Esta altura é sempre triste para mim...
A partir de 15 de Agosto o verão no norte dá sinais de Outono. A temperatura máxima cai 5 graus, as noites tornam-se húmidas, os dias tornam-se declaradamente mais curtos e ventosos. Em Setembro esta tendência ameniza, para se tornar definitivamente Outono a partir da 3.ª semana. Consequentemente, deixo de sair mais cedo do emprego e de ir até à praia usufruir do momento mais bonito e relaxante do dia... o entardecer... e mais tarde, de assistir ao esplendor no por do sol em frente ao mar. O trabalho intensifica-se quando todos regressam de férias. O Inverno aproxima-se e afigura-se longo, escuro e triste. Apenas a neve me anima pela sua expectativa... mas é uma luz branda ao fim de um túnel longo.
Este momento coincide com a altura em que os meus pais mudam da casa de praia para o Porto. Mesmo que continue com as minhas escapadelas para a praia ao fim do dia, não é a mesma coisa. Não estão lá eles, nem as cadelitas... encontro uma casa fechada, que de sozinha parece triste...
No Domingo à tarde, no meio da festa de aniversário do meu avô e das coisas que ia embalando para libertar os meus pais desse esforço, passei os olhos pela televisão. Não sei em que canal estava, nem que filme era aquele que estava a terminar. Apenas vi um homem que conseguiu a muito esforço e contra todas as previsões, ganhar uma corrida de cavalos no meio do deserto. Vi a seguir que com o prémio pagou dívidas que tinha... pareceu-me que se não o tivesse feito, a sua vida estaria em risco. A cena a seguir pôs-me em lágrimas (alias assim estou só de a recordar), que a muito esforço contive para que ninguém o percebesse: o homem seguiu com o cavalo para um lugar perfeitamente árido e ali ficaram os dois até aparecer uma enorme manada de cavalos selvagens a galoparem livremente. Nessa altura, o homem soltou o cavalo que lhe tinha permitido pagar a dívida, ganhando a corrida. O cavalo correu livremente alguns passos e parou... olhou para o dono como que a pedir-lhe consentimento e ao mesmo tempo a despedir-se dele. Nessa altura o homem disse-lhe “...vai... corre livre...”. Mesmo assim o cavalo hesitou... e depois correu.
Lido muito mal com separações e despedidas. Quanto é preciso gostar de um cavalo para o soltar e ficar sem ele para sempre? Apesar de saber que os cavalos selvagens são felizes exactamente assim: livres para correrem em grupo.
Definitivamente esta altura interfere comigo... não sei bem porquê. Até gosto do encanto do frio e dos dias de Inverno passados em casa; o que raramente faço, porque dou-me bem com o frio e continuo a fazer todos os desportos de ar livre que faço no Verão. Não lido mal com a chuva. Até gosto de neve e sou fanático pelo ski e pelo snowboard. Mesmo o mar, tem muito melhores ondas no Inverno, e especialmente, menos gente.
Se calhar este ano estou mais sensível que o costume. Felizmente estes momentos de melancolia ou nostalgia alternam com outros de grande alegria e felicidade. Reencontrar o amor é um quase desvendar um mistério, repleto de boas surpresas...
Sérgio
Este momento coincide com a altura em que os meus pais mudam da casa de praia para o Porto. Mesmo que continue com as minhas escapadelas para a praia ao fim do dia, não é a mesma coisa. Não estão lá eles, nem as cadelitas... encontro uma casa fechada, que de sozinha parece triste...
No Domingo à tarde, no meio da festa de aniversário do meu avô e das coisas que ia embalando para libertar os meus pais desse esforço, passei os olhos pela televisão. Não sei em que canal estava, nem que filme era aquele que estava a terminar. Apenas vi um homem que conseguiu a muito esforço e contra todas as previsões, ganhar uma corrida de cavalos no meio do deserto. Vi a seguir que com o prémio pagou dívidas que tinha... pareceu-me que se não o tivesse feito, a sua vida estaria em risco. A cena a seguir pôs-me em lágrimas (alias assim estou só de a recordar), que a muito esforço contive para que ninguém o percebesse: o homem seguiu com o cavalo para um lugar perfeitamente árido e ali ficaram os dois até aparecer uma enorme manada de cavalos selvagens a galoparem livremente. Nessa altura, o homem soltou o cavalo que lhe tinha permitido pagar a dívida, ganhando a corrida. O cavalo correu livremente alguns passos e parou... olhou para o dono como que a pedir-lhe consentimento e ao mesmo tempo a despedir-se dele. Nessa altura o homem disse-lhe “...vai... corre livre...”. Mesmo assim o cavalo hesitou... e depois correu.
Lido muito mal com separações e despedidas. Quanto é preciso gostar de um cavalo para o soltar e ficar sem ele para sempre? Apesar de saber que os cavalos selvagens são felizes exactamente assim: livres para correrem em grupo.
Definitivamente esta altura interfere comigo... não sei bem porquê. Até gosto do encanto do frio e dos dias de Inverno passados em casa; o que raramente faço, porque dou-me bem com o frio e continuo a fazer todos os desportos de ar livre que faço no Verão. Não lido mal com a chuva. Até gosto de neve e sou fanático pelo ski e pelo snowboard. Mesmo o mar, tem muito melhores ondas no Inverno, e especialmente, menos gente.
Se calhar este ano estou mais sensível que o costume. Felizmente estes momentos de melancolia ou nostalgia alternam com outros de grande alegria e felicidade. Reencontrar o amor é um quase desvendar um mistério, repleto de boas surpresas...
Sérgio
6 comentários:
Fórmula: tenta gastar ainda todos os foguetes q o Verão tem para lançar e pensa menos na chuva que vem aí...
nb: por vezes nem mesmo o cavalo selvagem dp de ter vivido preso não sabe se quer ser libertado...daí as dúvidas do seu dono...
xuap com mta alegria
Essa história q tanto te comoveu,só demonstra a excelente pessoa q és...
Á medida q os anos passam,vamos dando valor a certas coisas, q antes,por imaturidade ou falta de tempo,não dávamos...mas ainda bem...tornamo.nos mais maduros,conscientes e principalmente a dar mais valor ás coisas mais simples...
Qt ao reencontrares o amor...excelente notícia!!!!É magnífico podermos partilhar as coisas mais banais da vida e saber q está ali alguém p nós,disposto a qq coisa p nos ver felizes...Tu Mereces....
Beijo
Cristina
Deste coração de amiga,
um beijo enorme!!
N te preciso de dizer o que sinto, acho que sabes bem !!
e quanto ao inverno, concordo contigo... tento que estes meses de calor, sejam os mais animados para combater o frio do inverno...
Bem,por aqui parece que o Verão começou agora. Ontem 40ºc e hoje o caminho é igual. Mas prefiro isto à chuva do Inverno.
Também é assim com os humanos. Ás vezes, só um grande amor liberta o outro para que siga livre, por muita dor que isso cause.
O chegar ao fim e as despedidas, têm trazem sempre uma sensação de vazio.
Parabéns pelo post.
Percebo-te perfeitamente!A nostalgia do fim do verão, senti isso quando regressei de férias!
Quanto aos amores nem falo, não sei o que te dizer, já sabes o que penso.Ainda mais nostalgica fico em saber que poderia ser e não é...a vida é mesmo assim, nunca depende só de nós próprios,mas começa aí!
Beijinhos.
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