote" para cima de ninguém, acho que devo fazer o que está ao meu alcance para mudar a actual mentalidade Portuguesa (é preciso dar o exemplo; nada adianta dizer que está mal). Acho que vocês deviam fazer o mesmo!

Sérgio

Cidade do Porto vs Eleições Autárquicas.



Diz quem (acha que) sabe... porque (acha que) é do Porto...

Isto não é o Porto de Siza, esse belo Porto descendo até ao rio, labiríntico e um pouco austero, não é o de Torga, muito ausente e respeitador da cumplicidade das gentes, nem é sequer o de Agustina, alcandorada e solicitada nas escadas do Gólgota. O que falta, o que quase se perdeu em 4 anos de relógio parado, foi a cultura da cidade.
Esta cidade sempre feita de palratórios, de encontros em cafés e esquinas de ruas. Estas ruas que eram a expectativa dos encontros e desencontros, das novidades e das certezas, escolas de costumes, de arte e persistência, de acontecimentos esperados e divulgados. Este Porto de hábitos certos e imoderados destinos, mergulhou num Douro sem vinho, num Junho sem S. João... na inutilidade da procura do acontecer.
O Porto, que foi a cidade da afirmação segura, da reviravolta das crises, dos afectos, dos lugares e dos tempos, que circulou entre Serralves e o Coliseu, que se habituou ao CPF na Relação e a ter, no Palácio, a Almeida Garrett, que teve as velharias sob o Vímara Peres e a feira dos Passarinhos na Calçada de D.Tereza, que é noite nos bares da Ribeira e manhã nas esplanadas da Foz ... Esse Porto foi enganado.
Não se cumprem promessas, não se respeita o esforço e a história, usa-se o seu nome para lutas de poder, internas e inúteis. No campo de batalha dos seus jardins, praças e largos perderam-se os velhos concertos, o orgulho de fazer - esse velho orgulho de fazer o quase impossível - branqueou-se com demoras, negativas e irritações. A cidade perdeu o espanto, mas recusa a resignação. A paciência esgotou-se na floresta minada que atravessa todos os dias.
Para salvar a cidade... no domingo... há que arrancar o Porto ao Rio!

CHAMAMENTO CULTURAL PARA SALVAR A CIDADE

04 outubro 2005

As 5 Qualidades do Lápis.

Hoje deixo-vos com uma história que me habituei a ouvir da minha avó materna (que escrevia quase sempre a lápis). Só é pena que tenha encontrado este texto em Brasileiro... Mais do que a mensagem, vale pela nostalgia...

Sérgio

"O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:
- Você está escrevendo uma história que aconteceu connosco? E por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.
Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e ele deve sempre conduzi-lo em direcção à sua vontade.
Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa muito melhor.
Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.
Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.
Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na sua vida, irá deixar traços, então, procure ser consciente de cada acção."

03 outubro 2005

Já estão fartos de receber emails da treta?!


Imaginem que o texto abaixo é um email: se tiverem muita paciência, leiam-no na diagonal antes que o vosso chefe vos apanhe na palhaçada...
Pessoal,
Já há muito tempo, recebo este tipo de e-mail, pedindo para reenviar uma mensagem, e que cada vez que alguém abrir a mensagem, alguém vai receber dinheiro ou donativos vão ser feitos, ou mesmo que alguem vai conseguir ter sexo pela primeira vez!> > > > Achei este exemplar (em anexo) curioso... até pelo título..... “REPASSEM PELO AMOR DE DEUS!”. Viram bem? Que bonito! Que cu-movente!
Deixem-me tentar-vos explicar uma coisa...................... tentando não chocar ninguem...................... Hmmmmmmmmmm.... como é que eu vos hei-de dizer isto.................hmmmm.... então é assim............ OH MEUS GANDAS IMBECIS, NÃO HÁ MODO ALGUM, DE ALGUEM, POR MELHORES INTENÇÕES E BOA VONTADE QUE TENHA, DE CONSEGUIR DETECTAR A ABERTURA DE E-MAILS DESTE GÉNERO PELO MUNDO INTEIRO!!!!!!!!!!!!!!!! OK?!?!?!? NÃO É TECNICAMENTE POSSÍVEL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (para quem não está habituada a esta coisa dos mails e dos chats da net.... escrever em maiúsculas significa que a pessoa está aos berros). Já há muito tempo que ando reflectir sobre o porquê de alguém, provavelmente com uma mente muito maquiavélica, andar a pôr pessoas de boa fé, a mandar fotografias, usualmente chocantes, de umas para as outras como se não houvesse amanhã, com a esperança de estar a ajudar alguém! Coitados!
Ok, talvez não ande a reflectir assim há tanto tempo.... mas a primeira vez que me interroguei sobre esta questão foi de facto há muito tempo.....isso sim.. foi há muito tempo.... A minha primeira ideia foi que alguém andava a divertir-se às custas dos outros... – “vou procurar na net fotos realmente chocantes....eheheh... e as melhores que encontrar, vou envia-las por e-mail....eheheh.... e,já agora....ehehehe..... vou dizer que por cada pessoa que abrir essa mensagem, alguem vai receber uns centavos.....AHHAHAHA e os palermas vão fartar-se de enviar isto uns para os outros! EH EHEHEHEHEHEHH AHAHAHAHAH” . Se uma pessoa fizesse isto na internet, de facto, não estaria muito longe do que todas as outras fazem quando encontram uma foto chocante..... mas usualmente, as pessoas normais, só reenviam fotos chocantes, dentro da categoria das ‘pornograficamente chocantes’.... senão qual seria o interesse de as reenviar? Teria de ser um grande tarado para fazer tal coisa! Assim, tive de colocar de lado esta teoria de lado.
Outras ideias teorias têm me passado pela cabeça ao longo dos tempos. Mas a pessoa que faz esta treta não é estupida concerteza, nem muito menos deve ser portuguesa!!! (ok foi uma rima parva.. já sei!) Mas o que interesssa agora, é que alguma trama tem de andar por trás disto! Percebendo um bocadinho à cerca dos bichos a que chamamos de computadores e com muita investigação, cheguei à seguinte TEORIA: Este tipo de mensagens rodam o mundo... são traduzidas... pois há mensagens equivalentes em espanhol, inglês, etc.... mas em qualquer uma das linguagens, rodam o mundo! São transmitidas pelo mundo fora na net. Isto até porque muitos dos utilizadores nacionais têm contas de correio no: yahoo, excite, hotmail (para quem não sabe... estes 3 são servidores de correio gratuitos... não são sites eroticos ou porno apesar do nome deles poder querer sugerir algo), google mail, AOL, Skype.... etc etc etc... Este facto adicionado à ignorancia dos utilizadores (inclusivé dos que me enviam este tipo de mensagens), onde, em mensagens com multiplos destinatários, continuam a colocar os endereços de correio no campo “PARA:” ou “TO:” em vez de usarem os campos BCC:. A diferença entre estes dois, é que o BCC só mostra ao destinatário, o endereço do remetente, ocultando os endereços dos restantes destinatários. Mas não... esta gente tirou a carta de marinheiro por e-mail... e continua sem saber as regras de como navegar na net! Mas continuando.... Desta forma há uma divulgação constante de endereços de e-mail. Havendo a divulgação de endereços de e-mail............... quem poderá ganhar com isto? Esta é altura em que vocês pergutam .... “Ouve lá.... oh palhaço.........onde é que queres chegar com isto tudo?.... não vês que eu tenho mais do que fazer, do que estar para aqui a ler os teus mails? Tenho de trabalhar!”
E eu faço de conta que não é nada comigo... porque palhaço é que eu não sou! Ok.Calma.... relaxem... já estou a acabar! De facto, com estes e-mails todos a circular, com vários reenvios de pessoas em pessoas, obtemos uma larga base de dados de endereços de e-mail “ACTIVOS”.... E-mails que se encontram de facto a ser usados, e não estão abandonados num servidor qualquer. E, esta larga base de dados de e-mails activos, que pode ser continuamente apanhada nas comunicações da net, serve para duas coisas: Serve para o envio de SPAM.... que quer dizer, envio de correio publicitário... e muitas vezes... ou algumas vezes.. ainda por cima.... não solicitado!!!! Razão esta que levou já ao abandono de milhões de outras contas de e-mail gratuitas, por essa net fora! As pessoas facilmente ficavam com as caixas de correio cheias deste lixo electrónico e que as levou a abandona-las! Uma base de dados com caixas de e-mail activas é um sonho para qualquer SPAMMER! Paga-se bem por uma listagem destas.... por falar nisso, continuem a enviar-me mais mensagens com os endereços de e-mail dos vossos amigos, que isto afinal vai-me fazer um jeitão!!! Eheheheh!
Last but not least!!!! Propagação de VIRUS!!!! Já imaginaram a frustração de um hacker que passa meses e meses a desenvolver um novo super virus.... e quando começa a enviar o seu produto final para o mercado aquilo só cair em caixas de e-mail abandonadas Temos de ser solidários com estes coitados.... São meses de trabalho.... muitas vezes até.... digo eu... sem sexo!!!! E depois cairem em caixas de correio abandonadas? Não pode ser....! Alguem tem de fazer esse trabalho de angariar novos endereços activos, enquanto os hackers se sacrificam para o bem/mal da sociedade! Fico muito feliz em saber que todos vocês, ou maioria, são solidários com esta causa!!!! Para finalizar.... e acabando com as ironias.............agora sou eu que vos peço - REPASSEM PELO AMOR DE DEUS! Repassem este email e muita gente deixará de perder imenso tempo a ler e a reenviar emails do género referido!!! Obviamente que nestas coisas, nada tem só consequências positivas! Provavelmente os sites de sexo passarão a estar um pouco mais sobrecarregados... mas enfim.. acho que podemos viver com isso!
Filipe Carmo
NOTA(1) – Se por acaso.... não é que possa acontecer..... quer dizer... há sempre aquela pequenina hipótese... de eu estar errado! .... hmmmmm não... esqueçam... não é nada.......
NOTA(2) – Bem... há que considerar que por mais pequena que seja a probabilidade...muito pequena mesmo..... eu poderia estar errado!!!!................................ Nahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh... esqueçam....
NOTA(3) – Bom de qualquer modo.... se eu estiver errado... já cumpri com o meu dever do vos passar o tal mail que referi que segue a baixo. REPASSEM PELO AMOR DE DEUS!!!
NOTA(4) - Afinal não vou repassar... não me apetece!