01 dezembro 2006

Casino Royale.

O novo filme do agente secreto mais famoso do mundo é uma desilusão. E é uma desilusão, porque Daniel Craig não tem ar de James Bond... simples! O actor até faz uma boa interpretação e apresenta uma atitude interessante. Algumas expressões estão muito boas, especialmente no final do filme (sem ironia...), quando declama a frase mais famosa de toda a história do cinema:
"- My name is Bond... James Bond!"

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Mas não é só a figura do actor que contribui para que o filme seja incongruente com as nossas expectativas... Este é um filme de acção, mais do que de espionagem; a personagem recorre muito mais à violência do que à astúcia que o espião inglês tanto nos habituou. Tudo isto desvirtua o filme, tornado-o mais comum, menos místico...

Claro que substituir Pierce Brosman não é tarefa fácil; o homem encaixou no papel como num ninguém esperou. Foi para mim o melhor James Bond de sempre! Troca-lo por um atleta musculado e depilado, com ar de Steven Seagal (actor que muito aprecio), ou mesmo Van Damme (actor que nada aprecio), e ainda por cima carregar o filme de violência gratuita, justificam bem a minha desilusão no fim de Casino Royale.
Mais uma vez refiro que o despedimento de Pierce Brosman foi precipitado, por todas as razões e mais alguma.

Outra desilusão para mim foi constatar que as "Bond Girls" já não são o que eram... também a elas lhes falta aquele toque de subtilidade que distingue uma grande mulher, de uma mulher apenas muito bonita.

Mas a primeira desilusão depara-se-nos logo no início do filme: com o tema principal da banda sonora. Além de não ser cantado por uma mulher - e só me lembro de 2 casos em toda a história de James Bond: A View to a Kill dos Duran Duran; e, Living Day Lights dos a-ha; o 1.º fantástico na minha opinião, o 2.º nem por isso... – o tema em causa é tão desconsulado e vulgar, que nem me dei ao trabalho de perceber de quem é.

É claro que nem tudo é mau! Nem podia... A história é muito interessante. O filme tem uma fotografia fabulosa. Os exteriores são magníficos! Aquele Aston Martin Vanquish é um deslumbre!... E o barulhinho daquele motor V12?! O melhor ambiente da tradição James Bond está lá em muitos momentos; pena é que não em todos, e como alguns fazem pontos negativos, a média é apenas razoável.

Mudem o senhor; repensem o tipo de filme. Queremos muito e mais James Bond ao melhor estilo Sean Connery, Roger Moore e Pierce Brosman.

Sérgio

2 comentários:

CarpeDiemBeHappy disse...

JAMES...JAMES BOND..EHEH

Pois, ainda não vi o filme, mas de qualquer maneira gostava muito..e se GOSTAVA!!!...do Pierce Brosman!! Eu quero o Pierce....!!

Beijinhos

SP disse...

Vi ontem o filme. Confesso que, perante as expectativas dado as más críticas que já por aí andavam antes da estreia, para mim foi uma surpresa muito positiva. É verdade que neste bond há poucos gadgets, há mais recorrência ao lado físico, mas na verdade é um filme a não perder.
E o Daniel Craig é um bom Bond. Mais musculado do que os outros, mas perfeitamente enformado no personagem que até parece que sempre foi Bond. Parece-me que aqui também houve má intenção e preconceito relativamente ao actor pelos reaccionários da "Critica de Cinema". Acho que Craig lhes respondeu bem. Saliento também os bons diálogos. Ah, e pelo menos, fez-me esquecer o 007 anterior, esse sim, uma verdadeira porcaria.
Para mim, em 5 dou-lhe 4 estrelas.