Apareceu-me este texto num email de uma amiga com quem pouco ou nada tenho falado ultimamente. Honestamente, gostei de ler (pena não saber quem é o autor). É um tema sobre o qual é impossível concordar ou discordar totalmente. Estejamos nós realizados, ou não, afectivamente; desejemos, ou não, passar o resto dos nossos dias com alguém ao nosso lado, com ou sem descendência, é dificil encontrar unaminidade ou razão, num tema que varia com os nosso feitio e carácter, e acima de tudo, varia com os nossos sentimentos e emoções... e esses, cada um tem os seus...
Apesar disso, o texto toca em dois aspectos que há muito me pareciam correctos. Não digo que tenha razão, mas apenas achei curioso alguém o ter concluído da mesma forma:
1. Amar por si só não basta: é preciso ter força, persistência e sabedoria para saber lidar com a outra pessoa, com o meio envolvente, com tudo o que nos afecta;
2. Ninguém é capaz de mudar ninguém; mas somos capazes de nos mudarmos, quando insistentemente o desejamos.
Sérgio
"Meus avós diziam que o amor crescia com o passar do tempo, com a convivência e que era como um aprendizado; porém, após atingir uma idade em que tinha discernimento para compreender mais sobre o tema, passei por algumas experiências que contrariam as histórias contadas por eles.
No entanto... se eu fosse ter por base o relacionamento conturbado dos meus pais, desistiria até de pensar em me relacionar com alguém, pois tive uma infância prejuducada, vivendo em um ambiente de discussões e problemas sérios que hoje minha mãe e eu felizmente superamos. Aprendemos que, apesar de tudo que passamos juntas... porque as lágrimas eram quase sempre compartilhadas -é claro que muitas vezes eu chorava sem que ela percebesse, na tentativa de não deixar transparecer fraqueza-, que o amor não cresce... muito pelo contrário! Descobri, sim, que o amor pode nascer de um simples olhar e até de um tímido sorriso, e que a sua principal função é a de nos dar força para superar todas as infinitas dificuldades que um relacionamento irá trazer. Já li inúmeros livros e artigos sobre como se relacionar bem, como conviver melhor, como evitar entraves, mas, sinceramente, nenhum deles me trouxe a resposta para as tantas perguntas que ainda tenho...
Uma amiga me disse, em certa ocasião, que os atritos são muitas vezes necessários a um casal, para que ambos possam lapidar suas arestas. Um outro amigo comentou que não é mais tempo de ter conflitos e que podemos, sim, viver permanentemente uma relação serena e saudável. Meus professores da faculdade de direito já diziam, sem exceção, que onde houver um ser humano sozinho, haverá a solidão e onde houver dois ou mais, será inevitável o conflito.
Não posso dizer que todos estejam certos ou errados, sinto que somos seres inteligentes, mas que, infelizmente, ainda estamos longe do verdadeiro conceito de como nos relacionar perfeitamente; acredito que não haja ainda resposta quanto ao verdadeiro significado da palavra AMOR; muitos falam da unicidade, de unidade, de amor incondicional, mas não acredito que conseguiram realmente incorporar o verdadeiro conceito ou até mesmo vivenciá-lo.
Pelas poucas experiências pessoais e muitos exemplos e relatos de amigos, o amor que cada um sente, muitas vezes não é forte o suficiente para tolerar, aceitar e perdoar os parceiros de convivência. O conflito pode ser gerado por atitudes impensadas ou até propositais pois, às vezes, muitos acabam interpretando a tentativa de acertar alguma postura de apoio de maneira adversa, e aquilo que poderia ter dado certo -pois foi fruto de carinho- é recebido com desconfiança, gerando dessa forma energia negativa.
Muitos dizem que é essencial o diálogo, mas também não vejo tanto assim sua utilidade, sendo que a interpretação é unilateral, ou seja, cada um tem a sua, como acontece em uma determinada leitura ou diálogo, onde a compreensão é única para cada ser. Por mais bem intencionados que sejamos, é complicado conseguir a comunicação perfeita, porque, em minha opinião, a dificuldade é estarmos todos na mesma sintonia. Mesmo esse artigo, para alguns não terá o resultado esperado e será quase impossível compreendê-lo em sua essência. Haverá a identificação em alguns parágrafos e outros aspectos não serão vistos da forma que eu pretendia passar.
Portanto, o relacionamento é algo além do que imaginamos conhecer; o conceito de amor é mais amplo, pois somente poucos conseguem encontrar...
É tudo bem complexo e dificulta nossos caminhos emocionais, mas faz parte de nossa evolução como seres humanos. É preciso passar por cada experiência do cotidiano, como se fosse um quebra-cabeça, porque neste dia-a-dia poderá estar a fórmula ou até mesmo o manual para um relacionamento estável, mais tolerante e duradouro.
Hoje, acredito que só o amor não basta; é preciso termos mais paciência, sabedoria e perseverança para encarar de cabeça erguida todos os obstáculos, sejam eles amorosos, familiares, profissionais e até no convívio com os amigos e vizinhos. Precisamos ultrapassar barreiras, tendo consciência de que, mais cedo ou mais tarde, iremos nos envolver com pessoas, cujos defeitos e qualidades têm que ser respeitados e sempre lembrando que ninguém é capaz de mudar ninguém. A mudança ocorrerá pelo desejo de cada um e deve ser buscada incansavelmente, pois nela encontraremos a verdadeira felicidade!"
Apesar disso, o texto toca em dois aspectos que há muito me pareciam correctos. Não digo que tenha razão, mas apenas achei curioso alguém o ter concluído da mesma forma:
1. Amar por si só não basta: é preciso ter força, persistência e sabedoria para saber lidar com a outra pessoa, com o meio envolvente, com tudo o que nos afecta;
2. Ninguém é capaz de mudar ninguém; mas somos capazes de nos mudarmos, quando insistentemente o desejamos.
Sérgio
"Meus avós diziam que o amor crescia com o passar do tempo, com a convivência e que era como um aprendizado; porém, após atingir uma idade em que tinha discernimento para compreender mais sobre o tema, passei por algumas experiências que contrariam as histórias contadas por eles.
No entanto... se eu fosse ter por base o relacionamento conturbado dos meus pais, desistiria até de pensar em me relacionar com alguém, pois tive uma infância prejuducada, vivendo em um ambiente de discussões e problemas sérios que hoje minha mãe e eu felizmente superamos. Aprendemos que, apesar de tudo que passamos juntas... porque as lágrimas eram quase sempre compartilhadas -é claro que muitas vezes eu chorava sem que ela percebesse, na tentativa de não deixar transparecer fraqueza-, que o amor não cresce... muito pelo contrário! Descobri, sim, que o amor pode nascer de um simples olhar e até de um tímido sorriso, e que a sua principal função é a de nos dar força para superar todas as infinitas dificuldades que um relacionamento irá trazer. Já li inúmeros livros e artigos sobre como se relacionar bem, como conviver melhor, como evitar entraves, mas, sinceramente, nenhum deles me trouxe a resposta para as tantas perguntas que ainda tenho...
Uma amiga me disse, em certa ocasião, que os atritos são muitas vezes necessários a um casal, para que ambos possam lapidar suas arestas. Um outro amigo comentou que não é mais tempo de ter conflitos e que podemos, sim, viver permanentemente uma relação serena e saudável. Meus professores da faculdade de direito já diziam, sem exceção, que onde houver um ser humano sozinho, haverá a solidão e onde houver dois ou mais, será inevitável o conflito.
Não posso dizer que todos estejam certos ou errados, sinto que somos seres inteligentes, mas que, infelizmente, ainda estamos longe do verdadeiro conceito de como nos relacionar perfeitamente; acredito que não haja ainda resposta quanto ao verdadeiro significado da palavra AMOR; muitos falam da unicidade, de unidade, de amor incondicional, mas não acredito que conseguiram realmente incorporar o verdadeiro conceito ou até mesmo vivenciá-lo.
Pelas poucas experiências pessoais e muitos exemplos e relatos de amigos, o amor que cada um sente, muitas vezes não é forte o suficiente para tolerar, aceitar e perdoar os parceiros de convivência. O conflito pode ser gerado por atitudes impensadas ou até propositais pois, às vezes, muitos acabam interpretando a tentativa de acertar alguma postura de apoio de maneira adversa, e aquilo que poderia ter dado certo -pois foi fruto de carinho- é recebido com desconfiança, gerando dessa forma energia negativa.
Muitos dizem que é essencial o diálogo, mas também não vejo tanto assim sua utilidade, sendo que a interpretação é unilateral, ou seja, cada um tem a sua, como acontece em uma determinada leitura ou diálogo, onde a compreensão é única para cada ser. Por mais bem intencionados que sejamos, é complicado conseguir a comunicação perfeita, porque, em minha opinião, a dificuldade é estarmos todos na mesma sintonia. Mesmo esse artigo, para alguns não terá o resultado esperado e será quase impossível compreendê-lo em sua essência. Haverá a identificação em alguns parágrafos e outros aspectos não serão vistos da forma que eu pretendia passar.
Portanto, o relacionamento é algo além do que imaginamos conhecer; o conceito de amor é mais amplo, pois somente poucos conseguem encontrar...
É tudo bem complexo e dificulta nossos caminhos emocionais, mas faz parte de nossa evolução como seres humanos. É preciso passar por cada experiência do cotidiano, como se fosse um quebra-cabeça, porque neste dia-a-dia poderá estar a fórmula ou até mesmo o manual para um relacionamento estável, mais tolerante e duradouro.
Hoje, acredito que só o amor não basta; é preciso termos mais paciência, sabedoria e perseverança para encarar de cabeça erguida todos os obstáculos, sejam eles amorosos, familiares, profissionais e até no convívio com os amigos e vizinhos. Precisamos ultrapassar barreiras, tendo consciência de que, mais cedo ou mais tarde, iremos nos envolver com pessoas, cujos defeitos e qualidades têm que ser respeitados e sempre lembrando que ninguém é capaz de mudar ninguém. A mudança ocorrerá pelo desejo de cada um e deve ser buscada incansavelmente, pois nela encontraremos a verdadeira felicidade!"
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