11 julho 2007

Rolling Stones - 25JUN07.

Bem! Estava difícil de arranjar um tempito para vir aqui escrever alguma coisita… mas hoje não quero falar da loucura do dia-a-dia e da surpresa que aí vem. Hoje, quero só e só escrever sobre o concerto dos Rolling Stones do passado dia 25 de Junho em Alvalade.

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Curiosamente, em 10 anos é a 4.ª vez que os vejo; e muito lamento não os ter visto pela primeira vez, em 1990, no antigo estádio do Sporting. Na altura estava a uns escassos meses de tirar a carta… e assim sendo, não consegui autorização dos meus pais para ir ver o concerto.

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Quanto mais os vejo, mais gosto! Este concerto foi igual ao de Agosto passado no Dragão, com excepção do alinhamento; e se este foi bem mais interessante, o mesmo não se pode dizer da coordenação com que o espectáculo correu… um ano de tournée faz mossa no cansaço físico… especialmente quando se é sexagenário… ou por outras palavras, quando se tem 45 anos de carreira (só por si fantástico e um record!).

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No ano passado em Agosto achei os Rolling Stones mais jovens que nunca. Na verdade, tinha notado um grande envelhecimento entre os concertos de 1997 em Alvalade e de 2003 em Coimbra. Desta vez, achei-os mais cansados do que um ano antes, mas mesmo assim, fora de série! A energia de Mick Jaegger é contagiante… é mesmo um enigma a agilidade que transpira, a adrenalina que evoca nos movimentos… tomaram muitos dos meus amigos com menos 30 anos demonstrarem aquela desenvoltura física. Keith Richard continua igual a si mesmo… tem um ar decrépito como sempre teve, mas aquela guitarra soa como muito poucas no mundo soam! E desta vez nem a voz desafinou… Ron Wood continua teatral como sempre nas suas vénias e poses; acima de tudo, fiel à sua imagem. Charlie Watts, mantém-se imaculado nos seus cabelos grisalhos; apenas demonstra ter mais frio que antigamente: apesar dos dois últimos concertos terem ocorrido no Verão, este baterista insiste em vestir o casaquito sempre que se levanta do seu posto… típico dos sexagenários!

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Neste espectáculo subiu ao palco (surpresa) Ana Moura para cantar um tema com Mick Jaegger. Resultado: desilusão! A cantora portuguesa nunca esteve enquadrada com o tema… também não teve sorte com a afinação do microfone. Desculpem não me lembrar de qual foi o tema… mas o concerto já foi há algumas semanas… e a minha memória também já não é o que era… 34 anos…

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Muito melhor foi a interpretação de um tema de James Brown, num fantástico duo com a voz feminina que acompanha habitualmente a banda… e lá vão mais duas gaffes de memória!

Os Rolling Stones estão mais velhos: inevitável! Mais carismáticos: sem dúvida! Mas as versões actuais dos temas de outrora soam melhor: mais elaborados, têm mais qualidade e isto sem em nada desvirtuar o seu som tão característico. Há mais instrumentos em palco; há mais vozes… e que vozes! Notam-se as influências mais proeminentes dos blues, do country e até da soul (para não dizer que por lá também ouvi algo muito ténue de gospel…). Principalmente mais simpáticos e preocupados com a qualidade do espectáculo e a participação constante do público (até falam em Português!). Quem os viu há 40 anos e quem os vê hoje… a arrogância e o vedetismo perderam para a humildade q.b..

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Continuo a afirmar que ver aqueles 4 em palco (e desta vez o palco estava pertinho como nunca) é um privilégio. Vi 4 vezes e gostava de ver mais; se cá voltarem, voltarei a ver! Aqueles homens mudaram o mundo não sei quantas vezes! Que pessoas são mais conhecidas em todo o planeta que os Rolling Stones?! Muito poucas… muito mesmo!

Assistir a um espectáculo destes é um misto de emoção, adrenalina e admiração. O tempo passa muito depressa e o final do espectáculo é sempre um grande vazio. Os sentimentos abanam-nos mais do que o ritmo.

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Mas se acham que estou a exagerar, vejam um espectáculo gravado e tentem perceber o que acontece naqueles estádios quando se ouve “I can’t get no satisfation”… Agora multipliquem por vários triliões (tantos quantos conseguirem imaginar) e têm uma ténue ideia do que se sente naqueles relvados… único, inexplicável, magnífico!

Sérgio