Depois de uma semana extenuante, durante a qual hesitei várias vezes em ir ver o MotoGP ao Estoril, quando acordei no Sábado de manhã arrependi-me definitivamente... mas já era tarde, portanto, lá fomos nós...
O passo seguinte foi acordar a Maria João... nada fácil mas lá se conseguiu. Com esta dificuldade em combater o sono, chegamos à área de serviço com meia hora de atraso... Não nos esquecemos do Capa, mas foi por pouco! Com o stress cheguei tão depressa à área de serviço de Gaia que quase não parava lá... acabei por entrar pela saída e de marcha atrás! Com o motor desligado é claro... Não estava a pensar fazê-lo, mas o declive levou-me lá para dentro!
Afinal o Capa também se tinha atrasado e ainda nem tinha metido gasolina... nem fumado o seu cigarrito! Lá fomos nós a grande velocidade para chegar a Pombal a horas; inglório, porque tivemos de esperar pelo Hélder & C.ª, que entretanto já se tinha cruzado connosco na AE.
A 1.ª peripécia surgiu com a XX do Capa, que tinha levado uma bateria nova 2 dias antes, mas recusou-se a pegar em Pombal... supostamente sem bateria. A Scarlet ainda me fez uma partida por solidariedade, não querendo pegar também (mas era só a mola do botão do motor de arranque, que volta e meia dá de si; o que vale é que mal chegasse ao Porto ia para a revisão dos 30.000 kms... também tinha a transmissão num estado lamentável...). Quanto à XX, apesar de algumas vozes dissonantes, nitidamente era o regulador de corrente que tinha entregado a alma ao criador... Como quem é amigo do SataN nunca fica na estrada, este imediatamente ligou para o mecânico dele em Leiria e pirou-se com a moto do Capa.
Seguimos em ritmo calmo até Rio Maior. Saímos da AE para a Marinha Grande, fizemos umas curvas maradas e curtimos uma estrada nacional fantástica, debaixo de um sol bastante quente para a época (27º C); especialmente para a Maria João que indo atrás de mim, levava um casaco com forro... Deliciosa a sensação de avistar ao longe um enorme e negro maciço e aos poucos atravessá-lo. Os geradores eólicos dão também um encanto natural e inesperado à paisagem, já dela cortada por longos cabos e grandes estruturas metálicas de transporte de electricidade.
O almoço foi em casa do Luís, irmão do Nuno, onde fomos recebidos com um churrasco delicioso. Tivemos ainda a companhia de 3 cães lindos! A paisagem envolvente era também idílica. Como de almoço se tratava, o Nuno foi a Leiria, reparou a moto do Capa e chegou a Rio Maior, quase tão depressa como nós fizemos a viagem... Durante o almoço, houve tempo para nos rirmos com as habituais piadas sobre o Motonline; o pessoal das Ducatis também foi visado desta vez. Falámos ainda dos passeios que cada um de nós tem feito.
Depois de um cafezito, a mãe do Luís aproveitou para gozar comigo, invocando umas semelhanças com um conhecido jogador de futebol! Pegamos nas motos e seguimos até Lisboa pela nacional. Conduzir em estradas más que atravessam populações já de si tem algum risco; depois do almoço nem se fala... Fui várias vezes obrigado a fazer travagens fortes, porque os automobilistas pura e simplesmente ignoram as motos e desconhecem a menor capacidade de travagem das mesmas. Atiram-nos as latas para a frente e nós se conseguirmos, travamos/desviamo-nos...
Paragem na Gare do Oriente; a Cristina não ia ficar connosco. Como faltava tempo para o comboio, fomos até uma esplanada... aliás tivemos de a montar, mas tivemos direito a um sistema próprio para guardar as nossas coisas!
Paragem na Gare do Oriente; a Cristina não ia ficar connosco. Como faltava tempo para o comboio, fomos até uma esplanada... aliás tivemos de a montar, mas tivemos direito a um sistema próprio para guardar as nossas coisas!
Tínhamos pensado em ir até à Costa da Caparica, aproveitando que o Hélder e C.ª tinham de ir a Almada por as coisas deles. Entretanto, como demoramos 500 horas a encontrar a casa da Sara (e era tão fácil... mas os GPSs são assim!), que muito gentilmente nos acomodou, numa Lisboa onde os hotéis estavam repletos por causa do GP e do Moda Lisboa (para ajudar, em Espanha tinha sido feriado na quinta-feira); e nos perdemos todos quando fomos a Almada, anoiteceu e fomos directos para o jantar organizado pela Sara com o pessoal do Motonline.
Estava tão cansado e apático que peço desculpa por não ter dado atenção a todos os que não conhecia... As fotografias que tirei também foram para deitar fora (não reparei que tinha seleccionado o flash de contra luz). Com algum sacrifício em alguns momentos mantive-me acordado... é que a comidinha dá uma moleza!
Depois fomos até ao Francês; no caminho, eu e o Nuno perdemo-nos. O homem não parava, nem abrandava e só percebeu que eu estava a andar devagar para ele sair da 2.ª circular... mais um bocadito e estávamos no Porto!
Já no Francês, a disposição para a noite não era muita... A música também não agradou... mas que se havia de esperar de um "francês"?! Já tivemos sorte em não ser um bar gay, cheio daqueles gajos vestidos e couro preto e correntes, grande bigodaças e Harleys paradas à porta! O problema é que o Nuno não queria ir dormir e convencê-lo não foi fácil. Deitamo-nos tarde e levantamo-nos cedo para ir ver o GP; mas não suficientemente cedo... acabamos por chegar no fim da corrida de 250 c.c., mas depois de um excelente pequeno-almoço, que só pecou por vir tão tarde.
A corrida de MotoGP foi fantástica! Houve quem se desiludisse com a queda dos 2 pilotos da Honda logo no inicio da corrida (Edwars e Pedrosa), mas a corrida manteve-se animada, sendo a última volta um delírio com um final inesperado de Elias. Apesar da supremacia de Rossi, fica a sensação que a Yamaha era mais lenta, quer em aceleração (como se verificou nos últimos metros da corrida), quer na potencia de travagem (no fim da recta interior).
A corrida de 125 c.c. é inglória para os pilotos, porque os espectadores depois de verem o MotoGP, não acham piada a uma corrida que até é muito disputada (excepto para o 1.º classificado, Baptista, que correu sozinho).
Ouvi dizer que a corrida de 250 c.c. foi muito competitiva e que no dia anterior, na corrida de 80 c.c. o português Miguel Oliveira brilhou; e isso é de enaltecer, sempre!
O que não gostei mesmo nada foi de ter ido ao Estoril 10 anos depois da última corrida de F1 e verificar que tudo está na mesma... É vergonhoso pagar um bilhete tão caro que incluía estacionamento gratuito para as motos e quando lá se chega não há lugar... Temos de continuar a pagar para por os carros e motos (ficando sujeitos sabe-se lá a quê...) a pessoas que se dizem donas dos terrenos (a polícia nem quer saber!). Aliás também não havia lugar na bancada... vendem-se mais lugares do que a bancada comporta... uma vergonha! Portugal no seu pior! A vergonha continua nos acessos que não comportam transito nos 2 sentidos com automóveis estacionados dos 2 lados. Não entendo como isto é possível... até os centros comerciais e lojas de grande dimensão são obrigadas a ter estacionamento próprio. É que nem todos conseguem estacionamento privativo como este:
O que não gostei mesmo nada foi de ter ido ao Estoril 10 anos depois da última corrida de F1 e verificar que tudo está na mesma... É vergonhoso pagar um bilhete tão caro que incluía estacionamento gratuito para as motos e quando lá se chega não há lugar... Temos de continuar a pagar para por os carros e motos (ficando sujeitos sabe-se lá a quê...) a pessoas que se dizem donas dos terrenos (a polícia nem quer saber!). Aliás também não havia lugar na bancada... vendem-se mais lugares do que a bancada comporta... uma vergonha! Portugal no seu pior! A vergonha continua nos acessos que não comportam transito nos 2 sentidos com automóveis estacionados dos 2 lados. Não entendo como isto é possível... até os centros comerciais e lojas de grande dimensão são obrigadas a ter estacionamento próprio. É que nem todos conseguem estacionamento privativo como este:
Passamos ainda por casa da Sara para carregarmos as nossas coisas e seguimos viagem. O SataN seguiu para Rio Maior a grande velocidade para deixar o irmão. Eu e a M.ª João seguimos com o Capa e tivemos de parar logo em Santarém, porque a M.ª João adormeceu 5 vezes encostada a mim... Fizemos um bom reforço alimentar (açúcar e cafeína) e voltamos à AE com uma nova paragem em Pombal, onde encontramos o Nuno, que regressado de Rio Maior, chegou quando já íamos arrancar. A bomba de gasolina estava à pinha... valeu-nos a Via Verde!
Ultima paragem em Antuã para nos despedirmos do Capa. Mais uns minutos de conversa e seguimos calmamente para o Porto, onde a Lau e o Zé tinham um jantar esplêndido à nossa espera! E que bem que soube...
Mais um fim de semana excelente (e sem chuva) com a certeza que até ao final de Novembro, para mim fim de semana = estudo intensivo.
Sérgio
Ultima paragem em Antuã para nos despedirmos do Capa. Mais uns minutos de conversa e seguimos calmamente para o Porto, onde a Lau e o Zé tinham um jantar esplêndido à nossa espera! E que bem que soube...
Mais um fim de semana excelente (e sem chuva) com a certeza que até ao final de Novembro, para mim fim de semana = estudo intensivo.
Sérgio
8 comentários:
Pelos vistos a tua ida ao Estoril foi mais atribulada.
É bem verdade quando dizes que com o Nuno (SataN) ninguém fica mal. Mas também é preciso muita rotação para aguentar o ritmo do "bicho".
Valeu pelo jantar e pela oportunidade de conhecer a tua Maria João que é uma simpatia.
Aquele abraço.
Foi com mto agradado que vos recebi na minha barraquinha... viram ele até tirou foto e tudo eheheheh!!!
Venham mais vezes ;)
Do Gp em si ainda estou a guardar uma recordação (Infecção no OUvido)... mas mesmo... acreditem... voltava lá ;)
Beijos
Sara-GreenEyes
Muito boa a descrição. sinto-me como se tivesses feito a viagem com vocês. aquela ultima volta fica seguramente na história
Estou a ver que continuam a curtir pela estrada... e sem chuva !! que sorte !!
beijinhos grds e como sempre um optimo Post !!
Relato bem fixe...
Como sempre com jeito para escrever!
Podia ter corrido melhor...mas o que interessa são os momentos bons que passaste que superam os maus!
Beijinhos
Eu não curti mesmo nada, mas... Foi um fim-de-semana fixe... Na medida dos possíveis.
Foi pena os desencontros e o facto de o Sérgio não desfrutar mais da sua montada.
Sérgio,
A minha crónica também já está disponível em: www.satanisca.blogs.sapo.pt
Eu sei que é uma grande crónica, mas tens que ter paciência, pá. :P
Abraço!!
Dois reparos no teu texto;
1º Foi o Hayden que caiu junto com o Pedrosa.
2º Eu não fui a grande velocidade para Rio Maior.
Depois de ter parado na AE, como mandam as "regras", para ajudar o Motard que estava enrascado, até fui muito devagar. Fui junto com o rapaz até à Área de Serviço de Aveiras, não fosse acontecer-lhe mais alguma coisa.
Quanto à minha velocidade a partir daí... Foi uma velocidade... errr... digamos... "constante". :P
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