28 agosto 2008

Chamar a Música.

Longe vão os tempos em que Herman José fazia programas televisivos que me levavam a explodir de gargalhadas: Tal Canal, Hermanias, Humor de Perdição (só podia ser censurado num país como o nosso... com tradições ditaturiais e complexos de inferioridade em relação ao seu passado), Casino Royal, etc..

Photobucket

Este programa acaba por trazer o melhor do que resta de Herman José. A verdade é que se formos ao Café Café, Herman é profissional de excelência.

Já o programa tem para mim um interesse muito baixo... Estamos a dar tempo de antena a quem acha que sabe cantar, ou acha que conhece muita música dos outros. Continuo a defender que há inúmeras pessoas por este Portugal fora, que realmente são bons músicos; e a esses, ninguém apoia. Ainda por cima, a tónica do programa continua a assentar na "imitação" e não na criatividade.

Os temas escolhidos são também (apenas na minha opinião) de qualidade média-baixa. Bem sei que o objectivo é facilitar o conhecimento das letras por parte do público... mas não me parece que descer a qualidade musical seja uma solução. Para isso, escolham pimbalhadas de início ao fim!

Ontem, assisti pela primeira vez ao programa inteiro. Há que reconhecer que o vencedor era de facto alguém com um conhecimento musical incrível e fora de série. E até cantava! Apesar de eu jamais conseguir conhecer aquelas letras todas, porque não são do meu género, invejo aquele homem pela alegria com que o fazia! Realmente vibrava com poder cantar aqueles temas.

Apenas um facto me revoltou... é no melhor pano que se faz a mancha. Já para não dizer, que ao longo do programa os temas brasileiros igualam os portugueses em quantidade, parece-me inadmissível que no final se convide uma banda brasileira para actuar; ainda por cima em playback... ainda por cima de qualidade tão baixa...

Somos um país incrivel, com música de originalidade e qualidade deslumbrante. Matamos a nossa qualidade para exercitar a falta de qualidade dos estrangeiros... A mim, revolta-me que a prata da casa nunca se reconheça; especialmente, quando é tão superior!

Tempo houve, em que para actuar num programa de Herman José, havia que ter qualidade... e saber tocar ao vivo, porque playbacks não eram possíveis...

Sérgio

4 comentários:

MTOCAS disse...

Serginho amigo,

eu nem perco tempo com estas coisas :-)
nem com telejornais que são só desgraças !!!
....e Domingo vai haver uma desgraça maior :-)

HEHEHEHEHE

p.s.: beck é fixe e o resto que se lixe :-)

Anónimo disse...

Ora com esta fizeste-me lembrar o Carlos Paião com o seu "Playback"...

Podes não saber cantar, nem sequer assobiar... concerteza que não vais desafinar... Em playback...Em playback...

E já agora ...A Cinderela...

Eles dão duas crianças
a viver esperanças,
a saber sorrir.
Ela tem cabelos louros,
ele tem tesouros para repartir ...

Foram juntos outro dia,
como por magia, no autocarro, em pé.
Ele lá lhe disse, a medo:
'O meu nome é Pedro e o teu qual é?'

Ela corou um pouquinho
e respondeu baixinho: 'Sou a cinderela'.
Quando a noite o envolveu
ele adormeceu e sonhou com ela...

Hummm... Belos tempos!

Obrigado pela recordação!Já á imenso tempo que nem me lembrava dele e das suas composições!

CARMO disse...

Eheheh! Este comentário está cheio de espírito...
Bemvinda Luna!

Luis Miguel disse...

Boas, Já que há por aqui tantos admiradores do grande Lloyd Cole aproveito para os convidar a vir até à Amadora no próximo dia 13 de Setembro para assistir ao vivo e a cores ao concerto dele. A primeira parte vai estar a cargo dos Fisher Z ountra banda emblemática dos 80´s ( quem não se lembra de So Long ou de Marliese ? ).
A entrada é LIVRE e vai ser no Parque central da Amadora pelas 22 horas.