29 fevereiro 2008
Nova Aventura!
19 fevereiro 2008
Quem Me Leva os Meus Fantasmas?
E depois contem-me o que viram, ouviram, leram, sentiram.
É por coisas destas que me orgulho de ser PORTUGUÊS!
Sérgio
"Aquele era o tempo
Em que as mãos se fechavam
E nas noites brilhantes as palavras voavam,
E eu via que o céu me nascia dos dedos
E a Ursa Maior eram ferros acessos.
Marinheiros perdidos em portos distantes
Em bares escondidos, em sonhos gigantes.
E a cidade vazia, da cor do asfalto,
E alguém me pedia que cantasse mais alto.
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?
Aquele era o tempo
Em que as sombras se abriam, em que os homens negavam
O que outros erguiam.
E eu bebia da vida em goles pequenos,
Tropeçava no riso, abraçava venenos.
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala, nem a falha no muro.
E alguém me gritava, com voz de profeta.
Que o caminho se faz, entre o alvo e a seta.
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?
De que serve ter o mapa
Se o fim está traçado,
De que serve a terra à vista
Se o barco está parado,
De que serve ter a chave
Se a porta está aberta,
De que servem as palavras
Se a casa está deserta?
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?
Quem me leva os meus fantasmas… "
Pedro Abrunhosa - Luz (2007)
14 fevereiro 2008
03 fevereiro 2008
Um Texto Chato.
Mas a questão que vos ponho é esta: não será esta citação um contra-senso?
É claro que todos nós temos um longo caminho a percorrer, se ambicionarmos melhorar a nossa conduta, no sentido de nos tornarmos pessoas mais justas, correctas e coerentes; e até interessantes! Arestas a polir há muitas e são realmente difíceis de arredondar... e é claro que todos esses aspectos que menos gostamos em nós, nos fariam pessoas melhores e mais únicas.
Mas há também o reverso da medalha... uma outra interpretação. Quando queremos um mundo melhor e queremos quase impor as mudanças nos outros, é porque estamos inconformados com algumas tendências de comportamento e pensamento. E neste sentido, deveremos mudar-mo-nos a nós mesmos? Não seria isso misturarmo-nos com a maioria que agora condenamos? Dissolvermo-nos na moda? E neste caso, onde iriam parar os nossos princípios? Tornarmo-nos-íamos iguais à maioria... do tipo “se não os consegues vencer, junta-te a eles!”. É tudo uma questão de consciência... de deitar a cabeça na almofada e conseguir dormir... ou simplesmente, acorbardarmo-nos, para não nos chatearmos... Uma solução sem dúvida... de felicidade fácil... para quem a sua própria consciência vale tão pouco.
Para os outros, o caminho é mais duro. E passa mesmo por ir limando arestas, até que as pequenas imperfeições sejam nano irregularidades. Desta forma conseguirão através da sua própria inteligência emocional, mostrar aos outros com argumentos incisivos e sedutores, melhores formas de conduta. Umas vezes agindo como exemplo, outras demonstrando com eloquência. Mas nunca pela força, imposição ou confronto... No dia em que só sobrarem estas últimas formas de agir, é porque a superfície cognitiva perdeu o polimento, ganhou irregularidades, ficou desgastada e voltou a ter arestas... E há que recomeçar todo o ciclo de mudança. Por quantos mais ciclos passarmos, mais geniais teremos de ser para re-iniciar o processo.
Quando penso na suposta razão de uma minoria esclarecida (capaz ou não de movimentar multidões em seu torno), imposta de forma violenta ou coerciva à restante população, lembro-me sempre do que o meu pai me dizia em miúdo, quando eu gritava com o meu irmão (mais novo): “...quando falta a razão, sobra a má educação...”. Só ainda não consegui concluir se os actuais sistemas de democracia cabem (ou não) aqui...
Uma coisa é certa... cada vez menos as pessoas, apesar grau de instrucção crescente, usam a cabeça para pensarem por si mesmos. Reparem na massificação dos padrões de consumo a qualquer nível: desde a música, cinema, literatura, aos hábitos de alimentação e forma de vestir! Preocupante... a crescente vunerabilidade das massas...
Se conseguiram chegar a este último parágrafo é porque concerteza sofrem de insónias!
Sérgio