Seven days and not one glance from her Seven days are a thousand years Seven days and not one word of her This is more than I could stand "Don't call back Don't call back", she said Girl, I love you
(Maximillian Hecker - Kate Moss, The Rose)
Uma das minhas músicas favoritas! É necessário ouvir até ao fim para perceber... a versão é que não é famosa...
The wretched desert takes its form, the jackal proud and tight In search of you, I feel my way, though the slowest heaving night Whatever fear invents, I swear it make no sense I reach through the border fence Come down, come talk to me
In the swirling, curling storm of desire unuttered words hold fast With reptile tongue, the lightning lashes towers built to last Darkness creeps in like a thief and offers no relief Why are you shaking like a leaf Come on, come talk to me
Ah please talk to me Won't you please talk to me We can unlock this misery Come on, come talk to me
I did not come to steal This all is so unreal Can't you show me how you feel now Come on, come talk to me Come talk to me
The earthly power sucks shadowed milk from sleepy tears undone From nippled skin as smooth as silk the bugles blown as one You lie there with your eyes half closed like there's no-one there at all There's a tension pulling on your face Come on, come talk to me
Won't you please talk to me If you'd just talk to me Unblock this misery If you'd only talk to me
Don't you ever change your mind Now your future's so defined And you act so deaf and blind (And you act so deaf so blind) Come on, come talk to me Come talk to me
I can imagine the moment Breaking out through the silence All the things that we both might say And the heart it will not be denied 'Til we're both on the same damn side All the barriers blown away
I said please talk to me Won't you please come talk to me Just like it used to be Come on, come talk to me I did not come to steal This all is so unreal Can you show me how you feel now Come on, come talk to me Come talk to me
I said please talk to me If you'd just talk to me Unblock this misery If you'd only talk to me
(Peter Gabriel - Talk to Me)
Um dos melhores concertos que alguma vez vi (infelizmente em dvd); é que os músicos estão a divertir-se à grande!
Hold on my heart just hold on to that feeling we both know we've been here before we both know what can happen
Hold on my heart cos I'm looking over you shoulder please don't rush in this time don't show her how you feel
Hold on my heart throw me a lifeline I'll keep a place for you somewhere deep inside
Hold on my heart please tell her to be patient cos there has never been a time that I wanted something more
If I can recall this feeling and I know there's a chance oh I will be there yes I will be there be there for you whenever you want me to whenever you call I will be there Yes I will be there
Hold on my heart don't let her see you crying no matter where I go she'll always be with me
Hold on my heart just hold on to that feeling we both know we've been here before we both know what can happen So hold on my heart
And when I go away I know my heart can stay with my love, it's understood It's in the hands of my love, and my love does it good Wo-wo-wo-wo-wo-wo, my love does it good
And when the cupboards bare I'll still find something there with my love It's understood, it's everywhere with my love And my love does it good
Wo-wo-wo-wo-wo-wo, my love does it good
Oh I love oh wo......my love Only my love holds the other key to me Oh....my love oh...my love Only my love does it good to me
Wo-wo-wo-wo-wo-wo, my love does it good
Dont ever ask me why, I never say goodbye to my love It's understood, it's everywhere with my love And my love does it good
Wo-wo-wo-wo-wo-wo, my love does it good
Oh I love oh wo......my love Only my love does it good to me Woooooooooooooh
Os dez mandamentos segundo Leonard Cohen, segundo João Miguel Tavares, devoto do Evangelho de São Leonard, que nos explica porque falhar um concerto do Grande Senhor é pecado mortal.
1º mandamento: Leonard Cohen é o maior e nunca haverá outro como ele. Leonard Cohen tem umas cordas vocais mais curtas do que as saias de Ana Malhoa, mas o que ele faz com aquele par de oitavas é um monumento à arte de bem cantar. Como os embrulhos esquecidos na mala do carro, as suas interpretações têm rasgos, vincos e dobras, mas ouvi-lo é tirar um mestrado de Existencialismo em duas horas e meia. O seu percurso sempre foi o de um solitário, sem progenitores nem herdeiros, e quase a completar 75 anos convém aproveitá-lo enquanto por cá anda e consumi-lo quando por cá passa. Até no Pavilhão Atlântico.
2º mandamento: Não invocar o santo nome de Cohen em vão. Alguma vez ouviu expressões do género “aquele tipo parece mesmo o Leonard Cohen” ou “aquilo soa a uma canção do Leonard Cohen”? Estando sóbrio, não. Porque ninguém soa a Cohen e nenhuma canção se parece com as de Cohen. Essa é uma fórmula bem guardada no cofre neuronal do canadiano, que a partir de 1967 começou a produzir um cocktail perfeito de canções elaboradas sobre Deus, as mulheres e o sexo, não necessariamente por esta ordem.
3º mandamento: Santificar os concertos e (quase) todos os seus discos. O conteúdo do concerto que poderá ver em Lisboa já está devidamente preservado em duplo álbum e em DVD. Chama-se Live in London e foi gravado em Julho de 2008 na O2 Arena. É um item obrigatório em qualquer casa que preze o bom gosto, tal como, aliás, a integral da sua discografia. Se não tiver dinheiro para tudo, invista em Songs of Leonard Cohen (1967), Songs of Love and Hate (1971) e I’m Your Man (1988). E roube o resto. (Menos, vá lá, Ten New Songs, lançado após o regresso de Cohen do mosteiro e com excesso de zen nas faixas.)
4º mandamento: Honrar o poema e a música. Que Leonard Cohen é um dos maiores poetas a pôr a caneta ao serviço da pop é um dogma que 90 por cento da população mundial está disposta a aceitar (os outros dez por cento não sabem ler). No entanto, há não só quem despreze a sua música (ah, a barbárie), como há quem defenda que o bom Cohen morreu após a edição do seu terceiro disco, Songs of Love and Hate. Estes apóstatas embirram particularmente com os coros femininos e os sintetizadores em I’m Your Man. Ora, deve ser sublinhado que I’m Your Man é um dos maiores discos do século XX e que os coros femininos nas canções de Cohen, com todos os seus la-la- -las e dum-dum-dums, devem ser elevados aos altares.
5º mandamento: Não matar Leonard Cohen. A lenda diz que tal esteve perto de acontecer em 1979. Durante as gravações de um dos mais atribulados álbuns da história da música – Death of a Ladies’ Man –, produzido pelo agora encarcerado Phil “Wall of Sound” Spector (assassinou a actriz Lana Clarkson em 2003), Cohen queixa-se de ter estado com um revólver colado à pele. Spector tinha o estúdio cheio de armas e vivia obcecado que lhe roubassem as gravações (diz-se que dormia com elas), passeando-se pela casa com um calibre 45 numa mão e uma garrafa de vinho na outra. Certo dia encostou o revólver ao pescoço de Cohen e disse-lhe: “I love you, Leonard.” Cohen respondeu-lhe: “Espero bem que sim, Phil.”
6º mandamento: Não cometer adultério com Leonard Cohen. Já cometer adultério ao som de Leonard Cohen é não só permitido como altamente aconselhável. As suas canções servem simultaneamente para seduzir, trair e arrependermo-nos de ter traído. O senhor Cohen é doutorado em qualquer uma dessas actividades e, de “Suzanne” a “So Long Marianne”, os seus discos estão cheios de canções sofridas e de mulheres abandonadas.
7º mandamento: Não roubar Leonard Cohen. Já basta o que lhe aconteceu em 2005, quando descobriu que o seu antigo agente, Kelley Lynch, tinha tomado conta das suas poupanças enquanto ele se dedicava a praticar budismo no monte Baldy. O desfalque do ex- -amigo ascendeu a cinco milhões de dólares, deixando a conta bancária de Cohen reduzida a 150 mil dólares. À ganância do senhor Lynch devemos, contudo, um bem inestimável: o regresso de Leonard Cohen aos palcos, dada a sua urgente necessidade de fazer dinheiro.
8º mandamento: Não levantar falsos testemunhos contra Leonard Cohen. Falsos testemunhos como: Leonard Cohen não gosta de estar em palco. É verdade que Cohen não gostava de estar em palco, e precisava da dose certa de vinho tinto para conseguir enfrentar a multidão. Mas na presente digressão terá atingido o nirvana dos concertos – hoje em dia ele diverte-se, diverte-nos, alongou a tournée e, como qualquer velhinho que se preze, está fascinado com os jovens que descobrem a sua música.
9º mandamento: Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos. Humm... Ok, esqueçam este.
10º mandamento: Não cobiçar as canções alheias. Que é como quem diz: ó ímpios, tirem as mãos das canções do senhor Cohen. Leonard Cohen já foi alvo (“alvo” é a palavra correcta) de três tributos: I’m Your Fan (1991), Tower of Song (1995) e o documentário e depois disco I’m Your Man (2005). Nenhum desses objectos chega sequer a uma unha do pé do fraquito Ten New Songs. A regra, portanto, é deixar as canções de Leonard Cohen em paz, a não ser que haja alguma coisa de relevante a acrescentar. As excepções à regra são o “Hallelujah” de Jeff Buckley, o “Tower of Song” de Nick Cave e o “Chelsea Hotel Nº2” de Rufus Wainwright. Em dias luminosos podemos ainda acrescentar “Bird on a Wire” (por Johnny Cash), “Suzanne” (versão maluca de Nina Simone) e “If It Be Your Will” (por Antony). Não são os originais, lá isso não são, mas comungam do seu espírito.
Leonard Cohen actua quinta-feira no Pavilhão Atlântico, pelas 21.00. Convém ser pontual, porque as probabilidades de o senhor Cohen começar a cantar entre as 21.00 e as 21.01 são muito elevadas. Prepare-se para um concerto a rondar as três horas, com intervalo. Os bilhetes vão dos 30 aos 75 euros, gasto abençoado por Deus.
Mais uma música de Verão, bem leve e fresquinha... para compensar este calor abafado!
Sérgio
let it go, let it roll right off your shoulder don't you know the hardest part is over let it in, let your clarity define you in the end we will only just remember how it feels
our lives are made in these small hours these little wonders, these twists & turns of fate time falls away, but these small hours, these small hours still remain
let it slide, let your troubles fall behind you let it shine until you feel it all around you and i don't mind if it's me you need to turn to we'll get by, it's the heart that really matters in the end
our lives are made in these small hours these little wonders, these twists & turns of fate time falls away, but these small hours, these small hours still remain
all of my regret will wash away some how but i can not forget the way i feel right now
in these small hours these little wonders these twists & turns of fate these twists & turns of fate time falls away but these small hours these small hours, still remain, still remain these little wonders these twists & turns of fate time falls away but these small hours these little wonders still remain