09 outubro 2008

Noites Ritual.

Numa passagem rápida por aqui, dada uma gritante falta de tempo nestas duas últimas semanas, divididas entre a inauguração (formal) do escritório, o meu aniversário e o início da fisioterapia (que me rouba 2 horas por dia), relembro as fantásticas "Noites Ritual" com que a cidade do Porto nos brinda anualmente no final de Agosto, nos não menos fantásticos Jardins do Palácio de Cristal.

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Neste último Agosto, passei por lá no Sábado e retive a actuação de abertura dos Casino Royal, banda portuguesa que eu nunca tinha ouvido. Até nem estava em frente ao palco, quando fui surpreendido com um som fenomenal! Uma voz possante, um ritmo derivado do jazz, um som envolvente e marcante, a fazer lembrar por vezes Goldfrapp dada a aura que instalava, mas com um reflexo do jazz dos anos cinquenta. A sério que me é difícil descrever. Mas ouçam na net, comprem o álbum (se conseguirem... eu ainda não consegui). É de facto uma banda a reter, quer pela qualidade, quer pela distinção.

Assisti ainda aos incriveis Linda Martini que tiveram uma actuação desastrosa... mais parecia um ensaio de garagem... Interacção com o público, zero. A voz estava imperceptivel e fizeram demasiado barulho, divagando em improvisações mal conseguidas. Para esquecer.

O motivo deste post chama-se Rita Red Shoes, que actuou nessa noite e não só me surpreendeu como me seduziu... estou só a referir-me à música da menina... O pouco que conhecia de Rita Pereira, cinge-se às participações nos álbuns de David Fonseca, especialmente ao duo de voz em "Hold Still", onde se reconhece uma voz e uma melodia fascinantes, para além da forma irrepreensível como toca piano. A actuação ao vivo mostrou uma senhora em palco, altamente profissional, comunicatica e sem qualquer super-ego de super-star. Uma figura cativante, com uma voz e postura simpática... ou mesmo empática. Quanto à música, a actuação mostrou aquilo que a rádio foi incapaz de revelar em "Golden Era": um trabalho interessante, com inspiração country e ritmo vivo. Mais do que isso, o som de Rita Red Shoes varia entre sons infantis e tons maternais; simplicidade sonora mas com consistência musical, conseguindo combinar frescura com envolvência. Há algo de íntimo neste som... parece-me que espelha de tal forma a alma da compositora, que nos toca também a nós, cá dentro... quase que nos leva a pensar, que aqueles temas poderiam ter sido compostos por nós mesmos.

O resto das actuações foi para esquecer... Mesmo a dos Buraka Som Sistema, que apesar de não ser propriamente música... apesar do nível musical e cultural vergonhoso... apesar de toda a sonoridade e letras serem patéticas... reconheço que dentro do estilo estão ao nível do que se faz em todo o mundo, e por isso, merecem o sucesso que têm. Já o espectáculo em si... não lhe chamaria um concerto, mas uma ida à discoteca! A uma discoteca horrível, é claro... porque aquilo, com excepção da abertura de bom impacto visual e sonoro, é... insuportável de tão mau!

Escrevo isto agora, porque o álbum de Rita Red Shoes tem sido o som que mais me acompanha este semana. E realmente, faz-me bem!

Sérgio

3 comentários:

MTOCAS disse...

via a Rita no sudoeste e depois tocou piano no concerto do David Fonseca !! efectivamente é uma voz poderosa!!

Gisela FFale disse...

e que bem acompanhado anda;) entre tanta agitação, seguro que a voz da Menina Red Shoes, ajuda!!!;)

E "Pabaréns" pela inauguração e aniversário;)

Anónimo disse...

Olá!!

Concordo com a Lover...
E que bela conpanhia!!!

Já agora, como até ao S. João é do coração... Um grande Beijinho de Parabéns!!!