10 outubro 2005

Cidade do Porto vs Eleições Autárquicas (II).


Não concordo nada com o texto, embora reconheça que o Porto está a ficar descaracterizado e parecido com Lisboa... é que os Portuenses quando se apanham no poder fazem pior do que aquilo que acusam os Lisboetas... centralismo, bairrismo e uma sede inesgotável de compensar previlégios de outrora da capital, acompanhada não por um sentido, não de justiça, mas sim de "justiceiros"; são qualidades das quais gostam de se gabar... coerência? Nem vê-la...
Pessoalmente não gosto nem do Sr. Assis (nunca gostei de pessoas inócuas e sem cariz), nem do Sr. Rio (um tanto arrogante depois de ter ganho as eleições ao Sr. Fernando Gomes)... mal por mal, prefiro o segundo... mas a questão com que me deparei nos últimos dias foi: mas votar em quem?
Entramos num circulo vicioso. A falsa moral e a inveja acusam os políticos de rendimentos elevados e previlégios desproporcionados à situação económica do país. Esses rendimentos, na verdade, não são nada de especial e não conseguem atrair aqueles que desempenham cargos importantes no meio empresarial (esses sim, de mérito inquestionável, caso contrário estariam no olho da rua! É que o barato sai sempre caro...); mas são suficientes para atrair a mediocriadade que constitui a classe política actual. Onde está o mérito desta gente? Em tempos ganharam as eleições da associação de estudantes, em vez de estudarem organizavam festas, e acabaram os cursos ao fim de 10 anos fruto do benefício das épocas especiais de exame... é que a partir do momento que se envolveram com os partidos políticos (caso contrário nem as eleições das associações deestudantes ganhariam), não houve tempo para estudar ou ir às aulas. Por outro lado, há alguém de bom senso que esteja para se sujeitar ao julgamento e/ou especulação sobre a sua vida pessoal desta classe política mediocre, ou dos igualmente mediocres e sensionalistas media? Quem são esses? Que moral têm para julgar alguém? E porquê? Será que conhecem o chamado direito à diferença? Ou o significado de privacidade? Onde foram buscar o conceito de que a moral esta entre aspernas de cada um?...
Não me parece... só vejo uma solução: acabar com este país e fazer outro de novo! Isto já não tem emenda...
Há todavia uma ténue esperança: se as próximas 3 gerações se esforçarem, talvez Portugal possa vir a ser um país digno de serconsiderado desenvolvido. Como não gosto de "sacudir a àgua do capote" para cima de ninguém, acho que devo fazer o que está ao meu alcance para mudar a actual mentalidade Portuguesa (é preciso dar o exemplo; nada adianta dizer que está mal). Acho que vocês deviam fazer o mesmo!

Sérgio

2 comentários:

Anónimo disse...

Totalmente de acordo Sergio. Viva a cultura. Assim vamos longe a todos os níveis.

Filipe Carmo disse...

Ya... de acordo... agora só temos de nos preocupar com os pais dessas próximas 3 gerações que continuam a incotir aos seus descendentes a típica mentalidade retrógada tão portuguesa de se estar nas tintas para tudo.

Assim, só a divulgação de informação, como estes blogs, entre outros meios é que podem alterar algo e fazer pensar essas novas gerações...

Necessitamos urgentemente de uma mentalidade mais aberta, menos tacanha, cá em portugal para se conseguir mudar algo!