Um dos maiores prazeres que tenho é do guiar depressa. Guio quase sempre de forma rápida, seja de moto ou de carro... faz parte de mim e não consigo evitá-lo. Dou por mim a fazê-lo com naturalidade e serenidade, como se não soubesse guiar de outra forma.
Sempre que tento guiar devagar, acabo por enfrentar situações de quase acidente, de tão entediante e desatenta que a condução se torna. Nunca tive acidentes ou despistes e não escondo que guio depressa pela adrenalina que me provoca; pelo prazer e relaxamento que daí advêm. Guio cuidadosamente e sem infracções... apenas não respeito os limites de velocidade (diferente de guiar em excesso de velocidade...). A busca por esta adrenalina não termina na condução; encontro-a nos desportos que faço também (por exemplo, no ski).
Não considero que a velocidade seja sinónimo de risco ou insegurança; aliás condeno a perseguição que actualmente as autoridades fazem a este factor, tão usado para “tapar o sol com a peneira” no que concerne à segurança rodoviária nacional. A título de exemplo, refiro que os países mais liberais neste aspecto são os que menor grau de sinistralidade têm. Obviamente, a velocidade deve ser adequada ao automóvel, á estrada, ao trânsito, às condições climatéricas, à visibilidade, etc.. Considero sim, que a falta de velocidade é tão ou mais mortífera que o seu excesso; nomeadamente, nas ultrapassagens, nas auto-estradas e vias-rápidas, levando ao congestionamento (que inequivocamente é o maior causador de acidentes).
Olhando para o caso Português, parece-me que os elevados números de acidentes devem-se: á falta de preparação dos condutores (sem capacidade ou treino no controlo do veículo em situações críticas); à escolha de veículos pouco adequados à utilização final, cuja decisão é principalmente influenciada pelo factor preço (leia-se Imposto Automóvel); e a uma cultura das entidades fiscalizados, incentivada pelo próprio Presidente da República Jorge Sampaio em pleno séc. XXI, de punição, ao contrário da tendência de prevenção há muito acentuada na UE.
Uma última nota para os limites de velocidade. Os actuais limites de velocidade surgiram na década de 60, pela altura do 1.º choque petrolífero, nos EUA. Tinham por objectivo limitar o consumo de gasolina dos automóveis movidos por motores de grande cilindrada e pouca potência, facilmente consumidores de mais de 20l/100 kms. Se há 40 anos atrás era seguro circular a 120 kms/h em veículos, que à luz da actual tecnologia automóvel são rudimentares; e em estradas cuja construção, sinalização e visibilidade é incomparável às actuais; porque é que não é seguro, hoje em dia, circular a 180 kms/h numa auto-estrada de última geração?
Se calhar pela mesma razão que levou o número de acidentes a aumentar... tudo evoluiu, excepto a habilitação dos condutores e das autoridades.
Sérgio
P.S.: na fotografia, uma Triumph Sprint ST 955 (Que máquina! Conhecem alguem que tenha uma?...).
9 comentários:
triumph isso é langerie não é?!?
Exactamente... e as minhas cores favoritas são verde, amarelo e vermelho.
As vermelhas são muita giras :) eheheh!!!
Mas sobre o post...
Ainda não se aprendeu em portugal a diferença entre a definição de "circular em excesso de velocidade" e "circular acima do limite de velocidade".
Os limites de velocidade são maioritáriamente ridículos.
Ninguem dúvida que andar a cima do 50Km/h no centro da cidade, pode ser perigoso, pelo número de peões que por lá circulam. Mas instituir os 50Km/h numa "circunvalação" só prova que é tudo uma questão de angariação de fundos... a chamada caça à multa!!!
conduçao/capacidade de reacçao a ..., velocidade, automoveis, estado das estradas...sao inumeros os factores que poderia enunciar.
Contudo,continuarei a pensar que o civismo/consciencializaçao dos perigos é a melhor forma de diminuir a sinsitralidade e não a "caça" de seja ele o que for, será a criaçao fundo de pensoes para a BT/GNR?????:-)
Essa moto é mesmo muito bonito... mas a do carmo está alterada, embora ninguém consiga perceber com ela parada... já em andamento aquilo voa! Espero que ele não resolva inscrever-se no mundial de SB, senão 'tou lixado!
That thing speeds more that my spaceship!
No outro dia passou por mim na A29 e não consegui apanha-lo.
Concordo apenas em parte. Acho que a velocidade também pode ser factor de risco mas pior é o espírito de competição que, tantas vezes, se instala nos condutores.
Inteiramente de acordo!
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