À volta das Artes Marciais gira uma envolvente de mistério e misticismo entre a realidade e a ficção que por vezes é apresentada por alguns realizadores cinematográficos. Mas sobre esta forma de vida oriental, pouco ou nada sabemos, para além da vertente de combate. Somente conhecemos o que os filmes de Bruce Lee nos transmitiram nos anos 70, levando à explosão e à moda das Artes Marciais. Do absoluto desconhecimento passou-se à banalidade e na nossa geração é quase raro haver alguém que nunca praticou uma Arte Marcial... mas por pouco tempo, porque os resultados práticos tardam em aparecer e os ocidentais são muito pouco pacientes (temos a mentalidade do “lucro fácil” e do “consumo instantâneo”).
É esta mentalidade que nos impede e desinteressou de conhecermos a vertente, se calhar, mais interessante das Artes Marciais. No Antigo Mundo Oriental, o Mestre de Artes Marciais não era só o instrutor da arte bélica... era o responsável por todo o processo de aprendizagem e aculturação do “aluno” na sociedade; era o responsável pela passagem de geração em geração, de todos os ensinamentos adquiridos e endogeneizados; tinha também por função conduzir espiritualmente os seus alunos, de acordo com as crenças e religiões praticadas nas comunidades em que viviam.
Assim se explica a diversidade de estilos de que hoje ouvimos falar; o que não sabíamos é que são as normas de conduta moral, ética e espiritual que condicionam e inspiram as técnicas que destinguem também esses mesmos estilos.
Os orientais desenvolveram todas estas Artes como formas de vida orientadas para o bem-estar do indivíduo em sociedade e para com o meio envolvente. Foi do estudo do habitat que surgiram os seus ensinamentos; mesmo os de combate: já reparam na semelhança entre algumas técnicas marciais e os movimentos dos animais? Observem os movimentos circulares; os ataques de dedos, ou em forma de garra... não vos faz lembrar nada?!
Quem pratica Artes Marciais há muito anos, e mesmo que pouco conheça para além das técnicas, adquiriu necessariamente algumas características: dedicação e humildade; disciplina, rigor e eficácia técnica, persistência e perseverança... entre outras... caso contrário teria desistido! Mas é isto que distingue uma Arte Marcial de um desporto de combate; especialmente o respeito pelo próximo. Uma vez um grande Mestre de Viet Vo Dao, Mestre Phan Hoang, disse: “A melhor forma de vencer um inimigo é torna-lo um amigo.”.
Mestre Tran Hu Han, mentor do Hiep Ky Vo Dao, deixou-nos a 15 de Maio de 2004, mas sobre aqueles que tiveram o privilegio de com ele privar, deixou nos seus corações muito mais que lições marciais: “A 1ª lição e a base das Artes Marciais são a cortesia, a honestidade, a lealdade e o respeito.”; “O principal é atitude; tudo o resto vem por arrasto.”. E esta última é a maior lição (de vida) que qualquer um de nós pode apreender. Obrigado Mestre Tran!
É esta mentalidade que nos impede e desinteressou de conhecermos a vertente, se calhar, mais interessante das Artes Marciais. No Antigo Mundo Oriental, o Mestre de Artes Marciais não era só o instrutor da arte bélica... era o responsável por todo o processo de aprendizagem e aculturação do “aluno” na sociedade; era o responsável pela passagem de geração em geração, de todos os ensinamentos adquiridos e endogeneizados; tinha também por função conduzir espiritualmente os seus alunos, de acordo com as crenças e religiões praticadas nas comunidades em que viviam.
Assim se explica a diversidade de estilos de que hoje ouvimos falar; o que não sabíamos é que são as normas de conduta moral, ética e espiritual que condicionam e inspiram as técnicas que destinguem também esses mesmos estilos.
Os orientais desenvolveram todas estas Artes como formas de vida orientadas para o bem-estar do indivíduo em sociedade e para com o meio envolvente. Foi do estudo do habitat que surgiram os seus ensinamentos; mesmo os de combate: já reparam na semelhança entre algumas técnicas marciais e os movimentos dos animais? Observem os movimentos circulares; os ataques de dedos, ou em forma de garra... não vos faz lembrar nada?!
Quem pratica Artes Marciais há muito anos, e mesmo que pouco conheça para além das técnicas, adquiriu necessariamente algumas características: dedicação e humildade; disciplina, rigor e eficácia técnica, persistência e perseverança... entre outras... caso contrário teria desistido! Mas é isto que distingue uma Arte Marcial de um desporto de combate; especialmente o respeito pelo próximo. Uma vez um grande Mestre de Viet Vo Dao, Mestre Phan Hoang, disse: “A melhor forma de vencer um inimigo é torna-lo um amigo.”.
Mestre Tran Hu Han, mentor do Hiep Ky Vo Dao, deixou-nos a 15 de Maio de 2004, mas sobre aqueles que tiveram o privilegio de com ele privar, deixou nos seus corações muito mais que lições marciais: “A 1ª lição e a base das Artes Marciais são a cortesia, a honestidade, a lealdade e o respeito.”; “O principal é atitude; tudo o resto vem por arrasto.”. E esta última é a maior lição (de vida) que qualquer um de nós pode apreender. Obrigado Mestre Tran!
Sérgio
P.S.: Este post já foi publicado anteriormente em calimerosmix.blogspot.com (diga-se de passagem, um GRANDE blog!).
1 comentário:
Excelente!!!!
Ainda não tinha lido nada do género, e acabei por fazer um pequeno texto e referir-te no meu blog! :)
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