(A Brigitte é por certo a Austríaca mais simpática do mundo!)
Ao pequeno-almoço alguma discussão sobre o destino para onde iríamos esquiar: em Kaprun havia sol, mas o calor de ontem era pouco promissor para a neve; em Zell Am See estava nevoeiro, mas parecia querer levantar... Hoje teríamos de sair das pistas mais cedo, pois à noite, um concerto em Salzburgo nos esperava e como Kaprun implicava apanhar um autocarro, optamos por Zell Am See.
O nevoeiro não levantou e as primeiras pistas foram complicadas de fazer... O resto do dia permaneceu encoberto. A neve nas zonas mais baixas acusava falta de frio... parecia granizado! Só não havia caipiroscas...
Esquiamos em pistas que ainda não conhecíamos. Tentamos permanecer na zona mais alta, onde havia menos nevoeiro e neve de qualidade irrepreensível. Parámos a meio da manhã num café com uma decoração muito típica e pejado de moedas e notas estrangeiras. Cá fora, uma escultura em neve do Mozart! Inspiradora para o concerto que iríamos assistir à noite.
Neste dia fizemos vários foras de pista no meio de árvores: os trilhos mais pisados que dois dias antes, estavam mais rápidos e andar no meio de árvores em trilhos tão estreitos era complicado, mas bastante divertido... com direito a tombos, galhos a baterem-nos na cara e abraços a árvores! Alguns saltos à mistura. Fizemos também halfpipe, slalon e kinderslalon!
Os roockies, cada vez menos roockies, e mais alguns dos 26 elementos da comitiva, tiveram dia de folga de ski. Saíram para Salzburgo logo pela manhã, para conhecerem a cidade; algo que já tínhamos feito há dois anos, num dia de mau tempo em Bad Gastein. É um privilégio conhecer uma cidade como Salzburgo.
Entre os esquiadores, o Sr. Mário, o ancião do grupo, manteve-se firme e hirto como todos os dias e acompanhou-nos nas pistas, mesmo com alguns tombos provocados pela falta de visibilidade, que nos afectou variadas vezes. Como é um “duro do asfalto”, divertiu-se tanto como nós! Admiro esta atitude: o que leva um sexagenário a deixar a sua esposa e o conforto do seu lar, e ir esquiar com um grupo de pessoas 30 anos mais novas, com as quais apenas conviveu uma semana de férias (dois anos antes em Badgastein, mas na altura, com a companhia dos amigos Artur e Adelaide)? Só quem esquia é que consegue entender... Que sacrifícios não estamos dispostos a incorrer pelo prazer de esquiar?... Acima de tudo, espero chegar à idade dele com a mesma atitude em relação à vida e ao que podemos usufruir dela.
(Salzburgo à noite é deserta.)
Às 16h00 abandonamos as pistas. Banho rápido; e lá fomos nós a caminho de Salzburgo. Esperava-nos um jantar-concerto de música clássica com interpretação de temas de Mozart.
O concerto surpreendeu-me! Uma orquestra de sonoridade soberba, formada por 3 violinos, um violoncelo e um contrabaixo, acompanhados na maioria dos temas por uma voz masculina de grande qualidade, e uma voz feminina... para a qual não tenho palavras... nem para a voz, nem para mais nada... além do mais, uma mulher lindíssima! Lamento não ter mais e melhores fotografias.
(Adorei a sobremesa!)
Chegados ao hotel, marcamos sair bem cedo para aproveitar ao máximo o último dia de ski. Destino: Kaprun!
Sérgio
2 comentários:
Neste dia saí para Salzburgo com vontade de ficar a esquiar, mas assim que apanhei o comboio esse sentimento desapareceu, vê-se paisagens bonitas e o companheirismo na viagem foi bem visivel!Foi um dia espectacular, fui a sitios muito bonitos..o fim de tarde com as luzes ligadas e a nevar...é de um ambiente mto cintilante....romântico...valeu a pena!O concerto foi muito giro, adorei, o teu comentário diz tudo.
eheh...a sobremesa...bem me lembro que não deixaste um bocadinho que fosse chocolate!
bjs:)
eheeh! Salzburgo tem um ambiente único: romantico, nostálgico, mágico diria... é uma cidade cheia de charme, apesar de ser um tanto cinzenta (no inverno) austera e fria.
Quanto à sobremesa, já sabes que sou um guloso!
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