(Lá bem no cimo do glaciar!)
Já em Kaprun, a meio da manhã, e depois de ter feito algumas pista tão depressa quanto conseguia, o grupo reuniu-se e a Ângela estava praticamente recuperada e pronta para seguir em prova (à custa de medicação que acusaria concerteza no controlo anti-doping!). Subimos até ao ponto mais alto do glaciar e fizemos uma pista vermelha que dava para o outro lado da estância; uma pista muito inclinada e gelada. Foi mais um dos momentos que ficou para a posteridade na minha memória. Tenho pena de não ter fotografias, porque a imagem da pista depois de chegar cá abaixo era algo de imponente e único.
Fomos andando de pista em pista, fazendo saltos sempre que os obstáculos fora de pista o proporcionavam e saboreando sol e a neve deste último dia. Apesar desta satisfação, as minhas pernas começavam a acusar os excessos matinais. Mas ainda bem que os fiz, porque o tempo dava sinais de querer mudar... uma ligeira névoa começava a sobrepor-se ao sol.
Entretanto, já era hora de almoço; havia que descer até à zona dos restaurantes, onde havíamos combinado reunir o grupo todo (os 26). Estava na hora de experimentar mais uma variante do fora de pista excepcional da última encosta: muita neve sem qualquer trilho marcado até cá abaixo. Foi divinal! E a Ângela aguentou-se lindamente.
(O fabulástico fora de pista!)
O almoço foi atribulado por um restaurante cheio de gente; havia muita gente em Kaprun neste dia, possivelmente porque em Zell Am See estava mau tempo. A certa altura improvisamos uns passos de danças latino-americanas espevitados pela música que se ouvia. Entretanto, fui buscar um café e quando regressei, para meu espanto, todo o grupo dançava e até uns alemães alinharam na farra connosco. A esplanada estava transformada em pista de dança, para grande espanto dos austríacos que por ali almoçavam. Já na hora voltar a por os skis nos pés, não podíamos abandonar o recinto sem cantarmos a plenos pulmões o hino nacional! E claro que tivemos o cuidado de frisar bem a todos os presentes que iam ouvir este hino muitas vezes em Junho...
(O almoço-rave!)
À tarde não conseguimos esquiar muito... o tempo pregou-nos esta partida para não termos pena de nos irmos embora! O céu encoberto e a luminosidade forte não nos permitiam distinguir o relevo do chão... tudo parecia branco e uniforme... mas não era mesmo nada! Lá fomos fazendo uma pista ou outra, até que optamos por desistir... o tempo piorava a olhos vistos e o cansaço das pernas dificultava este esquiar às cegas... Optamos mais uma vez por fazer o fora de pista da última encosta; quantas mais vezes o fizéssemos, mais havíamos de gostar e novos caminhos descobriríamos. Claro que não o fazíamos todos, mas no fim, havia cinco competidores empatados nos 1.º lugar: a Ângela e a Ana, o Manel, o Mário e eu!
Chegados cá abaixo e enquanto contemplávamos a parede por onde descemos, apercebemo-nos que num bar redondo, todo em madeira, havia uma grande rave! E lá fomos nós... lá dentro o som era alto (para variar, Madonna e o sampler dos Abba) e estava cheio de gente ainda com equipamento de ski/snowboard a dançar, quer no chão, quer em cima das mesas! Lá ficamos nós um bom bocado, a abanar o capacete e deitar abaixo uns shots fantásticos de vodka com pedaços de fruta lá dentro.
(E venha mais um shot!)
Regresso ao hotel com a piscina e mit turken à nossa espera pela última vez. Fiquei cliente, especialmente do mit turken, aquilo é capaz de descontrair os músculos e pôr-nos novos em folha. Claro que mit turken com toalhinha pelo menos! Eheheh!
Com um bom jantar à nossa espera, o reencontro dos 26 à hora de jantar era sempre uma festa. O tema principal deste jantar era o que se ia passar a seguir... Combinamos ir ao um bar na montanha: até lá, tínhamos de ir de táxi; do sopé da montanha até ao bar, viajamos num atrelado de carga puxado por um tractor. Já lá em cima, ao lado do bar havia uma pista pequena de neve para deslizarmos em câmaras de ar; beber uns canecos fazia parte do roteiro; e para terminar em grande, uma descida de trenó numa pista estreita, com árvores e sem luz!
(As câmaras de ar são muito mais rápidas do que se imagina!)
Depois do jantar, volta a vestir a roupa de neve e lá fomos nós. Já nos táxis, que eram furgões de 9 lugares, não deixa de ser intimidadora a velocidade com que aqueles fulanos guiam em estradas totalmente cobertas de neve. A subida de tractor foi hilariante! As corridas de bóias terminavam contra uma rede que nos segurava, mas também esmagava uns contra os outros. O bar não era grande coisa... era grande, a música era horrível e tinha um cheiro esquisito. Deu para nos rirmos um bocado e prepararmo-nos para a descida de trenó. Mais uma vez foi fantástica; aquilo é mesmo cómico e com muita adrenalina à mistura, tal é a sensação de falta de controlo do trenó. Tal como há 2 anos, não terminei muito bem classificado (9.º lugar...), fruto de excessos de velocidade e duas saídas de estrada, apesar de ter andado em 2.º lugar logo no inicio.
(Os austríacos só tem copos de 1/2 litro... lá teve que ser!)
Regressamos ao hotel cansados e sem saber muito o que fazer... dormir duas horitas, ou fazer directa?! É que o transfer era às 3 da manhã...
Sérgio
3 comentários:
Isto é que foram uns dias em Grande!!! Beijinhos:)
Grandes Férias... sem dúvida... e fotos de meter raiva :)
Um dia como os outros, Espectacular, com um senão, ser o último dia de ski. Neste dia, tive a sensação que o tempo passou a correr e por muito que eu tentasse aproveitar todos os momentos já sentia uma certa nostalgia. Como eu queria que o tempo parasse ali!. Mas lá teve que ser....a vida não é só férias...se eu pudesse ficava lá mais uma semana!
Mit Turken!I'm Waiting...!
Bjs;)
Rosa
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