10 julho 2006

Fim de Semana na Casa da Flor.

Depois de mais de 2 meses com os fins de semana e a palavra “estudo” em constante promiscuidade, e de uma semana: manchada por um exame não muito bem sucedido; pela derrota de Portugal frente à França; por uma gastroenterite que me tirou 3 kgs (e isto não é propriamente mau...); e por alguns factos ocorridos no emprego que estão longe de me motivar para o empenho, tudo o que me apetecia era um fim-de-semana com muitas horas de sono, intervaladas por praia (algo que ainda não tive este ano e pelo qual tanto sou fanático).

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Um magnífico Cadillac encontrado à entrada da A4.

No entanto, os meus simpáticos amigos Luís e Helena, que tantas vezes me convidam para partilhar a magnífica Casa da Flor, em Vila Caíz, alteraram propositadamente a data de um fim-de-semana de convívio, para que eu pudesse estar presente (já que passo a vida a estudar...). Claro que convites destes nem me passa pela cabeça recusar e no Sábado levantei-me às 8 horas da manhã com a melhor disposição do mundo. O 1.º evento estava marcado para as 10 da manhã: no RTA disputaram-se duas meias finais do Torneio FOD ESCORT (uma do torneio principal e a outra do torneio de consolação e que me opunha ao dono da casa).

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Chegada ao RTA.

Logo que entrei na AE, cruzei-me com um magnífico Cadillac descapotável branco; automóvel para ter 50 anos! Lindo...
E por falar em automóvel... olhei melhor para o meu... o meu A4 tinha feito 240.000 kms! Como saí do Porto atrasado (9h30) tive de fazer a viagem em andamento rápido. O A4 permanece indiferente aos kms e aos 9 anos: mesmo a subir, passou várias vezes os 180 kms/h e sem eu nunca ter puxado a fundo. Apenas a suspensão precisa de ser recarregada (está outra vez um tanto solto). Saí da AE em Amarante e sigo as indicações da Helena até ao RTA. Deparo com uma estrada de uma paisagem digna de se ver e com umas curvas “deliciosas”. Por momentos senti saudades do MX5, mas logo percebi que a minha condição física ditada pela gastroenterite de 5.ª feira passada, não me permitiria tirar partido nem dos powerslides, nem da condução a céu aberto. Já o A4, de ar condicionado ligado, permitiu-me uns bons momentos de diversão. Automóvel imperturbável... vira para onde a direcção aponta mesmo nas curvas mais fechadas, responde vigorosamente ao acelerador nos ganchos desnivelados (apesar de um degenerado a gasóleo se tratar), os travões são incríveis, a caixa de velocidades, um bom mix de rapidez e facilidade de utilização; consegue proporcionar grande prazer de condução. Chego assim ao RTA em 32 minutos!

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O recinto de jogo.

E para quê? Para esperar por todos os outros que estão atrasados... Entre telefonemas para perceber como está o “estado da nação”, chega o Luís. Fomos para o court e começamos a aquecer (como se fosse preciso!). Entretanto, chegaram os outros semi-finalistas e as respectivas famílias. Nessa altura optamos por ceder o court às atletas femininas que queriam jogar mais cedo, para posteriormente preparem o almoço. Isto atirou o nosso jogo para o horário 11h30/13h00... com o correspondente “Sol de Amarante”.

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Havia muitos candidatos a jogar.

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Helena em grande estilo, quer no ténis, quer na confecção da feijoada!

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Ângela, a revelação da temporada!

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Ana, a super-PRÓ!

Começa o 1.º jogo; o sol era abrasador... as pernas tremiam-me e começo a sentir-me muito cansado. Depois de termos ido às vantagens, consigo fechar o jogo na rede e penso... acho que não vou conseguir jogar mais... valeu-me a Ana que me foi comprar um sumo fresco, a Ângela que me deu um pão com manteiga e o meu adversário, que me sustentou com litros de água durante o jogo.

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Luís Pimentel, o craque anfitreão.

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Quem vir só esta fotografia até fica a pensar que sou grande jogador...

Comecei com 1-0, ao qual o Luís respondeu com 1-1; o mesmo aconteceu a seguir até ao 2-2. A seguir perco o jogo de serviço e logo outro a seguir; 2-4, estava fraco... Lá consegui recuperar e fechei o set com 6-4, denotando-se quebra no Luís.
O 2.º set foi menos competitivo; estive sempre à frente e acabou com 6-2. Valeu-me ter mais soluções que o Luís para compensar o meu estado “depenado”. Foi engraçado, porque todos os jogos que ganhei, sempre atribuí a vitória à minha condição física superior. Desta vez foi mesmo a técnica que me salvou... Estou na final e espero pelo José Baptista: jogador dedicado à modalidade e muito calmo. Dificilmente ganharei, pelo que o meu objectivo é ser competitivo de início ao fim.

No court do lado, a meia final do torneio príncipal mostrava-se bem mais competitiva.

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Luís Valente, voltou a ser valente e ganhou o jogo, mostrando grande capacidade técnica (compatível com a pose!).

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Manuel Frias e o seu ténis agressivo estiveram bem, mas não foram suficientes...

Depois de um banhinho refrescante, seguimos para casa do Luís. Um magnifico almoço nos esperava: uma bela feijoada! O ideal para quem está a recuperar de uma gastroenterite! A tarde prometia... preguiça, campeonato de king e o Rio Tâmega à nossa espera. Sim, porque esta casa é um privilégio, quer para os proprietários, quer para os amigos! A água estava fantástica (qual mediterrâneo)! E aos poucos lá foram parar quase todos, ainda que os limos na margem pudessem repelir os mais impressionáveis. Tivemos ainda uma canoa para animar; muitos foram os que quase não remaram... estive de reboque! Sempre que alguém virava, eu rebocava para a margem. Depois, com a ajuda de outros voluntariosos (Martinez, Afonso e Luís) havia que içar a canoa para a margem e virar a água. Aproveitei também para remar um bocadito, algo que gosto bastante de fazer; nadar bastante (margem a margem); e no fim, servi de “motor fora de borda” para alguns miúdos que ansiavam andar de canoa e não tinham capacidade para o fazer.

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A feijoada que me salvou da gastroenterite.

A hora do jogo de Portugal aproximava-se e havia que deixar o rio (embora não apetece-se nada). Um banhito de mangueira para não atrasar a longa fila da casa de banho e já estava prontinho para ver o jogo. Acabei por não ver com atenção o 1.º golo, mas cheirou-me a “frango” (o Ricardo tinha de dar o seu cunho pessoal); infelicidade no 2.º golo e um 3.º grande golo dos alemães, que estiveram, sem dúvida, melhor. No fim o golo de Nuno Gomes só pecou por ser tarde, porque foi sensacional (Grande Nuno Gomes, que bofetada de luva branca!). Sem desmerecer Scolari, nunca entendi a insistência no Pauleta. É um jogador que em jogos difíceis nunca apresenta resultados; já Nuno Gomes é o oposto (fala a história!). Muito menos entendi a opção de Postiga, que está desenquadrado de tudo. Portugal fez um excelente mundial, mas em todos os jogos mostrou muitas dificuldades em marcar; e isso ditou a nossa derrota contra uma França que jogou pior que nós; mas também podia ter ditado a nossa eliminação face à Holanda, e especialmente, face a Inglaterra.
Gostei de ver a homenagem feita à selecção! Apesar de tudo, o balanço é muito positivo. Por isso, reconheça-se o mérito a quem o tem, e não se exija tudo de uma vez. Relembro que há 4 anos nada tínhamos...

O jantar foi bastante animado; até conquistei definitivamente o Patorras com um pedaço de pizza.

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O jantar caíu na moleza para alguns...

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... enquanto outros energicamente pulavam a cerca... ou melhor, janela!

A noite foi passada numa tenda de campismo. Face ao verdadeiro batalhão de amigos que somos, e que os corajosos Luís e Helena não hesitaram em convidar, ofereci-me para dormir no “exterior”, por forma a cabermos todos. O mesmo fez a Rosa, o Luís Valente e a Maria João, acompanhados dos pequeninos Maria e Pedro. Fomos embalados pelo som da queda de água durante a noite e acordados esporadicamente pelo comboio a passar, ou por um animal ou outro mais exuberante (ia jurar que ouvi um pato a grasnar...). De manhã fui acordado pela Helena a bater-me na tenda, quando passeava a cadelita recém-chegada (afinal com que nome ficou?). Na altura dormia profundamente.

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O local de repouso.

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A vista para o Rio Tâmega do lado esquerdo do meu igloo.

Depois de mais um banho de mangueira, a Helena brindou-nos com um pequeno-almoço divinal! Até champanhe com sumo de laranja tivemos! De manhã ainda joguei um King (há anos e anos que não jogava).

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Até com champanhe com sumo de laranja nos deliciamos...

Regressado o Afonso (que foi dormir a casa) e que regressava muito bem acompanhado (bem vinda Eugénia!) e com um montão de coisas que lhe pedimos para comprar (gelo, pão, café... houve até quem pedisse a Bola!), mais um almoço divinal. Pena entretanto que a Ana Teresa tivesse que ir embora mais cedo (as gargalhadas sonoras ficam sempre bem!).

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A vista para o Rio Tâmega.

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O rio continua a jusante.

Depois de uma tarde com muita preguiça, tempo ainda para mais um mergulho no rio. O Luís e a Helena levaram com alguns resistentes até às 11 da noite. Colamos a ver a final Itália-França, com todos a augurarem contra a França. Por acaso, até houve na 2.ª parte um penalty que não foi marcado e que provavelmente daria a vitória aos Franceses, mas depois de ver a atitude do Zidane, entre outras do treinador francês, fiquei mesmo muito feliz com o penalty falhado pelo Trezeguet e com a vitória de Itália. Enfim, duas selecções que foram levadas ao colo até à final. Itália só jogou bem contra a Alemanha; França só fez por merecer contra a Espanha. Podem dizer que tenho mau perder, mas achei o mundial todo muito desconsolado...

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A bela Casa da Flor.

Este fim-de-semana em Vila Caiz foi de sonho. O tempo esteve incrível. O fim de tarde e o anoitecer estavam divinais. As noites incríveis... no Sábado não apetecia adormecer; ontem não apetecia vir embora. Um fim-de-semana memorável! Há que agradecer ao Luís e à Helena por não se importarem de verem a magnífica Casa da Flor virada ao contrário; já para não falar da trabalheira a que são sujeitos (refeições, camas, a casa toda patinhada, os copos partidos, lixo, pandemónio, etc.). Obrigado a eles pelo privilégio que nos concederam.

Sérgio

10 comentários:

Sol disse...

É sempre bom passar o fim de semana com os amigos... e realmente não se pode recusar qd vale a pena.

Beijinho

(gosto do teu humor ;p )

Anónimo disse...

Essa está boa...dormias profundamente...e ouviste-me a falar!
Se calhar os patos a grasnar era eu..eheheheh....
Aproveito mais uma vez para agradecer aos donos da casa o fim de semana espectacular que tivemos.
Adorei tudo!
Beijinhos!!!:)

Brushy disse...

Gostei do que li, gostei do que vi. Parabéns! Só é pena saber que afinal dormiste profundamente (apesar do grasnar dos "patos") :)
Abraço.

CarpeDiemBeHappy disse...

Eu andei por ai..
Mas o grasnar que ouviste era de uma Garça! Quac!Quac!
Beijinhos!!!

filipelamas disse...

Sei que a inveja é pecado, mas dias assim de gastroentrite de feijoada e paisagens tão fantásticas tornam os anjos pecadores...

Filipe Carmo disse...

Grande fim-de-semana, eh?
Mas onde estão as fotos do pessoal a discutir e a atirar as raquetes pelo ar e contra o árbitro?
eheheh
Parece um excelente local para passar uns diazinhos de relax total :)

Anónimo disse...

what an evil week end! Sleeping on the igloo?... don't tell me... how many girls were there?! ohohoho!

CARMO disse...

Obrigado pelos simpáticos comentários, com excepção do darth vader, of course!

... disse...

Bem, isso é que foi dar-lhe...
Com que então gostas de marillion, sinm senhor, bom gosto.
Mas também gostas com o novo vocalista ou nem por isso?

psac74 disse...

Só eu é que não tenho convites destes!

PS - Gostei do pormenor do chapéu - rico estilo. Por momentos, recordei o saudoso Boris Becker.

Um abraço