21 novembro 2007

Almost Famous!

Tive a oportunidade de rever este filme no fim de semana passado num canal de televisão (programa de domingo à noite!). Tinha-o visto no cinema quando foi lançado, num daqueles fins de tarde em que fui ao cinema sozinho.

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O filme conta-nos a história de uma banda de rock ‘n roll, que no início da década de 70, nos EUA (e com o rock ‘n roll ao rubro no mundo ocidental), tenta alcançar o estrelato, passando por todas as dificuldades inerentes, incluíndo o ego dos próprios membros que se degladiam entre si pela liderança, mediatismo e super popularidade.

No meio de tudo isto, a vida das fãs que adoram, sofrem e acompanham a banda na tornée, em troca da proximidade e companhia da banda, presença nos palcos, e até no autocarro em que viajavam (nesta caso e como era usual na altura, os músicos eram homens), é também uma parte importante de toda a envolvência do filme. Mas o mais interessante, é que um miúdo de 15 anos consegue chegar ao seu sonho: ser um reporter de rock ‘n roll e escrever um artigo sobre a banda para a mais mediática revista de todos os tempos no que toca a rock n’ roll - a Rolling Stone.

Este é o cenário onde se desenrolam momentos díspares: concertos, viagens, hoteis, fans, músicos famosos, festas, crises da banda, paixões, ilusões e desilusões, empresários e agentes, muita música, e é claro... como não podia deixar de ser: sexo, drogas e rock ‘n roll. Uma breve nota para a mãe deste “reporter” teenager: interpretação fabulosa!

A razão pela qual me lembrei de escrever este post, não foi propriamente pelo filme... mas antes, e apenas, por uma das cenas... a minha favorita: a seguir a uma crise da banda, todos entram no autocarro e seguem viagem; calados... formando um ambiente de cortar à faca. Durante a viagem surge um tema de eleição na aparelhagem do autocarro: Tiny Dancer, do grande Elton John da década de 70. A música serve de reconciliação dos animos, e aos poucos, músicos, fans, “reporter” entoam Tiny Dancer, criando uma atmosfera de crescente harmonia, felicidade e todas aquelas sensações que caracterízam os momentos em que nos sentimos especiais, priviligiados e únicos. É um momento único, com o sol da manhã a invadir o autocarro, forte, amarelo e envolvente. A cor deste momento grandioso vem não só da música, mas também da luz do sol que os preenche, tanto quanto o som único deste tema (um dos meus favoritos) de Elton John.

Se puderem, não deixem de ver!

Sérgio

14 novembro 2007

3 Meses de Mudanças.

Depois da apatia do mês de Agosto, em que o país pára e por muito que tentemos, pouco ou nada conseguimos fazer, os últimos 2 meses têm sido de trabalho duro e quase sem resultados visíveis. Na verdade, não tive férias... fui tendo... dias intervalados pela espera de uma decisão de terceiros e das férias dos meus sócios.

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Esta nova experiência de ser “empresário” tem algumas coisas engraçadas. A verdade é que rapidamente se conclui que Portugal não é um país destinado a quem quer fazer alguma coisa... é sempre mais fácil não fazer, pois os obstáculos vêm de todo o lado e não só de onde, por si só, já são esperados. É que até os nossos supostos parceiros, como os fornecedores, são por vezes os maiores entráves (tive a maior desilusão com o “meu” banco de há muitos anos). E, por vezes, até os nossos amigos não são assim tão empenhados em apoiar-nos.

Por mais estranho ainda que pareça, estes entraves não derrubam o meu optimismo, que é maior agora do que antigamente, altura em que sendo empregado por conta de outrém (durante pouco mais de 8 anos) não corria os riscos a que hoje estou exposto. Apesar disso continua a assustar ver o dinheiro que ganhamos desde sempre, e aquele que nos endividámos, a sair mensalmente sem qualquer retorno, nem expectativa de quando se inverter este fluxo. Às vezes à noite, já na cama, faço contas de quantos meses as minhas reservas aguentarão a este ritmo de despesas e investimentos... por vezes até me arrependo de me ter metido nisto tudo e abdicado de toda a segurança, estabilidade e altoa ordenados que tinha. Mas a vida não se mede pelo conjunto de vezes que se respira, mas antes, pela forma como se respira e suspira! A meu ver é claro... Como tal, ao outro dia de manhã, o optimismo e a força de vontade para empurrar o mundo estão lá outra vez. Há noites também (e são muitas; a maioria aliás), que apesar de me lembrar de chegar à cama, nem me lembro de encostar a cabeça à almofada... e ao outro dia acordo por mim, um pouco antes do despertador tocar, totalmente refeito e com vontade de saltar da cama e fazer-me ao dia (coisa que antigamente só me acontecia ao fim-de-semana!).

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Pelas mais diversas razões e experiências, tenho percebido cada vez mais que as desculpas, além de nada nos servirem, são os nossos maiores obstáculos: tudo o que nos acontece é só e só responsabilidade nossa (de quem há de ser). Até pode haver, por vezes, uma tempestade; mas de resto, colhemos da vida aquilo que semeámos... mais tarde ou mais cedo... E nesse aspecto, a miséria gosta de companhia, pelo que quando somos pessimistas, as desgraças vêm todas até nós. Pelo contrário, quando nos fixamos naquilo que queremos fazer, com determinação e optimismo porque acreditamos em nós, as coisas vão a bom porto; as coisas só não acontecem se nada fizermos para que aconteçam! Entre a nossa vida correr bem ou mal, somos nós que escolhemos... através daquilo em que pensamos. Se pensarmos que vamos falhar, vamos fazer por falhar... e falhamos mesmo. Quando pensamos que vamos conseguir, fixamo-nos em conseguir e só podemos conseguir. É que as nossas melhores características vêm à tona da água quanto mais exigente é o desafio a que nos propomos. Portanto, a escolha é nossa!

Este tempo fantástico também tem ajudado à boa-disposição e ajudou a marcar momentos fantásticos nestes últimos meses (em que pouco tenho escrito... mas estou a fazer um esforço por voltar a escrever mais!). O Sol carrega-me as baterias; é o meu maior vício e necessidade (Estás a ouvir Sol?).

Neste contexto, de Setembro para cá tem havido acontecimentos marcantes...

MOTO GP – AUTÓDROMO DO ESTORIL

Grande Prémio fantástico, especialmente a corrida de MotoGP, cheia de ultrapassagens e momentos imprevisiveis e cheios de adrenalina.

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Pena é que o autódromo continue uma vergonha: ausência de lugares de estacionamento suficientes; acessos precários; necessidade de ir às bilheteiras trocar o bilhete por outro; venda de bilhetes acima das capacidades físicas das bancadas; bancadas sem qualquer conforto; ausência de casas de banho... as barracas que existem nem água têm; ausência de postos de venda de comida e bebidas, de dimensão aceitável e qualidade. Mas claro, tudo se entende, porque o autódromo é muito recente... ainda não houve tempo de o terminar... daí as instalações provisórias... de ano para ano melhora...

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CURSO DE CONDUÇÃO AVANÇADA DE MOTO DO ACTION TEAM

Logo na semana seguinte ao MotoGP voltei ao autódromo, de moto, mas desta vez para andar na pista, em vez de ver os fantásticos pilotos profissionais.

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O curso foi muito bem organizado pelo Action Team. Desta vez, inscrevi-me no módulo 2,e apesar de ter dos andamentos mais lentos do grupo, em nada me arrependi, porque aprendi uma diversidade de técnicas incrível... e ficou a vontade de repetir este módulo para mais aperfeiçoamentos.

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Foi um dia incrível, cheio de adrenalina e emoções fortíssimas e indiscritíveis. Rodei quase 200 kms dentro do autódromo, onde as rectas perdem o interesse e as curvas são desejadas uma a seguir à outra. Custou um bocadito foi fazer 350 kms no dia anterior à noite e acordar às 7 da manhã... e é claro, ao final do dia, fazer mais 350 kms até ao Porto.

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Conheci bastantes pessoas, algumas muito simpáticas e com quem também aprendi bastante sobre guiar depressa, mas com segurança e toda a descontracção para saborear centímetro a centímetro de curva de asfalto, de joelho no chão. Os monitores são um exemplo de simpatia, humildade e disponibilidade. Uma palavra em especial para a Catarina Ferreira, a alma do Action Team, sempre em cima de tudo, para que tudo corresse tão bem quanto possível (Catarina, deixa lá os espanhois que só atrapalham!).

CONCERTO DOS POLICE NO ESTÁDIO NACIONAL

Fui ver os velhinhos e esquecidos Police. Depois do stress de sair do Porto ao final da tarde a correr para chegar a horas, ainda tive margem para fazer face ao engarrafamento à chegada ao Estádio Nacional (que não tem condições de ordem alguma para este tipo de evento).

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O concerto foi surpreendente! Ia sem expectativa alguma e a banda teve um desempenho fabuloso (melhor que há 20 anos atrás!), com uma sonoridade rock fabulosa e arranjos muito bem elaborados. A voz de Sting continua lá, inalterável e igual ao que sempre nos foi dada a conhecer, mesmo ao fim de quase 3 décadas!

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Quer o som, quer o audio-visual estiveram excelentes.

35º ANIVERSÁRIO

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Comemorado sem grande estragos, porque no dia seguinte tinha de acordar às 5 da manhã. Muitos carinhos, telefonemas simpáticos e prendinhas requintadas... obrigado a todos que me fazem sentir uma pessoa um bocadinho especial.

1ª MARATONA DE BTT DA PÓVOA DE VARZIM

Esta foi memorável! Nunca tinha participado numa... Fui desafiado por uma amiga que acabou por não participar... lesão na coluna provocada por treino excessivamente duro, provavelmente... (espero que já estejas recuperada Diana), mas tive de imediato a companhia de um amigo, o “valente” Luís Valente, que se fosse tão valente no BTT como no ténis deixava-me a milhas de distância (felizmente assim dá para acompanhar...).

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Quando decidi começar os treinos apurei que definitivamente a minha bicicleta já não se encontrava em condições... Resolvi utilizar a do meu irmão, e ao fim de trocar algumas peças, ficou 5 estrelas. O problema é que no último treino (o único em ambiente de competição), a bicicleta cedeu... partiu... e obrigou-me a fazer mais de 15 kms numa mudança pré-definida... isto depois de ter partido os carretos e, felizmente, nesse passeio havia alguém capaz de fazer reparações daquela índole. Senão tinha sido mesmo a pé o regresso!

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Com duas bicicletas prontas para a reforma, a muito custo e sentimento, deixei-as à porta de um garegeiro à moda antiga (em Vila Chã), às peças. Sem solução, tive de comprar uma. Perdi a cabeça, e devidamente motivado pelo meu amigo João (pró nestas coisas), comprei-lhe uma superbicicleta! Linda de morrer! Cara que nem um raio...

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Esta foi-me entregue no dia anterior à prova, pelo que lá fui com a máquina em rodagem! Tudo correu na maior e consegui chegar ao fim dos 50 kms. Em melhor estado acabou o Luís, mas mesmo assim dei-me por satisfeito. A prova teve momentos excelentes no meio do mato, mas quanto a mim, teve demasiada estrada para uma prova de BTT.

Agora estou tentado a ir fazer a de Arcos de Valdevez... claro que é só pelo cabrito!

CONCERTO DO DAVID SYLVIAN NO TEATRO CIRCO

Nunca tinha visto David Sylvian ao vivo e desconhecia a sua última formação, os Nine Horses.

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Foi um concerto que primou pela coerência da sua imagem musical. Incrivel a voz dele ao vivo... igual à sonoridade dos discos que conhecemos, mas ainda mais envolvente. Deu para relembrar alguns temas, poucos, e conhecer outros tantos... e valeu bem a pena! Som fantástico!

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Além destes acontecimentos, que são os mais importantes, são os que são cor à vida e os que nos ficam retidos na memória, tenho andado semanalmente a correr entre o Porto e a Beloura para aproveitar ao máximo a formação da Remax, antes de abrir a porta... depois vou ter mais dificuldade em distanciar-me do meu “negócio” de vida. Pelo menos nos primeiros anos... Reconheço algum cansaço que por vezes não me permite disfrutar alguns momentos como gostaria... por exemplo, no outro dia fui a um jantar temático (parolo chic), que nem consegui conviver em condições de tão cansado que estava. Ou ainda uma corrida de kart no Kartódromo de Leça da Palmeira, em que acabei em último lugar (furei à 4ª volta).

Não tem sido mau de todo, porque tenho conseguido estar com alguns amigos que usualmente vejo pouco. Tenho também passeado bastante de moto (Gois, Baiona...), mas nunca é tanto quanto gostaria... Também não tenho usufruído do meu bólide descapotável... precisa de um catalisador, que já encomendei, mas ainda não chegou. Têm me salvado as contas o meu novo carro a gasóleo, que só tem 300.000 kms... uma verdadeira máquina!

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Sérgio