07 dezembro 2005

COLDPLAY - X&Y


Este é o último trabalho dos Coldplay e já está no mercado há alguns bons meses.

Escrevo hoje sobre ele, porque apenas ontem tive oportunidade de o ouvir em casa. Já o tinha ouvido na rádio, no carro, no emprego... mas perante uma audição cuidada, tive uma surpresa... muito desagradável...
Esta é uma banda que admiro. Têm mais trabalhos do que os três álbuns de originais que a maioria de nós conhece (façam uma busca na amazon, no site da banda ou em http://www.pleasureunit.com/coldplay/, por exemplo). Começaram por um pop alternativo bem patente em "Parachutes", mudando para um rock mais usual a partir de "A Rush of Blood to the Head". Neste último "X&Y", mais se trata de um pop easy leastening. Não quero com isto desprestigiar o trabalho da banda; antes pelo contrário. Mesmo dentro dos enquadramentos mais comerciais há espaço para a diferença e os Coldplay souberam muito bem criar o seu estilo, som e espaço.
"X&Y" tem temas fantásticos como "Fix You", "A Message", "Talk", "White Shadows", ou "Swallowed in the Sea". O próprio som do piano que inicia "Speed of Sound" é inebriante e cada vez mais é a imagem de marca, ou melhor dizendo, o "som de marca" dos Coldplay (à semelhança com "Clocks" do álbum anterior).
A somar à qualidade dos trabalhos, a atitude da banda em palco e a associação a movimentos e causas de solidariedade e caridade (Make Trade Fair; Live 8, etc.), e a própria presença de Chris Martin, tornam esta banda tão única e original como mediática.
O que não faz sentido absolutamente nenhum é comprar este "X&Y" (que na versão cd até vem protegido... como se não o conseguissemos copiar assim!) e quando o vamos ouvir, deparamos com um som enlatado, abafado, sem definição... Nos temas com maior número de instrumentos e vozes (por exemplo, na parte final do fantástico "Fix You") , a definição perde-se e mais parece que metade dos altifalantes das nossas colunas se desligou. A diversidade de definição de sons dá lugar a uma massa homogénea e monocordica de dissibilância onde nada se distingue, nem se identifica. A mim só me dá vontade de por o som mais baixo dada a dor de cabeça que me provoca. Isto não é música... é ruído! Espanta-me que uma banda deste calibre, que apregoa principios e valores sociais louváveis, e edita um trabalho tão bom, não tenha cuidado com algo fundamental quando se grava um disco: qualidade de som. Isto só teria igual se comprassemos um livro escrito à mão e não conseguissemos compreender os "gatafunhos" do escritor...

Este é daqueles cd's que de facto não vale a pena comprar... copiem-no! Não perdem nada...

Sérgio

4 comentários:

Filipe Carmo disse...

É estranho... será que as novas técnicas de "protecção anti-cópia" tornaram-se incompativeis com os leitores de CD mais antigos? Já não seria a primeira vez que isto acontece!

Ou de facto, para as massas, a qualidade de som, não é uma prioridade, e como as editoras são puramente fábricas de fazer dinheiro, já nada conto com tudo!!!

Anónimo disse...

Are you deff man?... I can hear it pretty well and clear inside of my dark helmet.

CARMO disse...

Não levem à letra a última frase do texto... não fui feliz na forma como escrevi.

Anónimo disse...

Se vos apanho a piratear cd's...