16 agosto 2006

Velhinhos em Folha...

...era o titulo de 1.ª página do JN no dia seguinte ao concerto dos Rolling Stones, no Dragão, no passado Sábado, 12 de Agosto.

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Actualmente só há duas bandas capazes de esgotar uma tournée mundial de concertos em estádios de futebol: os Rolling Stones e os U2. Quer dizer... há ainda os Pink Floyd, mas esses não me parece que lhes apeteça fazer mais espectáculos... lançaram o DVD e e...

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Não sei quantas vezes os Rolling Stones já estiveram em Portugal... pelo menos 4 tenho a certeza, com duas passagens por Alvalade. Nas 3 últimas assisti aos concertos (Alvalade em 1995; Coimbra em 2003; Dragão em 2006); e a mais assistirei se por cá voltarem. É um espectáculo a nunca perder! Infelizmente, algo me diz que esta deverá ser a última tournée deles... algum dia terá que ser...

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Mick Jagger tem exibido ao longo de toda a sua vida uma energia fora de série, apesar do seu ar débil e frágil. Neste concerto fiquei espantado! A energia continua lá; exuberante na forma como se mexe, dança, corre. Não há um metro quadrado de público que lhe consiga ficar indiferente e ele incita constantemente os 4 cantos do estádio. Mais do que isso, tem agora aos 63 anos um ar atlético e musculado. A voz permanece inalterável. O homem rejuvenesceu!

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O mesmo se pode dizer de Charlie Watts. Exibe um porte possante para a sua idade; a face surge rejuvenescida e apresenta um ar igualmente saudável.

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O mesmo já não podemos dizer de Keith Richards... provavelmente a queda de um coqueiro no inicio desta ano, assim como o consequente traumatismo craniano e operação, terão deteriorado significativamente o seu ar, já de si, desgastado por muito anos de rock & roll. Um jornalista dizia antes do concerto, que o espectáculo iria ser memorável; e sobre Keith Richards, dizia que ele não tinha 7 vidas, mas sim 9... só que já tinha gasto 7... Notei um grande envelhecimento nestes últimos 3 anos. Pior do que isso... Richards desafinou algumas vezes quer à guitarra, quer na voz. Vi-o muitas vezes procurar Ron Wood e observar a guitarra dele, mas assegurar a sincronização... o que não é bom sinal...

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Por fim Ron Wood. Mantêm-se mais acabado que os dois primeiros e menos que o último... tal como há 3 anos atrás. Exibiu boa disposição e as suas poses habitualmente teatrais! Tem um ar tão carismático quanto os outros 3. Esteve bem. A título de curiosidade, Ron Wood só integra a banda em 1974 (tornando-se membro definitivo em 75), data em que abandona os The Faces (banda de Rod Stewart), substituindo Mick Taylor (que por sua vez havia substituído Brian Jones em 1969, esse sim membro inicial da banda). Outro dos membros iniciais foi Bill Wyman, que abandonou os Stones em 1993´(consultem mais pormenores da história da banda em http://pt.wikipedia.org/wiki/Rolling_Stones).

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A sonoridade dos Rolling Stones é notável e permanece fidedigna ao que nos habituaram nos últimos 40 anos (com a guitarra de Keith Richards sempre a estrilhar deliciosamente!). Não entendo como há pessoas que conseguiram bilhetes para este concerto e não foram assistir, por uma razão qualquer, mas acima de tudo por pouca vontade... É para mim um orgulho poder assistir a um espectáculo desta banda tão mediática. Sinto-me mesmo um privilegiado por ver aqueles 4 ao vivo. Já pensaram que quase todo o mundo já ouviu falar dos Rolling Stones? Que conseguem associar o nome às figuras daqueles 4 homens? Que conseguem associar aquele nome a um som tão notável, quanto original? Esta banda mudou o mundo inúmeras vezes... alguém tem noção do que já se escreveu sobre estes 4?! Alguém tem noção de quantas versões há de temas escritos por eles?! Só a titulo de exemplo: versões de “ruby tuesday” deve haver aí umas 50, contando com interpretações de orquestras sinfónicas; “like a rolling stone” popularizado por Bob Dylan; “I can’t get no satisfation” pelos Trintons; “I’m free” pelos Soup Dragons; “I just wanna to make love to you” tem inúmeras interpretações, a última bastante popularizada no anúncio da coca-cola light. Aliás, quase que seria mais fácil apontar os temas que nunca foram interpretados por outros músicos...

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São ainda acompanhados desde longa data, por músicos de qualidade surpreendente, contribuindo definitivamente para uma consistência sonora inigualável.

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Lamentável mesmo, só a péssima qualidade do som exibida no Dragão. Não percebo sequer como é que isto pode acontecer... se de um espectáculo de música se trata, como pode o som ser descurado? Nas primeiras 3 músicas a distorção foi de tal forma que pouco se percebia do que Jaegger cantava. Nos outros 2 concertos que assisti, o som teve sempre uma qualidade notável.

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O alinhamento não foi dos meus favoritos... fez falta “gimme shelter”, “waiting on a friend”, “angie”, “wild horses”, ou mesmo, “like a rolling stone”. Mas tivemos outras novidades como “all right now” na abertura “ruby tuesday” e "brown sugar", entre outros temas mais antigos e alguns blues. Aliás, dos 3 espectáculos que vi, poucos são os temas comuns, para além de “start me up” (inebriante), “simpathy for the devil” (o ponto alto do concerto) e “Satisfation” (obrigatório).

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O palco, os efeitos especiais e todos os efeitos de luz e multimédia estiveram no seu melhor, face aos 2 episódios anteriores a que assisti. Apenas foi pena que o efeito lança chamas tenha avariado após a 1.ª explosão no inicio de “simpathy for the devil”, só voltando a repetir-se no final do tema, mas sem a pujança devida, tal como no fim do espectáculo entre o fogo de artifício.

Memorável!!!

Sérgio

8 comentários:

... disse...

E que me dizes se os dIRE sTRAITS se juntassem?
Achas que ainda enchiam palcos?
Em relação às Piedras Rolantes, parece que os nossos amigos espanhoís, venezuelanos e brasileiros (estes 2 últimos atravessaram o Atalântico para os verem) não lhes largam a porta do hotel, após terem cancelado o espectáculo. E ao que parece não é a 1.ª vez que fazem tal coisa.
Quanto a Lloyd Cole eu ainda oiço e muito.
Tenho tudo dele.
Fabuloso.
Aconselho-te o "Don't Get Weird On Me Babe"

CARMO disse...

Apesar de gostar mt de Dire Straits, acho que são 2 realidades distintas e incomparáveis... não me parecem que enchessem estádios... talvez ficassem a meio.
Tb continuo a ouvir Lloyd Cole e tb tenho todos os discos.

Unknown disse...

houve um maigo meu k me cria arrastar com ele. mas acabei por n ir... bgd plo elogiu... bj

nikonman disse...

Grande reportagem.
Eu cá com o "“simpathy for the devil” até me esqueço do meu nome.
Hope you guess my name...

(obrigado pelas visitas à Praça e comentários lá deixados)

Anónimo disse...

Carmo... os gajos foram excelentes! São sempre... Eu estive também nesses três concertos que falas e lembro-me de o anterior ter sido em Alvalade penso que em 1991 (não tenho certeza) e sinto, como tu, que é realmente um privilégio assistir a um concerto deles.

Só mesmo U2 e Stones é que enchem estádios e também só destas duas bandas (tirando os Pink Floyd) é que a maioria das pessoas sabe mais do que um nome dos membros! Experimenta perguntar o nome de outro membro dos Dire Straits ou dos Queen que não os vocalistas!

MTOCAS disse...

mais um para a tua memória não é Carmo !
bjs e gostei mt das fotos !

CarpeDiemBeHappy disse...

Bom dia!!!Ola!!
espectacular!!!desculpa os erros mas este teclado espanhol e estupido. adorei o concerto
beijinhos

Eleanor Rigby disse...

se a inveja mata-se...aiiii gostava de ter visto o concerto, mm mto! e essas fotos ficaram mm mtoooooooo boas! a famosa boca simbolo da banda:D e o furacão musical que e o mick jagger...escolheste uma musica mm mto boa para por aki:) eu não sou grande conhecedora dos rolling stones,admito, mas sei porem que eles são um icon, um marco na musica mundial e que a qualidade genial que eles tem e impossivel de não a classificar como tal! tenho pena de n os conhecer melhor, mas a minha "geração" foi mais dada ao grunge e ao rock mais sujo...:) prometo procurar mais sobre eles:)


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